4 de novembro de 2009

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O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss morreu aos 100 anos, em Paris, segundo informações da editora Plon, no último sábado (31). Fundador da Antropologia Estruturalista, é considerado um dos intelectuais mais relevantes do século 20. Ele sofria de Mal de Parkinson.

Belga criado em Paris, Lévi-Strauss iniciou seu grande projeto intelectual em 1934, quando foi convidado pela recém-fundada USP (Universidade de São Paulo) para lecionar sociologia. Viveu no Brasil entre 1935 e 1939. Lévi-Strauss conseguiu levar a etnologia ao grande público através de "Tristes Trópicos", um estudo dos comportamentos sociais dos índios brasileiros cadiuéus, bororos e nhambiquaras, de conteúdo marcantemente autobiográfico.

Pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, foi convocado para combater em 1939, mas deu baixa por causa da origem judia, sendo que em 1941, refugia-se em Nova Iorque. Era membro da Academia Francesa desde 1973.

Era um homem de uma cultura muito grande, de uma grande benevolência. Ele sabia tudo. Ele tinha uma cultura literária absolutamente extraordinária e se tornou uma espécie de ícone internacional

—Jean d'Ormesson, membro da Academia Francesa


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