Aborto

interrupção da gravidez resultante da remoção do feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero
 Nota: Para outros significados, veja Aborto (desambiguação).

Aborto ou interrupção da gravidez é a interrupção de uma gravidez resultante da remoção de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero. Um aborto que ocorra de forma espontânea denomina-se aborto espontâneo ou "interrupção involuntária da gravidez". Um aborto deliberado denomina-se "aborto induzido" ou "interrupção voluntária da gravidez". Nos casos em que o feto já é capaz de sobreviver fora do útero, este procedimento denomina-se "interrupção tardia da gravidez".[1]

Aborto
Sinónimos Interrupção da gravidez
Especialidade obstetrícia
Classificação e recursos externos
CID-10 O04
CID-9 779.6
CID-11 e 1267452405 2036729570 e 1267452405
DiseasesDB 4153
MedlinePlus 002912
eMedicine article/252560
MeSH D000028
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Quando são permitidos por lei, os abortos em países desenvolvidos são um dos procedimentos médicos mais seguros que existem.[2][3] Os métodos de aborto modernos usam medicamentos ou cirurgia.[4] Durante o primeiro e segundo trimestres de gravidez, o fármaco mifepristona em associação com prostaglandina aparenta ter a mesma eficácia e segurança que a cirurgia.[4][5] Os contraceptivos, como a pílula ou dispositivos intrauterinos, podem ser usados imediatamente após um aborto.[5] Quando realizado de forma legal e em segurança, um aborto induzido não aumenta o risco de problemas físicos ou mentais a longo prazo.[6] Por outro lado, os abortos inseguros e clandestinos realizados por pessoas sem formação, com equipamento contaminado ou em instalações precárias são a causa de 47 000 mortes maternas e 5 milhões de admissões hospitalares por ano.[6][7]

Em todo o mundo são realizados 56 milhões de abortos por ano,[8] dos quais cerca de 45% são feitos de forma insegura.[9] Entre 2003 e 2008 a prevalência de abortos manteve-se estável,[10] depois de nas duas décadas anteriores ter vindo a diminuir à medida que mais famílias no mundo tinham acesso a planeamento familiar e contracepção.[11] A Organização Mundial de Saúde recomenda que todas as mulheres tenham acesso a abortos legais e seguros.[12] No entanto, em 2008 apenas cerca de 40% das mulheres em todo o mundo tinham acesso a abortos legais.[13] Os países que permitem o aborto têm diferentes limites no número máximo de semanas em que são permitidos.[13]

Ao longo da história, foi comum a prática de abortos com ervas medicinais, instrumentos aguçados, por via da força ou com outros métodos tradicionais.[14] A legislação e as perspetivas culturais e religiosas sobre o aborto diferem conforme a região do mundo. Em algumas regiões, o aborto só é legal em determinados casos, como violação, doenças congénitas, pobreza,[15] risco para a saúde da mãe ou incesto.[16] Em muitos locais existe debate social sobre as questões morais, éticas e legais do aborto.[17][18] Os grupos que se opõem ao aborto geralmente alegam que um embrião ou feto é um ser humano com direito à vida e comparam o aborto a um homicídio.[19][20] Os grupos que defendem a legalização do aborto geralmente alegam que a mulher tem o direito de decidir sobre o seu próprio corpo.[21]

Classificação

editar

"Aborto" ou "interrupção da gravidez" é a interrupção de uma gravidez pela remoção de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero. Um aborto que ocorra de forma espontânea denomina-se aborto espontâneo ou "interrupção involuntária da gravidez". Um aborto deliberado denomina-se "aborto induzido" ou "interrupção voluntária da gravidez". O termo "aborto", usado de forma isolada, geralmente refere-se a abortos induzidos. Nos casos em que o feto já é capaz de sobreviver fora do útero, este procedimento denomina-se "interrupção tardia da gravidez".[1]

Aborto induzido

editar

O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da gravidez, é o aborto causado por uma ação humana deliberada. Ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos. O aborto induzido possui as seguintes subcategorias:

Aborto espontâneo

editar
 Ver artigo principal: Aborto espontâneo

Um aborto espontâneo, ou interrupção involuntária da gravidez, é a expulsão não intencional de um embrião ou feto antes das 24 semanas de idade gestacional.[23] Uma gravidez que termine antes das 37 semanas de gestação é denominada parto pré-termo ou prematuro.[24] Quando o feto morre no útero após a data de viabilidade fetal ou durante o parto, denomina-se morte fetal.[25] Os partos prematuros e as mortes fetais geralmente não são considerados abortos espontâneos, embora os termos por vezes se sobreponham.[26]

Apenas 30 a 50% das gravidezes avançam para além do primeiro trimestre.[27] A grande maioria dos abortos espontâneos ocorre antes da mulher perceber a gravidez[28] e muitas gravidezes são perdidas antes de os médicos detectarem um embrião.[29] Entre as gravidezes diagnosticadas, 15 a 30% terminam em aborto espontâneo, dependendo da idade e estado de saúde da grávida.[30] Cerca de 80% dos abortos espontâneos ocorrem antes das primeiras doze semanas de gravidez.[31]

A causa mais comum de aborto espontâneo durante o primeiro trimestre de gravidez são anomalias cromossómicas no embrião ou no feto.[28][32] Esta causa é responsável por cerca de 50% dos abortos espontâneos.[33] Entre outras possíveis causas estão doenças vasculares como o lúpus, a diabetes, outros problemas hormonais, infeções e anomalias no útero.[32] O risco de aborto espontâneo aumenta em função da idade materna avançada (> 35 anos) e antecedentes de outros abortos espontâneos.[33] Um aborto espontâneo pode ainda ser causado por trauma acidental. No entanto, um trauma intencional ou indução deliberada de stresse na grávida é considerado aborto induzido.[34]

Outras classificações

editar

Quanto ao tempo de duração da gestação:

  • Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação
  • Aborto precoce: entre quatro e doze semanas
  • Aborto tardio: após doze semanas

Métodos de indução

editar

Aborto farmacológico

editar
 Ver artigo principal: Aborto farmacológico

Também conhecido como aborto médico, químico ou não-cirúrgico, é o aborto induzido por administração de fármacos que provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do embrião. O aborto farmacológico é aplicável apenas no primeiro trimestre da gravidez.

Tornou-se um método alternativo de aborto induzido com o surgimento no mercado dos análogos de prostaglandina no início dos anos 1970 e do antiprogestágeno mifepristona (RU-486) nos anos 1980.[35][36][37]

Os regimes de aborto mais comuns para o primeiro trimestre utilizam mifepristona em combinação com um análogo de prostaglandina (misoprostol) até 9 semanas de idade gestacional, metotrexato em combinação com um análogo de prostaglandina até 7 semanas de gestação, ou um análogo de prostaglandina isolado.[35] Os regimes de mifepristona–misoprostol funcionam mais rápido e são mais efetivos em idades gestacionais mais avançadas do que os regimes combinados de metotrexato-misoprostol, e os regimes combinados são mais efetivos que o uso do misoprostol isolado.[36]

Em abortos muito precoces, com até 7 semanas de gestação, o regime combinado de mifepristona-misoprostol é considerado mais efetivo do que o aborto cirúrgico (aspiração à vácuo).[38] Os regimes de aborto médico precoce que utilizam 200 mg de mifepristona, seguido por 800 mcg de misoprostol vaginal ou oral 24-48 horas após apresentam efetividade de 98% até as 9 semanas de idade gestacional.[39] Nos casos de falha do aborto farmacológico, é necessária a complementação do procedimento com o aborto cirúrgico.[40]

Os abortos farmacológicos precoces são responsáveis pela maioria dos abortos com menos de 9 semanas de gestação na Grã-Bretanha,[41][42] França,[43] Suíça,[44] e nos países nórdicos.[45] Nos Estados Unidos, o percentual de abortos farmacológicos precoces é menor.[46][47]

Regimes de aborto farmacológico usando mifepristona em combinação com um análogo de prostaglandina são os métodos mais comumente usados para abortos de segundo trimestre no Canada, maior parte da Europa, China e Índia,[37] ao contrário dos Estados Unidos, onde 96% dos abortos de segundo trimestre são realizados cirurgicamente com dilatação e esvaziamento uterino.[48]

Aborto cirúrgico

editar

Os procedimentos no primeiro trimestre podem geralmente ser realizados usando anestesia local, enquanto os realizados no segundo trimestre podem necessitar de sedação ou anestesia geral.[46]

Aspiração uterina a vácuo

editar
 
Um aborto realizado por aspiração a vácuo com equipamento elétrico em uma gestação de oito semanas (seis semanas após a fertilização).1: Bolsa amniótica2: Embrião3: Endométrio4: Espéculo5: Cureta de aspiração6: Saída para a bomba à vácuo

No procedimento de aspiração uterina a vácuo o médico realiza vácuo no útero da gestante para remover o feto. São utilizados equipamentos manuais ou elétricos para a realização do vácuo. Geralmente são realizados em gestações de até doze semanas (primeiro trimestre).

A aspiração manual intrauterina (AMIU) consiste em uma aspiração cujo vácuo é criado manualmente utilizando-se uma cânula flexível acoplada a uma seringa. Foi desenvolvida para ser realizada ambulatorialmente sem anestesia geral, não necessitando ser realizada em bloco cirúrgico. Não é necessária a dilatação cervical.

O procedimento também pode ser utilizando um aparelho de vácuo eléctrico. Neste tipo de aspiração o conteúdo do útero é sugado pelo equipamento.

Ambos os procedimentos são considerados não-cirúrgicos e são realizados em cerca de dez minutos. São eficazes e seguros, pois apresentam um baixo risco para a mulher (0,5% de casos de infecção).

Dilatação e curetagem uterina

editar
 
Figura mostrando como é empregada a técnica da curetagem

Em gestações mais avançadas, nas quais o material a ser removido do útero é muito volumoso, recorre-se à curetagem. Ao contrário da aspiração uterina à vácuo, que pode ser realizada em consultórios ou clínicas, a dilatação e curetagem é um procedimento cirúrgico, devendo ser realizado em um hospital com bloco cirúrgico. Inicialmente o médico alarga o colo do útero da paciente com dilatadores, para permitir a passagem da cureta a seguir. A cureta é um instrumento cirúrgico cortante, em forma de colher, que é introduzida no útero para realizar a raspagem. Servindo-se da cureta, o médico retira todo o conteúdo uterino, incluindo o endométrio.

Uma das principais complicações da curetagem é a perfuração uterina causada pela cureta.

Evita-se a realização da curetagem uterina em gestações com mais de 12-16 semanas sem antes realizar a expulsão fetal.

Dilatação e evacuação

editar

O procedimento de curetagem é aplicável ainda no começo do segundo trimestre, mas se não for possível terá de recorrer-se a métodos como a dilatação e evacuação. Neste procedimento o médico promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes).

Na intervenção que é feita sob anestesia é inserido um aparelho cirúrgico na vagina para cortar o material intra-uterino em pedaços, e retirá-los de dentro do útero. No final é feita a aspiração. O feto é remontado no exterior para garantir que não há nenhum pedaço no interior do útero que poderia levar a infecção séria. Em raríssimas situações (0,17% das IVGs realizadas nos Estados Unidos em 2000) o feto é removido intacto.

Eliminação ou expulsão fetal (indução do trabalho de parto)

editar

A eliminação ou expulsão fetal geralmente é reservada para gestações com mais de doze semanas. Consiste em forçar prematuramente o trabalho de parto com o uso do análogo de prostaglandina misoprostol. Pode-se associar o uso de ocitocina ou injeção no líquido amniótico de soluções hipertônicas com solução salina ou ureia.

Após a expulsão fetal, pode ser necessária a realização de curetagem.

Aborto por dilatação e extração

editar

O aborto por esvaziamento craniano intrauterino (ECI), também conhecido como aborto com "nascimento parcial", é uma técnica utilizada para provocar o aborto quando a gravidez está em estágio avançado, entre 20 e 26 semanas (cinco meses a seis meses e meio), suas indicações mais comuns são: morte do feto, risco de morte para a mãe, risco para a saúde da mãe e más formações fetais que inviabilizem a vida extra-uterina.[49] Guiado por ultrassom, o médico segura a perna do feto com um fórceps, puxa-o para o canal vaginal, e então retira o feto do útero, com exceção da cabeça.

Faz então uma incisão na nuca, inserindo depois um cateter para sugar o cérebro do feto e então o retira por inteiro do corpo da mãe. Em alguns países, essa prática é proibida em todos os casos, sendo considerada homicídio e punida severamente.[50][51] Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos Estados Unidos.

Em 2003, sua prática foi proibida em todo o país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto.[52]

Outros métodos

editar

No passado, diversas ervas já foram consideradas portadoras de propriedades abortivas e foram usadas na medicina popular.[53] No entanto, o uso de ervas com a intenção abortiva pode causar diversos efeitos adversos graves e até mesmo letais, tanto para a mãe quanto para o feto, e não é recomendado pelos médicos.[54]

O aborto, às vezes, é tentado através de trauma no abdômen. O grau da força, se intensa, pode causar diversas lesões internas graves sem necessariamente induzir com sucesso a perda fetal.[55] No Sudeste da Ásia, há uma tradição antiga de se tentar o aborto através de forte massagem abdominal.[56]

Métodos utilizados em abortos autoinduzidos não seguros incluem o uso incorreto de misoprostol e a inserção de materiais não cirúrgicos como agulhas e prendedores de roupas no útero. A utilização destes métodos não seguros raramente é observada em países desenvolvidos, onde o aborto cirúrgico é legal e disponível.[57]

Segurança

editar

O risco para a saúde associado ao aborto induzido é intrinsecamente influenciado por uma série de fatores, dos quais a segurança e a legalidade do procedimento são cruciais[58] [59] [60]. A abordagem mais segura envolve a realização do aborto induzido em um ambiente médico adequado, com pessoal de saúde qualificado e a utilização de técnicas e protocolos médicos apropriados[61] [62]. Nesse cenário, os riscos podem ser minimizados e controlados de forma eficaz. [63]

Os abortos legais realizados nos países desenvolvidos estão entre os procedimentos mais seguros na medicina.[2][64] Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade materna em abortos entre 1998 e 2005 foi de 0,6 morte por 100 000 procedimentos abortivos, tornando o aborto cerca de 14 vezes mais seguro do que o parto, cuja taxa de mortalidade é de 8,8 mortes por 100 000 nascidos vivos.[65][66]

O risco de mortalidade relacionada com o aborto aumenta com a idade gestacional, mas permanece menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas de gestação.[67][68] Isso contrasta com algumas leis presentes em alguns países que exigem que os médicos informem os pacientes que o aborto é um procedimento de alto risco.[69]

A aspiração uterina a vácuo no primeiro trimestre é o método de aborto não-farmacológico mais seguro, e pode ser realizado em uma clínica de atenção primária em saúde, clínica de aborto ou hospital. As complicações são raras e podem incluir perfuração uterina, infecção pélvica e retenção dos produtos da concepção necessitando de um segundo procedimento para evacuá-los.[70]

Geralmente são administrados antibióticos profiláticos (preventivos) (como a doxiciclina ou metronidazol) antes do aborto eletivo,[71] pois acredita-se que eles diminuem substancialmente o risco de infecção uterina pós-operatória.[46][72]

Existe pouca diferença em termos de segurança e eficácia entre o aborto farmacológicos usando regime combinado de mifepristona e misoprostol e o aborto não-farmacológico (aspiração a vácuo) quando são realizados no início do primeiro trimestre (até 9 semanas de idade gestacional).[38] O aborto farmacológico com o uso do análogo de prostaglandina misoprostol isolado é menos efetivo e mais doloroso do que o aborto usando o regime combinado de mifepristona e misoprostol ou do que o aborto cirúrgico.[73][74]

No entanto, quando o aborto induzido é realizado de forma insegura, como em circunstâncias clandestinas ou em locais inadequados, os riscos para a saúde da mulher aumentam consideravelmente.[75] [76] Tais riscos incluem hemorragia excessiva, infecções graves, lesões uterinas, complicações anestésicas, entre outros e, em casos extremos, o aborto inseguro pode levar à morte da mulher. [77] [78]

O risco de hemorragia é uma preocupação significativa em abortos induzidos e espontâneos. A perda excessiva de sangue pode levar à anemia e, em casos extremos, à necessidade de transfusões sanguíneas ou cirurgia para controlar a hemorragia. Qualquer procedimento que envolva a introdução de instrumentos no útero carrega um risco de infecção uterina. Infecções não tratadas podem se espalhar para outras partes do corpo e se tornarem graves. Em casos raros, os procedimentos de aborto podem causar lesões no útero ou em outros órgãos próximos, como o intestino. [79] [80] [81]

Aborto inseguro

editar

A Organização Mundial de Saúde define como abortos inseguros aqueles que são realizados por indivíduos sem formação, equipamentos perigosos ou em instalações sem condições de higiene e segurança.[82] Em muitos casos, e principalmente quando existem limitações no acesso a abortos legais e seguros, as mulheres que procuram terminar a gravidez vêm-se forçadas a recorrer a métodos de aborto inseguros. Nestes casos, podem tentar realizar um aborto autoinduzido ou confiar noutra pessoa sem formação médica adequada ou sem acesso a instalações seguras. A prática de abortos sem condições de segurança pode resultar em complicações graves para a mulher, entre as quais um aborto incompleto, sepse, hemorragias, infertilidade e lesões nos órgãos internos.[83]

Os abortos inseguros são uma das principais causas de morte e incapacidade entre as mulheres em todo o mundo. Embora os dados sejam imprecisos, estima-se que todos os anos sejam praticados cerca de 20 milhões de abortos inseguros, 97% dos quais em países em vias de desenvolvimento.[2] Os abortos inseguros resultam em 5 milhões de casos de incapacidade por ano.[2][7][84] Cerca de 24 milhões de mulheres são inférteis como resultado de um aborto inseguro.[85] A estimativa do número de mortes causada por abortos inseguros varia conforme a metodologia usada. A ONU estima que 70 000 mulheres perdem a vida anualmente em consequência de abortos realizados em condições inseguras.[2][7][86][87] o que corresponde a 13% de todas as mortes maternas.[88][89] A OMS estima que a mortalidade tenha diminuído desde a década de 1990. [90][91] [92] No entanto, entre 1995 e 2008 a proporção de abortos inseguros aumentou de 44% para 49%.[10] A incidência dos abortos inseguros pode ser difícil de quantificar com precisão, uma vez que muitos casos são reportados como aborto espontâneo, "regulação menstrual", "mini-aborto" ou "regulação de menstruação suspensa" ou "adiada".[93][94]

O principal fator que determina se o aborto é feito de forma segura ou insegura é a se é ou não legal. Os países com leis proibitivas apresentam maior frequência de abortos inseguros e maior frequência de abortos em geral, quando comparados com aqueles onde o aborto é permitido e de fácil acesso.[7][10][85][95][96][97][98] A falta de acesso a contraceção também contribui para o número de abortos inseguros. Estima-se que a incidência de abortos inseguros pudesse ser reduzida 75%, de 20 para 5 milhões anuais, se em todo o mundo estivessem disponíveis serviços modernos de saúde materna e planeamento familiar.[99]

Apenas 40% das mulheres em todo o mundo têm acesso a abortos terapêuticos e eletivos dentro de determinados limites gestacionais.[13] Cerca de 35% têm acesso a abortos legais quando cumprem determinados critérios físicos, mentais ou socioeconómicos.[16] Entre as medidas para diminuir o número de abortos inseguros, a generalidade das organizações de saúde pública defende a legalização do aborto, a formação do pessoal médico, a garantia do acesso a serviços de planeamento familiar e contracetivos e educação sexual.[95][100] Nos países onde o aborto tem vindo a ser legalizado, tem-se observado uma diminuição acentuada da mortalidade materna.[101][102][103]

Câncer de mama

editar

Esta hipótese não é aceita pelo consenso científico das entidades ligadas ao câncer.[104][105][106] Bind é um pesquisador com uma agenda enviesada e pseudocientífica para a promoção de suas crenças religiosas através do do "Breast Cancer Prevention Institute".[107][108]

Dor do feto

editar
 Ver artigo principal: Dor fetal

As estruturas anatómicas envolvidas no processo de sensação da dor ainda não estão presentes nesta fase do desenvolvimento. As ligações entre o tálamo e o córtex cerebral formam-se por volta da 23ª semana.[109] Existe também a possibilidade de que o feto não disponha da capacidade de sentir dor, ligada ao desenvolvimento mental que só ocorre após o nascimento.[110]

Evidências neurocientíficas atuais indicam a possibilidade de percepção de dor fetal durante o primeiro trimestre, com menos de 14 semanas de gestação e a medida que as evidências médicas mudaram no reconhecimento da percepção da dor fetal antes da viabilidade, houve uma mudança gradual no debate sobre a dor fetal, da contestação da existência da dor fetal ao debate sobre o significado da dor fetal. A presença de dor fetal cria tensão na prática da medicina no que diz respeito à beneficência e à não maleficência.[111]

Dado que o córtex só se torna funcional e os tratos só se desenvolvem após 24 semanas, muitos relatos excluem a dor fetal até o último trimestre. Após as 24 semanas, evidências mais recentes que questionam a necessidade do córtex para a dor e demonstram a conectividade funcional do tálamo com a subplaca são usadas para argumentar que a neurociência não pode descartar definitivamente a dor fetal antes das 24 semanas. [112]

Parece que a dor é um fenômeno neuroadaptativo que surge no meio da gravidez, por volta das 20-22 semanas de gestação, e torna-se cada vez mais evidente e significativo para o feto, durante o restante da gravidez. [113]

Consequências a longo prazo para a criança não desejada

editar

Muitos membros de grupos pró-escolha[114] consideram haver um risco maior de crianças não desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da gravidez não era uma opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem um nível de felicidade inferior às outras crianças incluindo problemas que se mantêm mesmo quando adultas, entre estes problemas incluem-se:

  • doença e morte prematura[115]
  • pobreza
  • problemas de desenvolvimento[115]
  • abandono escolar[116]
  • delinquência juvenil[117]
  • abuso de menores
  • instabilidade familiar e divórcio[118]
  • necessidade de apoio psiquiátrico[118]
  • falta de autoestima[119]

Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidez indesejáveis e situações consideradas psicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode ser comparada com a de crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma "situação de vida" não seria passível de comparação com uma "situação de morte", visto a inverificabilidade desta enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida após a morte") pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no caso, não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade de escolha ao envolvido, enquanto ainda é um feto.[120][121][122]

Motivações

editar

As razões que levam a mulher a optar por um aborto são diversas e diferentes em todo o mundo.[123][124] Uma das razões mais comuns é o adiamento da gravidez para um momento mais conveniente ou de forma a permitir focar energias e recursos nos filhos já nascidos. Entre outras razões pessoais estão a incapacidade em sustentar a criança, quer em termos de custos diretos, quer em termos de custos indiretos derivados da perda de rendimentos ao ter que tomar conta da criança, a falta de apoio do pai, a vontade em proporcionar educação de qualidade aos filhos já nascidos, problemas de relacionamento com o parceiro, a perceção de ser muito nova para tomar conta de uma criança, desemprego, e não estar disposta a educar uma criança que tenha sido concebida como resultado de uma violação, incesto ou outras causas.[124][125]

Alguns abortos são praticados como resultado de pressões sociais. Entre estas pressões estão a preferência por crianças de determinado sexo ou raça,[126] a reprovação social de mães solteiras ou de gravidez na adolescência, o estigma social em relação a pessoas com deficiências, falta de apoios económicos às famílias, falta de acesso ou rejeição de métodos contracetivos ou resultado de controlo populacional. Estes fatores podem por vezes resultar em aborto compulsivo ou aborto seletivo.[127]

Em alguns países, em mais de um terço dos casos a principal razão apontada é o risco para a saúde da mãe ou do bebé.[123][124] Em muitos casos, a motivação é a presença de um cancro e o aborto é feito para proteger o feto durante o tratamento com quimioterapia ou radioterapia.[128]

Um estudo norte-americano de 2002 observou que cerca de metade das mulheres que realizaram abortos tinham usado um método contracetivo no momento da concepção. No entanto, observou-se inconsistência de uso em cerca de metade das que tinham usado preservativo e em três quartos das que tinham usado pílula contracetiva. Cerca de 42% das que tinham usado preservativos reportaram que a falha se tinha devido ao deslizamento ou rutura.[129]

História

editar
 Ver artigo principal: História do aborto

A história do aborto, segundo a Antropologia, remonta à Antiguidade.

Há evidências que sugerem que, historicamente, dava-se fim à gestação, ou seja, provocava-se o aborto, utilizando diversos métodos, como ervas abortivas, o uso de objetos cortantes, a aplicação de pressão abdominal entre outras técnicas.

Etimologia

editar

A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortacus, derivado de aboriri ("perecer"), composto de ab ("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer").

Sociedade e cultura

editar

Debate sobre o aborto

editar
 Ver artigo principal: Debate sobre o aborto

O aborto induzido tem sido matéria de debate considerável. As questões éticas, morais, filosóficas, biológicas, religiosas e legais do aborto são influenciadas pelos sistemas de valores dos intervenientes. As opiniões sobre o aborto podem envolver os direitos da mulher, direitos fetais ou legitimidade do governo. Tanto no debate público como privado, os argumentos a favor ou contra o livre acesso aborto focam-se ou na legitimidade moral de um aborto induzido ou na legitimidade de leis que permitam ou restrinjam o acesso ao aborto.[130]

A Declaração sobre Aborto Terapêutico da Associação Médica Mundial afirma que o debate sobre o aborto resulta do conflito do interesse da mãe com o interesse do filho por nascer, que dá origem a um dilema moral sobre se a gravidez deve ou não ser deliberadamente interrompida.[131] Os debates sobre o aborto, em particular aqueles que incidem sobre a legislação, são muitas vezes encabeçados por grupos que advogam uma destas posições. Os grupos antiaborto intitulam-se "pró-vida" e advogam maiores restrições legais ao aborto, em alguns casos a sua proibição total. Os grupos a favor do direito ao aborto intitulam-se "pró-escolha e advogam a liberdade da mulher em tomar decisões sobre o seu próprio corpo.[132]

A maioria dos movimentos antiaborto alega que qualquer feto humano é uma pessoa com direito à vida, comparando em termos morais o aborto ao homicídio. A maioria dos movimentos a favor do direito ao aborto alega que a mulher tem direitos reprodutivos e a liberdade de decidir sobre o seu próprio corpo, especialmente se quer ou não levar uma gravidez a termo, e que os abortos clandestinos representam um perigo de saúde pública. Nos países em desenvolvimento em que o aborto é criminalizado, as taxas são centenas de vezes mais altas atingindo 330 mortes por cada 100 mil procedimentos.[133]

Legislação

editar
 
Situação jurídica do aborto ao redor do mundo:
  Legalizado em todos os casos
  Legalizado em casos de estupro, risco de vida, problemas de saúde, má-formação do feto, ou fatores socioeconômicos
  Legalizado em casos de estupro, risco de vida, ou problemas de saúde
  Legalizado em casos de estupro, risco de vida, problemas de saúde, ou má-formação do feto
  Legalizado em casos de risco de vida, problemas de saúde, ou má-formação do feto
  Legalizado em casos de risco de vida ou problemas de saúde
  Legalizado em casos de risco de vida
  Ilegal em todos os casos
  Não há informações
 Ver artigo principal: Legislação sobre o aborto

Nas jurisdições em que o aborto a pedido é permitido por lei, geralmente é necessário cumprir determinados critérios para se poder aceder a um aborto seguro e legal. Estes critérios geralmente incidem sobre a idade do feto. Em algumas jurisdições é determinado um número máximo de semanas, geralmente por volta do fim do primeiro trimestre, enquanto em outras se exige a avaliação da viabilidade fetal por parte de um médico. Algumas jurisdições exigem um período de reflexão entre o pedido e a realização do aborto, obrigam à distribuição de informação relativa ao desenvolvimento pré-natal ou exigem que os pais sejam contactados se uma filha menor requerer um aborto.[134] Outras jurisdições podem ainda exigir que a mulher obtenha a aprovação do pai do feto. Algumas jurisdições exigem ainda que a mulher seja informada dos riscos do procedimento, incluindo alegados riscos que não são apoiados por evidências científicas, e também que as autoridades de saúde certifiquem que o aborto é medicamente ou socialmente necessário. No entanto, muitas destas restrições são levantadas em situações de emergência.[135]

Noutras jurisdições o aborto a pedido é geralmente proibido. No entanto, muitas destas jurisdições permitem abortos legais em circunstâncias excecionais. Embora as circunstâncias variem entre jurisdições, geralmente incidem sobre se a gravidez é ou não ou resultado de uma violação ou incesto, se existe comprometimento do desenvolvimento fetal, se a saúde física ou mental da mulher está em risco ou se as condições socioeconómicas colocam o desenvolvimento da criança em risco.[16]

Em regiões onde o aborto é ilegal e está associado a forte estigma social, as grávidas podem recorrer a turismo médico, viajando para países onde seja a interrupção da gravidez seja legal.[136] As mulheres sem meios para viajar recorrem em muitos casos a abortos ilegais e inseguros ou tentam realizar um aborto por elas mesmas.[137] Em alguns países em que o aborto é totalmente proibido, algumas clínicas realizam abortos sob eufemismos como "higiene menstrual" ou "menstruação atrasada".[138][139] Em países onde o aborto é completamente proibido, como na Nicarágua, as autoridades médicas têm registado aumentos na morte materna direta e indiretamente relacionados com a gravidez, assim como mortes causadas pelo receio dos médicos em serem perseguidos caso tratem outras emergências ginecológicas.[140][141]

Ver também

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Aborto
 
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Aborto

Referências

  1. a b Grimes, DA; Stuart, G (2010). «Abortion jabberwocky: the need for better terminology». Contraception. 81 (2): 93–6. ISSN 0010-7824. PMID 20103443. doi:10.1016/j.contraception.2009.09.005 
  2. a b c d e Grimes, DA; Benson, J; Singh, S; Romero, M; Ganatra, B; Okonofua, FE; Shah, IH (2006). «Unsafe abortion: The preventable pandemic» (PDF). The Lancet. 368 (9550): 1908–1919. PMID 17126724. doi:10.1016/S0140-6736(06)69481-6. Cópia arquivada (PDF) em 29 de junho de 2011 
  3. Raymond, EG; Grossman, D; Weaver, MA; Toti, S; Winikoff, B (novembro de 2014). «Mortality of induced abortion, other outpatient surgical procedures and common activities in the United States». Contraception. 90 (5): 476–479. PMID 25152259. doi:10.1016/j.contraception.2014.07.012 
  4. a b Kulier, R; Kapp, N; Gülmezoglu, AM; Hofmeyr, GJ; Cheng, L; Campana, A (9 de novembro de 2011). «Medical methods for first trimester abortion.». The Cochrane Database of Systematic Reviews (11): CD002855. PMID 22071804. doi:10.1002/14651858.CD002855.pub4 
  5. a b Kapp, N; Whyte, P; Tang, J; Jackson, E; Brahmi, D (setembro de 2013). «A review of evidence for safe abortion care». Contraception. 88 (3): 350–63. PMID 23261233. doi:10.1016/j.contraception.2012.10.027 
  6. a b Lohr, PA; Fjerstad, M; Desilva, U; Lyus, R (2014). «Abortion». BMJ. 348: f7553. doi:10.1136/bmj.f7553 
  7. a b c d Shah, I; Ahman, E (dezembro de 2009). «Unsafe abortion: global and regional incidence, trends, consequences, and challenges» (PDF). Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada. 31 (12): 1149–58. PMID 20085681. Arquivado do original (PDF) em 16 de julho de 2011 
  8. Sedgh, Gilda; Bearak, Jonathan; Singh, Susheela; Bankole, Akinrinola; Popinchalk, Anna; Ganatra, Bela; Rossier, Clémentine; Gerdts, Caitlin; Tunçalp, Özge; Johnson, Brooke Ronald; Johnston, Heidi Bart; Alkema, Leontine (maio de 2016). «Abortion incidence between 1990 and 2014: global, regional, and subregional levels and trends». The Lancet. 388: 258–67. PMC 5498988 . PMID 27179755. doi:10.1016/S0140-6736(16)30380-4 
  9. «Worldwide, an estimated 25 million unsafe abortions occur each year». World Health Organization. 28 de setembro de 2017. Consultado em 29 de setembro de 2017 
  10. a b c Sedgh, G.; Singh, S.; Shah, I. H.; Åhman, E.; Henshaw, S. K.; Bankole, A. (2012). «Induced abortion: Incidence and trends worldwide from 1995 to 2008» (PDF). The Lancet. 379 (9816): 625–632. PMID 22264435. doi:10.1016/S0140-6736(11)61786-8. Cópia arquivada (PDF) em 6 de fevereiro de 2012. Dado que poucas estimativas de aborto se basearam em estudos de amostras aleatórias de mulheres, e porque não utilizámos uma abordagem baseada em modelos para estimar a incidência do aborto, não foi possível calcular intervalos de confiança com base em erros padrão em torno das estimativas. Com base nas informações disponíveis sobre a exatidão e precisão das estimativas de aborto que foram usadas para desenvolver as taxas sub-regionais, regionais e mundiais, calculamos intervalos de certeza em torno dessas taxas (apêndice na web). Calculamos intervalos mais amplos para taxas de aborto inseguro do que para taxas de aborto seguro. A base para estes intervalos incluiu avaliações publicadas e não publicadas de relatórios de aborto em países com leis liberais, estudos recentemente publicados sobre abortos inseguros a nível nacional e estimativas altas e baixas dos números de abortos inseguros desenvolvidas pela OMS. 
  11. Sedgh G, Henshaw SK, Singh S, Bankole A, Drescher J (setembro de 2007). «Legal abortion worldwide: incidence and recent trends». International Family Planning Perspectives. 33 (3): 106–116. PMID 17938093. doi:10.1363/ifpp.33.106.07. Cópia arquivada em 19 de agosto de 2009 
  12. World Health Organization (2012). Safe abortion: technical and policy guidance for health systems (PDF) 2nd ed. Geneva: World Health Organization. p. 8. ISBN 9789241548434. Cópia arquivada (PDF) em 16 de janeiro de 2015 
  13. a b c Culwell KR, Vekemans M, de Silva U, Hurwitz M (julho de 2010). «Critical gaps in universal access to reproductive health: Contraception and prevention of unsafe abortion». International Journal of Gynecology & Obstetrics. 110: S13–16. PMID 20451196. doi:10.1016/j.ijgo.2010.04.003 
  14. Joffe, Carole (2009). «1. Abortion and medicine: A sociopolitical history». In: M Paul, ES Lichtenberg, L Borgatta, DA Grimes, PG Stubblefield, MD Creinin. Management of Unintended and Abnormal Pregnancy (PDF) 1st ed. Oxford, United Kingdom: John Wiley & Sons, Ltd. ISBN 978-1-4443-1293-5. OL 15895486W. Cópia arquivada (PDF) em 21 de outubro de 2011 
  15. Thomas W. Volscho, “Racism and Disparities in Women’s Use of the Depo-Provera Injection in the Contemporary USA,” Crit Sociol 2011 37: 673, June 3, 2011,
  16. a b c Boland, R.; Katzive, L. (2008). «Developments in Laws on Induced Abortion: 1998–2007». International Family Planning Perspectives. 34 (3): 110–120. PMID 18957353. doi:10.1363/ifpp.34.110.08. Cópia arquivada em 7 de outubro de 2011 
  17. Nixon, edited by Frederick Adolf Paola, Robert Walker, Lois LaCivita (2010). Medical ethics and humanities. Sudbury, Mass.: Jones and Bartlett Publishers. p. 249. ISBN 9780763760632. OL 13764930W. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2017 
  18. Johnstone, Megan-Jane (2009). Bioethics a nursing perspective 5th ed. Sydney, N.S.W.: Churchill Livingstone/Elsevier. p. 228. ISBN 9780729578738. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2017. Although abortion has been legal in many countries for several decades now, its moral permissibilities continues to be the subject of heated public debate. 
  19. Pastor Mark Driscoll (18 de outubro de 2013). «What do 55 million people have in common?». Fox News. Consultado em 2 de julho de 2014. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2014 
  20. Hansen, Dale (18 de março de 2014). «Abortion: Murder, or Medical Procedure?». The Huffington Post. Consultado em 2 de julho de 2014. Cópia arquivada em 14 de julho de 2014 
  21. Sifris, Ronli Noa (2013). Reproductive freedom, torture and international human rights: challenging the masculinisation of torture. Hoboken: Taylor & Francis. p. 3. ISBN 9781135115227. OCLC 869373168. Cópia arquivada em 15 de outubro de 2015 
  22. a b c d e ROCHE, Natalie E. (2004). «Therapeutic Abortion]». Emedicine.com. Consultado em 8 de março de 2006 
  23. Churchill Livingstone medical dictionary. Edinburgh New York: Churchill Livingstone Elsevier. 2008. ISBN 978-0-443-10412-1. The preferred term for unintentional loss of the product of conception prior to 24 weeks' gestation is miscarriage. 
  24. Annas, George J.; Elias, Sherman (2007). «51. Legal and Ethical Issues in Obstetric Practice». In: Gabbe, Steven G.; Niebyl, Jennifer R.; Simpson, Joe Leigh. Obstetrics: Normal and Problem Pregnancies 5 ed. [S.l.]: Churchill Livingstone. p. 669. ISBN 978-0-443-06930-7. A preterm birth is defined as one that occurs before the completion of 37 menstrual weeks of gestation, regardless of birth weight. 
  25. «Stillbirth». Concise Medical Dictionary. Oxford University Press. 2010. Cópia arquivada em 15 de outubro de 2015. birth of a fetus that shows no evidence of life (heartbeat, respiration, or independent movement) at any time later than 24 weeks after conception 
  26. «7 FAM 1470 Documenting Stillbirth (Fetal Death)». United States Department of State. 18 de fevereiro de 2011. Consultado em 12 de janeiro de 2016 
  27. Annas, George J.; Elias, Sherman (2007). «24. Pregnancy loss». In: Gabbe, Steven G.; Niebyl, Jennifer R.; Simpson, Joe Leigh. Obstetrics: Normal and Problem Pregnancies 5 ed. [S.l.]: Churchill Livingstone. ISBN 978-0-443-06930-7 
  28. a b Schorge, John O.; Schaffer, Joseph I.; Halvorson, Lisa M.; Hoffman, Barbara L.; Bradshaw, Karen D.; Cunningham, F. Gary, eds. (2008). «6. First-Trimester Abortion». Williams Gynecology 1 ed. [S.l.]: McGraw-Hill Medical. ISBN 978-0-07-147257-9 
  29. Katz, Vern L. (2007). «16. Spontaneous and Recurrent Abortion – Etiology, Diagnosis, Treatment». In: Katz, Vern L.; Lentz, Gretchen M.; Lobo, Rogerio A.; Gershenson, David M. Katz: Comprehensive Gynecology 5 ed. [S.l.]: Mosby. ISBN 978-0-323-02951-3 
  30. Stovall, Thomas G. (2002). «17. Early Pregnancy Loss and Ectopic Pregnancy». In: Berek, Jonathan S. Novak's Gynecology 13 ed. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. ISBN 978-0-7817-3262-8 
  31. Cunningham, F. Gary; Leveno, Kenneth J.; Bloom, Steven L.; Spong, Catherine Y.; Dashe, Jodi S.; Hoffman, Barbara L.; Casey, Brian M.; Sheffield, Jeanne S., eds. (2014). Williams Obstetrics 24th ed. [S.l.]: McGraw Hill Education. ISBN 978-0-07-179893-8 
  32. a b Stöppler, Melissa Conrad. Shiel, William C., Jr., ed. «Miscarriage (Spontaneous Abortion)». MedicineNet.com. WebMD. Consultado em 7 de abril de 2009. Arquivado do original em 29 de agosto de 2004 
  33. a b Jauniaux E, Kaminopetros P, El-Rafaey H (1999). «Early pregnancy loss». In: Whittle MJ, Rodeck CH. Fetal medicine: basic science and clinical practice. Edinburgh: Churchill Livingstone. p. 837. ISBN 978-0-443-05357-3. OCLC 42792567 
  34. «Fetal Homicide Laws». National Conference of State Legislatures. Consultado em 7 de abril de 2009. Cópia arquivada em 11 de setembro de 2012 
  35. a b Kulier R, Kapp N, Gülmezoglu AM, Hofmeyr GJ, Cheng L, Campana A (2011). «Medical methods for first trimester abortion». Cochrane Database Syst Rev. 11 (11): CD002855. PMID 22071804. doi:10.1002/14651858.CD002855.pub4 
  36. a b Creinin MD, Gemzell-Danielsson K (2009). «Medical abortion in early pregnancy». In: Paul M, Lichtenberg ES, Borgatta L, Grimes DA, Stubblefield PG, Creinin MD (eds.). Management of unintended and abnormal pregnancy: comprehensive abortion care. Oxford: Wiley-Blackwell. pp. 111–134. ISBN 1405176962 
  37. a b Kapp N, von Hertzen H (2009). «Medical methods to induce abortion in the second trimester». In: Paul M, Lichtenberg ES, Borgatta L, Grimes DA, Stubblefield PG, Creinin MD (eds.). Management of unintended and abnormal pregnancy: comprehensive abortion care. Oxford: Wiley-Blackwell. pp. 178–192. ISBN 1405176962 
  38. a b WHO Department of Reproductive Health and Research (23 de novembro de 2006). Frequently asked clinical questions about medical abortion (PDF). Geneva: World Health Organization. ISBN 9241594845. Consultado em 22 de novembro de 2011 [ligação inativa] 
  39. Fjerstad M, Sivin I, Lichtenberg ES, Trussell J, Cleland K, Cullins V (setembro de 2009). «Effectiveness of medical abortion with mifepristone and buccal misoprostol through 59 gestational days». Contraception. 80 (3): 282–286. PMID 19698822. doi:10.1016/j.contraception.2009.03.010 
    • The regimen (200 mg of mifepristone, followed 24–48 hours later by 800 mcg of vaginal misoprostol) previously used by Planned Parenthood clinics in the United States from 2001 to March 2006 was 98.5% effective through 63 days gestation—with an ongoing pregnancy rate of about 0.5%, and an additional 1% of patients having uterine evacuation for various reasons, including problematic bleeding, persistent gestational sac, clinician judgment or patient request.
    • The regimen (200 mg of mifepristone, followed 24–48 hours later by 800 mcg of buccal misoprostol) currently used by Planned Parenthood clinics in the United States since abril 2006 is 98.3% effective through 59 days gestation
  40. Holmquist S, Gilliam M (2008). «Induced abortion». In: Gibbs RS, Karlan BY, Haney AF, Nygaard I (eds.). Danforth's obstetrics and gynecology 10ª ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. pp. 586–603. ISBN 9780781769372 
  41. «Abortion statistics, England and Wales: 2010». Londres: Department of Health, United Kingdom. 24 de maio de 2011. Consultado em 22 de novembro de 2011 
  42. «Abortion statistics, year ending 31 de dezembro de 2010» (PDF). Edinburgh: ISD, NHS Scotland. 31 de maio de 2011. Consultado em 22 de novembro de 2011 
  43. Vilain A, Mouquet M-C (22 de junho de 2011). «Voluntary terminations of pregnancies in 2008 and 2009» (PDF). Paris: DREES, Ministry of Health, France. Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 26 de setembro de 2011 
  44. (5 de julho de 2011). «Abortions in Switzerland 2010». Neuchâtel: Office of Federal Statistics, Switzerland. Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original em 3 de outubro de 2011 
  45. Gissler M, Heino A (21 de fevereiro de 2011). «Induced abortions in the Nordic countries 2009» (PDF). Helsinki: National Institute for Health and Welfare, Finland. Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 18 de janeiro de 2012 
  46. a b c Templeton, A.; Grimes D. A. (2011). «A Request for Abortion». New England Journal of Medicine. 365 (23): 2198–2204. doi:10.1056/NEJMcp1103639 
  47. Jones RK, Kooistra K (março de 2011). «Abortion incidence and access to services in the United States, 2008» (PDF). Perspect Sex Reprod Health. 43 (1): 41–50. PMID 21388504. doi:10.1363/4304111. Consultado em 22 de novembro de 2011 
  48. Hammond C, Chasen ST (2009). «Dilation and evacuation». In: Paul M, Lichtenberg ES, Borgatta L, Grimes DA, Stubblefield PG, Creinin MD (eds.). Management of unintended and abnormal pregnancy: comprehensive abortion care. Oxford: Wiley-Blackwell. pp. 178–192. ISBN 1405176962 
  49. «O que é o aborto por nascimento parcial». Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Arquivado do original em 17 de Janeiro de 2012 
  50. «Partial Birth Abortion» (em inglês). Nrlc.org. Arquivado do original em 18 de Janeiro de 2009 
  51. «Como funciona o aborto por nascimento parcial» (em inglês). Nrlc.org. Arquivado do original em 18 de Janeiro de 2009 
  52. «Críticos entram na Justiça contra proibição de aborto nos EUA» (em inglês). BBC.co.uk 
  53. Riddle, John M. (1997). Eve's herbs: a history of contraception and abortion in the West. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press. ISBN 978-0-674-27024-4. OCLC 36126503 [falta página]
  54. Ciganda C, Laborde A (2003). «Herbal infusions used for induced abortion». J. Toxicol. Clin. Toxicol. 41 (3): 235–239. PMID 12807304. doi:10.1081/CLT-120021104 
  55. Smith, Jane Parker (1 de janeiro de 1998). «Risky choices: The dangers of teens using self-induced abortion attempts». Journal of Pediatric Health Care. 12 (3). doi:10.1016/s0891-5245(98)90245-0 
  56. Potts, M.; Graff, M.; Taing, J. (2007). «Thousand-year-old depictions of massage abortion». Journal of Family Planning and Reproductive Health Care. 33 (4): 233–234. PMID 17925100. doi:10.1783/147118907782101904 
  57. Thapa, S. R.; Rimal, D.; Preston, J. (2006). «Self induction of abortion with instrumentation». Australian Family Physician. 35 (9): 697–698. PMID 16969439 
  58. «Abortion - Risks». nhs.uk (em inglês). 18 de outubro de 2017. Consultado em 24 de setembro de 2023 
  59. «Abortion Risks». Consultado em 24 de setembro de 2023 
  60. National Academies of Sciences, Engineering; Division, Health and Medicine; Services, Board on Health Care; Practice, Board on Population Health and Public Health; U.s, Committee on Reproductive Health Services: Assessing the Safety and Quality of Abortion Care in the (16 de março de 2018). «Long-Term Health Effects». National Academies Press (US) (em inglês). Consultado em 24 de setembro de 2023 
  61. «Beyond safety: the 2022 WHO abortion guidelines and the future of abortion safety measurement». Consultado em 24 de setembro de 2023 
  62. «Abortion». www.who.int (em inglês). Consultado em 24 de setembro de 2023 
  63. «Preventing unsafe abortion» (PDF). 24 de setembro de 2023 
  64. Grimes, DA; Creinin, MD (2004). «Induced abortion: an overview for internists». Ann. Intern. Med. 140 (8): 620–6. PMID 15096333. doi:10.1001/archinte.140.5.620 
  65. Raymond, E. G.; Grimes, D. A. (2012). «The Comparative Safety of Legal Induced Abortion and Childbirth in the United States». Obstetrics & Gynecology. 119 (2, Part 1): 215–219. PMID 22270271. doi:10.1097/AOG.0b013e31823fe923 
  66. Grimes DA (janeiro de 2006). «Estimation of pregnancy-related mortality risk by pregnancy outcome, United States, 1991 to 1999». Am. J. Obstet. Gynecol. 194 (1): 92–4. PMID 16389015. doi:10.1016/j.ajog.2005.06.070 
  67. Bartlett LA; Berg CJ; Shulman HB; et al. (abril de 2004), «Risk factors for legal induced abortion-related mortality in the United States», Obstet Gynecol, 103 (4): 729–37, PMID 15051566, doi:10.1097/01.AOG.0000116260.81570.60 
  68. Trupin, Suzanne (27 de maio de 2010). «Elective Abortion». eMedicine. Consultado em 1 de junho de 2010. At every gestational age, elective abortion is safer for the mother than carrying a pregnancy to term. 
  69. Pittman, Genevra (23 de janeiro de 2012). «Abortion safer than giving birth: study» (em inglês). Reuters. Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  70. Westfall JM, Sophocles A, Burggraf H, Ellis S (1998). «Manual vacuum aspiration for first-trimester abortion». Arch Fam Med. 7 (6): 559–62. PMID 9821831. doi:10.1001/archfami.7.6.559. Consultado em 19 de junho de 2011. Arquivado do original em 5 de abril de 2005 
  71. ACOG Committee on Practice Bulletins--Gynecology (maio de 2009). «ACOG practice bulletin No. 104: antibiotic prophylaxis for gynecologic procedures». Obstet Gynecol. 113 (5): 1180–9. PMID 19384149. doi:10.1097/AOG.0b013e3181a6d011 
  72. Sawaya GF, Grady D, Kerlikowske K, Grimes DA (maio de 1996). «Antibiotics at the time of induced abortion: the case for universal prophylaxis based on a meta-analysis». Obstet Gynecol. 87 (5 Pt 2): 884–90. PMID 8677129 
  73. Grossman D (3 de setembro de 2004). «Medical methods for first trimester abortion: RHL commentary». Reproductive Health Library. Geneva: World Health Organization. Consultado em 22 de novembro de 2011 
  74. Chien P, Thomson M (15 de dezembro de 2006). «Medical versus surgical methods for first trimester termination of pregnancy: RHL commentary». Reproductive Health Library. Geneva: World Health Organization. Consultado em 1 de junho de 2010. Arquivado do original em 17 de maio de 2010 
  75. «Abortion Methods & Medical Risks». Consultado em 24 de setembro de 2023 
  76. «Are In-Clinic Abortion Procedures Safe?». www.plannedparenthood.org (em inglês). Consultado em 24 de setembro de 2023 
  77. «Abortion Risks and Side Effects». CompassCare (em inglês). Consultado em 24 de setembro de 2023 
  78. «Informed Consent: Abortion Methods». health.alaska.gov (em inglês). Consultado em 24 de setembro de 2023 
  79. «The Safety and Quality of Abortion Care in the United States.». Consultado em 24 de setembro de 2023 
  80. «Spontaneous Abortion - Gynecology and Obstetrics». MSD Manual Professional Edition (em inglês). Consultado em 24 de setembro de 2023 
  81. Harris, Lisa H.; Grossman, Daniel (12 de março de 2020). Campion, Edward W., ed. «Complications of Unsafe and Self-Managed Abortion». New England Journal of Medicine (em inglês) (11): 1029–1040. ISSN 0028-4793. doi:10.1056/NEJMra1908412. Consultado em 24 de setembro de 2023 
  82. «The Prevention and Management of Unsafe Abortion» (PDF) (em inglês). World Health Organization. Abril de 1995. Consultado em 1 de junho de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 30 de maio de 2010 
  83. Okonofua, F. (2006). «Abortion and maternal mortality in the developing world» (PDF). Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada. 28 (11): 974–979. PMID 17169222. Arquivado do original (PDF) em 11 de janeiro de 2012 
  84. Haddad, LB.; Nour, NM. (2009). «Unsafe abortion: unnecessary maternal mortality». Reviews in Obstetrics & Gynecology. 2 (2): 122–6. PMC 2709326 . PMID 19609407 
  85. a b «Unsafe abortion: Global and regional estimates of the incidence of unsafe abortion and associated mortality in 2003» (PDF). World Health Organization. 2007. Consultado em 7 de março de 2011. Cópia arquivada (PDF) em 16 de fevereiro de 2011 
  86. «factsheets». Un.org 
  87. Lozano, R (15 de dezembro de 2012). «Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010.». Lancet. 380 (9859): 2095–128. PMID 23245604. doi:10.1016/S0140-6736(12)61728-0. hdl:10536/DRO/DU:30050819 
  88. Darney, Leon Speroff, Philip D. (2010). A clinical guide for contraception 5th ed. Philadelphia, Pa.: Lippincott Williams & Wilkins. p. 406. ISBN 1-60831-610-6 
  89. Maclean, Gaynor (2005). «XI. Dimension, Dynamics and Diversity: A 3D Approach to Appraising Global Maternal and Neonatal Health Initiatives». In: Balin, Randell E. Trends in Midwifery Research. [S.l.]: Nova Publishers. pp. 299–300. ISBN 978-1-59454-477-4. Cópia arquivada em 15 de março de 2015 
  90. As taxas de morte por aborto inseguro diminuíram significativamente desde os anos 90. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as taxas de morte por aborto inseguro diminuíram em 44% entre 1990 e 2017. Existem vários fatores que contribuíram para essa diminuição, incluindo: O aumento do acesso à contracepção, que ajuda a prevenir gravidezes não desejadas; A expansão dos serviços de aborto legal e seguro; O aumento da conscientização sobre os riscos do aborto inseguro; O desenvolvimento de novos medicamentos e técnicas para o aborto seguro. A diminuição das taxas de morte por aborto inseguro é uma conquista importante para a saúde pública. O aborto inseguro é uma das principais causas de morte materna evitável, e a diminuição do número de mortes por aborto inseguro significa que mais mulheres estão vivendo e tendo filhos saudáveis. Aqui estão alguns exemplos específicos de como os fatores mencionados acima contribuíram para a diminuição das taxas de morte por aborto inseguro: - Acesso à contracepção: O aumento do acesso à contracepção, como pílulas anticoncepcionais, dispositivos intrauterinos (DIU) e preservativos, ajudou a prevenir gravidezes não desejadas. Isso, por sua vez, reduziu a necessidade de abortos. - Expansão dos serviços de aborto legal e seguro: A expansão dos serviços de aborto legal e seguro, como clínicas de aborto e hospitais, tornou mais fácil para as mulheres obter abortos seguros. - Aumento da conscientização sobre os riscos do aborto inseguro: O aumento da conscientização sobre os riscos do aborto inseguro, como infecções e hemorragias, ajudou a dissuadir as mulheres de buscar abortos inseguros. - Desenvolvimento de novos medicamentos e técnicas para o aborto seguro: O desenvolvimento de novos medicamentos e técnicas para o aborto seguro, como o aborto com medicamentos, tornou o aborto mais seguro e acessível. [1] [2] [3]
  91. World Health Organisation (2011). Unsafe abortion: global and regional estimates of the incidence of unsafe abortion and associated mortality in 2008 (PDF) 6th ed. [S.l.]: World Health Organisation. p. 27. ISBN 978-92-4-150111-8. Cópia arquivada (PDF) em 28 de março de 2014 
  92. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as taxas de mortes por aborto no Brasil diminuíram significativamente desde 1990. Em 1990, a taxa de mortalidade por aborto foi de 5,58 por 100.000 mulheres (10 a 54 anos de idade). Em 2022, a taxa caiu para 0,1 por 100.000 mulheres. [4] [5] [6]
  93. Grimes, David A. «Unsafe Abortion - The Preventable Pandemic*». Consultado em 16 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 5 de março de 2014 
  94. Nations, MK (1997). «Women's hidden transcripts about abortion in Brazil». Social Science & Medicine. 44: 1833–45. PMID 9194245. doi:10.1016/s0277-9536(96)00293-6 
  95. a b Berer M (2000). «Making abortions safe: a matter of good public health policy and practice». Bulletin of the World Health Organization. 78 (5): 580–92. PMC 2560758 . PMID 10859852 
  96. Sedgh G, Henshaw S, Singh S, Ahman E, Shah IH (2007). «Induced abortion: estimated rates and trends worldwide». Lancet. 370 (9595): 1338–45. PMID 17933648. doi:10.1016/S0140-6736(07)61575-X 
  97. Berer M (novembro de 2004). «National laws and unsafe abortion: the parameters of change». Reproductive Health Matters. 12 (24 Suppl): 1–8. PMID 15938152. doi:10.1016/S0968-8080(04)24024-1 
  98. Culwell, Kelly R.; Hurwitz, Manuelle (maio de 2013). «Addressing barriers to safe abortion». International Journal of Gynecology & Obstetrics. 121: S16–S19. doi:10.1016/j.ijgo.2013.02.003 
  99. «Facts on Investing in Family Planning and Maternal and Newborn Health» (PDF). Guttmacher Institute. 2010. Consultado em 24 de maio de 2012. Arquivado do original (PDF) em 24 de março de 2012 
  100. UNICEF, United Nations Population Fund, WHO, World Bank (2010). «Packages of interventions: Family planning, safe abortion care, maternal, newborn and child health». Consultado em 31 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2010 
  101. Jewkes R, Rees H, Dickson K, Brown H, Levin J (março de 2005). «The impact of age on the epidemiology of incomplete abortions in South Africa after legislative change». BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology. 112 (3): 355–9. PMID 15713153. doi:10.1111/j.1471-0528.2004.00422.x 
  102. Bateman C (dezembro de 2007). «Maternal mortalities 90% down as legal TOPs more than triple». South African Medical Journal. 97 (12): 1238–42. PMID 18264602. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2017 
  103. Conti, Jennifer A.; Brant, Ashley R.; Shumaker, Heather D.; Reeves, Matthew F. (novembro de 2016). «Update on abortion policy». Current Opinion in Obstetrics and Gynecology. 1 páginas. doi:10.1097/GCO.0000000000000324 
  104. WHO. «O aborto não aumenta o risco de câncer de mama» (em inglês). WHO. Consultado em 8 de maio de 2011 
  105. Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. «The Care of Women Requesting Induced Abortion» (PDF) (em inglês). Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. p. 43. Consultado em 8 de maio de 2011. Arquivado do original (PDF) em 27 de fevereiro de 2008 
  106. oversight.house.gov. «Politics & Science - Investigating the State of Science Under the Bush Administration» (em inglês). Oversight.house.gov. Consultado em 8 de maio de 2011. Arquivado do original em 27 de março de 2008 
  107. «PublicEye.org - The Website of Political Research Associates». www.publiceye.org. Consultado em 9 de outubro de 2015 
  108. «The scientist who hated abortion | DiscoverMagazine.com». Discover Magazine. Consultado em 9 de outubro de 2015 
  109. Parliamentary Office of Science and Technology. (1997). . «Fetal Awareness].» (PDF) (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2006. Arquivado do original (PDF) em 4 de Janeiro de 2006 
  110. Artigo da BBC News (2006). ". «Foetuses 'cannot experience pain']."» (em inglês). News.bbc.co.uk. Consultado em 18 de julho de 2006 
  111. Till, Bridget. «Fetal Pain in the First Trimester». Consultado em 24 de setembro de 2023 
  112. Derbyshire, Stuart WG; Bockmann, John C. (1 de janeiro de 2020). «Reconsidering fetal pain». Journal of Medical Ethics (em inglês) (1): 3–6. ISSN 0306-6800. PMID 31937669. doi:10.1136/medethics-2019-105701. Consultado em 25 de setembro de 2023 
  113. Bellieni, Carlo V. (1 de agosto de 2019). «New insights into fetal pain». Seminars in Fetal and Neonatal Medicine. PAIN MANAGEMENT IN THE NEONATE (4). 101001 páginas. ISSN 1744-165X. doi:10.1016/j.siny.2019.04.001. Consultado em 25 de setembro de 2023 
  114. «prochoiceforum» (em inglês). Prochoiceforum.org.uk. Arquivado do original em 13 de Outubro de 2006 
  115. a b Myhrman, A. (1986), Longitudinal Studies on Unwanted Children. Scandinavian Journal of Social Medicine 14:57-59
  116. Dytrych, Z., Matejcek, Z., and Schüler,V. (1988). The Prague cohort: Adolescence and early adulthood. In H.P. David,,Z.Dytrych, Z. Matejcek, and V. Schüller (Eds.) Born unwanted: Developmental effects of denied abortion. New York: Springer, 87-102
  117. David, H.P., Dytrych, Z.,Matejcek, Z., and Schüller, V. (Eds.)(1988). Born unwanted: Developmental effects of denied abortion. New York: Springer; Prague: Avicenum, 1988; Mexico City: EDAMEX, 1991.
  118. a b Kubicka, L., Matejcek, Z., David, H.P., Dytrych, Z., Miller, W.B., and Roth, Z. (1995). Children from unwanted pregnancies in Prague, Czech Republic revisited at age Thirty. Acta Psychiatrica Scandinavica, 91, 361-369
  119. Kubicka, L., Roth, Z., Dytrych, Z., Matejcek, Z., and David, H.P. (2002). The menthael alth of adults born from unwanted pregnancies, their siblings, and matched controls; A 35-year follow-up study from Prague, Czech Republic. Journal of Nervous and Mental Disease, 190, 653-552
  120. «VIVO PELA VIDA (site). "Aborto: FAQ".». Vivopelavida.com.br 
  121. «PATTO, Pero Vaz. "Pela Vida, contra o aborto: Respostas e argumentos".». Federacao-vida.com.pt 
  122. «PATTO, Pero Vaz. "Pelo Não: Respostas e argumentos"». Abortonao.net. Arquivado do original em 9 de Dezembro de 2008 
  123. a b «The limitations of U.S. statistics on abortion». Issues in Brief. New York: The Guttmacher Institute. 1997. Arquivado do original em 4 de abril de 2012 
  124. a b c Bankole, Akinrinola; Singh, Susheela; Haas, Taylor (1998). «Reasons Why Women Have Induced Abortions: Evidence from 27 Countries». International Family Planning Perspectives. 24 (3): 117–127; 152. doi:10.2307/3038208. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2006 
  125. Finer, L. B.; Frohwirth, L. F.; Dauphinee, L. A.; Singh, S.; Moore, A. M. (2005). «Reasons U.S. Women Have Abortions: Quantitative and Qualitative Perspectives». Perspectives on Sexual and Reproductive Health. 37 (3): 110–118. PMID 16150658. doi:10.1111/j.1931-2393.2005.tb00045.x. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2012 
  126. «Nuremberg and the Crime of Abortion». U. Toledo. L. Rev. 42: 283. Consultado em 12 de julho de 2014. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2013 
  127. Oster, Emily (setembro de 2005). «Explaining Asia's "Missing Women": A New Look at the Data – Comment» (PDF). Population and Development Review. 31 (3): 529, 535. doi:10.1111/j.1728-4457.2005.00082.x. Consultado em 19 de maio de 2009. Arquivado do original (PDF) em 30 de agosto de 2008 
  128. Weisz, B; Schiff, E; Lishner, M (2001). «Cancer in pregnancy: maternal and fetal implications» (PDF). Human Reproduction Update. 7 (4): 384–393. PMID 11476351. doi:10.1093/humupd/7.4.384. Cópia arquivada (PDF) em 15 de outubro de 2015 
  129. Jones, R. K.; Darroch, J. E.; Henshaw, S. K. (2002). «Contraceptive Use Among U.S. Women Having Abortions in 2000–2001» (PDF). Perspectives on Sexual and Reproductive Health. 34 (6): 294–303. PMID 12558092. doi:10.2307/3097748. Cópia arquivada (PDF) em 15 de junho de 2006 
  130. Farrell, Courtney (2010). Abortion Debate. [S.l.]: ABDO Publishing Company. pp. 6–7. ISBN 1617852643 
  131. «WMA Declaration on Therapeutic Abortion». WMA. Consultado em 28 de outubro de 2015. Arquivado do original em 28 de outubro de 2015 
  132. Farrell, p. 8
  133. Abortion and maternal mortality in the developing world. F Okonofua - J Obstet Gynaecol Can,2006 Nov;28(11):974-9
  134. Theodore J. Joyce; Stanley K. Henshaw; Amanda Dennis; Lawrence B. Finer; Kelly Blanchard (abril de 2009). «The Impact of State Mandatory Counseling and Waiting Period Laws on Abortion: A Literature Review» (PDF). Guttmacher Institute. Consultado em 31 de dezembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 14 de janeiro de 2011 
  135. Restivo, Sal P., ed. (2005). Science, Technology, and Society: An Encyclopedia. Oxford University Press. p. 2. ISBN 9780195141931. Cópia arquivada em 15 de março de 2015 
  136. Henshaw, S. K. (1991). «The Accessibility of Abortion Services in the United States» (PDF). Family Planning Perspectives. 23 (6): 246–263. doi:10.2307/2135775 
  137. Bloom, Marcy (25 de fevereiro de 2008). «Need Abortion, Will Travel». RH Reality Check. Consultado em 15 de junho de 2009. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2008 
  138. «Surgical Abortion: History and Overview». National Abortion Federation. Consultado em 4 de setembro de 2006. Arquivado do original em 22 de setembro de 2006 
  139. Nations MK, Misago C, Fonseca W, Correia LL, Campbell OM (junho de 1997). «Women's hidden transcripts about abortion in Brazil». Social Science & Medicine. 44 (12): 1833–45. PMID 9194245. doi:10.1016/s0277-9536(96)00293-6. Two folk medical conditions, "delayed" (atrasada) and "suspended" (suspendida) menstruation, are described as perceived by poor Brazilian women in Northeast Brazil. Culturally prescribed methods to "regulate" these conditions and provoke menstrual bleeding are also described ... 
  140. «European delegation visits Nicaragua to examine effects of abortion ban». Ipas. 26 de novembro de 2007. Consultado em 15 de junho de 2009. Cópia arquivada em 17 de abril de 2008. More than 82 maternal deaths had been registered in Nicaragua since the change. During this same period, indirect obstetric deaths, or deaths caused by illnesses aggravated by the normal effects of pregnancy and not due to direct obstetric causes, have doubled. 
  141. «Nicaragua: "The Women's Movement Is in Opposition"». Montevideo: Inside Costa Rica. IPS. 28 de junho de 2008. Cópia arquivada em 6 de junho de 2011 

Bibliografia

editar
  • DWORKIN, Ronald - Domínio da vida. Aborto, eutanásia e liberdades individuais. São Paulo: Martins Fontes, 2003. ISBN 85-336-1560-4
  • GALVÃO, Pedro - Ética do aborto - perspectivas e argumentos. Lisboa: Dinalivro, 2005.
  • GANDRA MARTINS, Ives - A questão do aborto - aspecto jurídicos fundamentais. São Paulo: Quartier Latin, 2008 ISBN 978857674326-2
  • MORAES, Walter, Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo "O problema da autorização judicial para o aborto". Revista de Jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, março/abril 1986
  • OLIVEIRA DA SILVA, Miguel - Sete teses sobre o aborto. ISBN 9789722117463
  • PENICHE, Andrea - Elas somos nós: o direito ao aborto como reivindicação democrática e cidadã. Porto: Afrontamento, 2007. ISBN 978-972-36-0865-6
  • SINGER, Peter - Aborto in Ética Prática. Lisboa. Gradiva.
  • TAVARES, Manuela - Aborto e contracepção em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte, 2007. ISBN 9722412353
  • VILADRICH, Pedro Juan - Aborto e sociedade permissiva. Lisboa: Rei dos Livros, 1987.

Ligações externas

editar
  NODES
admin 3
INTERN 11
todo 31