Alce
O alce ou grã-besta[2][3] (nome científico: Alces alces) é o maior dos cervídeos, podendo atingir mais de 2 metros de altura ao nível das escápulas e pesar mais de 450 kg sendo que os idosos podem ultrapassar aos 500 kg (no caso dos machos; as fêmeas são menores). Distingue-se dos restantes membros da família pelo tipo particular de galhadas: geralmente presentes apenas nos machos, têm secção cilíndrica e formato de taça e podem atingir 1,60 m de amplitude. O alce é um animal típico das regiões circumpolares. Na Europa, ocorre essencialmente na Finlândia, na Suécia e na Noruega. Ao contrário do que se possa pensar, as suas longas hastes servem para amenizar a temperatura corporal no verão. A longevidade do alce é, em média, de 20 anos.
Alce | |||||||||||||||||
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Fêmea
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Alces alces (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Estes ruminantes têm pernas longas e pescoço curto (há uma aba de pele conhecida como sino.) o que os impede de pastar das ervas rasteiras.[4] Alimentam-se de rebentos e folhas de árvores e de plantas aquáticas, pelo que se encontram essencialmente em florestas ou na sua proximidade. O seu comportamento é geralmente tímido, mas os machos podem tornar-se violentos durante a época de acasalamento e as fêmeas defendem as crias de qualquer aproximação humana. No entanto, o principal perigo que os alces representam para o ser humano é na estrada, onde podem provocar graves acidentes, sobretudo na primavera, quando aproveitam como compensação nutricional o sal lançado no pavimento de algumas estradas na América do Norte. Sua gestação dura cerca de 230 dias, e, em geral, a fêmea dá à luz um único filhote.[4] Os alces conseguem correr até 56 km/h e são bons nadadores. São capazes de se comunicar por odores, postura corporal e vocalizações.[4]
Biologia e comportamento
editarDieta
editarO alce é um animal herbívoro, capaz de consumir muitos tipos de vegetais e frutas. Em média, um alce adulto pode consumir 9 770 kcal (40,9 kJ) por dia para manter seu peso corporal.[5] Grande parte da energia consumida pelos alces é derivada de vegetações rasteiras, brotos de árvores como o salgueiro e a bétula. Estas plantas possuem um baixo teor de sódio, e os alces, geralmente, para suprir esta falta, consomem uma boa quantidade de plantas aquáticas. No inverno, os alces são muitas vezes atraídos para as rodovias para lamber o sal que é usado para derreter a neve e o gelo. Um alce comum pode pesar 360 kg e comer até 32 kg de alimento por dia.[6]
Ver também
editar- Alce-irlandês (extinto Fossil)
- Rena (ou caribu)
Leitura adicional
editar- Alces: A journal devoted to the biology and management of moose (Alces alces), Centro de Pesquisa do Ecossistema Florestal do Norte.
- DuTemple, Lesley A. (1 de fevereiro de 2000). North American Moose. [S.l.]: Lerner Publications. ISBN 9781575054261
- Geist, Valerius; Francis, Michael H. (Novembro de 1999). Moose: Behavior, Ecology, Conservation. [S.l.]: Voyageur Press (MN). ISBN 978-0-89658-422-8
- Promack, Jennie; Sanker, Thomas J. (1 de junho de 1992). Seasons of the Moose. [S.l.]: Gibbs Smith. ISBN 9780879054557
- Strong, Paul (Maio de 1998). Wild Moose Country ilustrada ed. [S.l.]: Cowles Creative Publishing. ISBN 978-1-55971-638-3
Referências
- ↑ Henttonen, H., Stubbe, M., Maran, T. & Tikhonov A. (2008). Alces alces (em inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2012. Página visitada em 8 de dezembro de 2012..
- ↑ Infopédia. «grã-besta | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 4 de dezembro de 2024
- ↑ Elder.), Bernardino Antonio GOMES (the (1863). Elementos de Pharmacologia geral, ... Segunda edicão, correcta e augmentada. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c «Alce: características, alimentação, reprodução». Mundo Educação. Consultado em 1 de fevereiro de 2023
- ↑ «Moose Info». www.qrg.northwestern.edu. Consultado em 13 de julho de 2017
- ↑ Nowak, R. M. (1999). Walker's Mammals of the World (em inglês). Vol. II 6ª ed. Baltimore, EE. UU.: Johns Hopkins University Press. ISBN 0-8018-5789-9