Alfajor
Um alfajor ou alajú[1] (pronúncia espanhola: [alfaˈxoɾ], plural alfajores) é um doce tradicional[2] tipicamente feito de farinha, mel e nozes. É encontrada na Argentina, Paraguai, Filipinas, Sul do Brasil, Sul da França, Espanha, Uruguai, Peru, Equador, Colômbia e Chile.[3] O alfajor arquetípico entrou na Península Ibérica durante o período de al-Andalus. É produzido na forma de um pequeno cilindro e é vendido individualmente ou em caixas contendo diversas peças.[4]
Etimologia
editarSegundo o filólogo e dialetologista espanhol Manuel Alvar López, alfajor é uma variante andaluza do castelhano alajú,[5] derivado da palavra árabe الفَاخِر, al-fakhir, que significa luxuoso, e, ao contrário de algumas crenças de que se originou no Novo Mundo, foi introduzido na América Latina como alfajor.[6][7] A palavra foi introduzida nos dicionários espanhóis no século XIV.[8]
A publicação de dicionários históricos da língua espanhola permite documentar ambas as formas do alajur original, escrito como alajú e alfajor. Alajur e múltiplas variações geográficas são doces feitos com uma pasta de amêndoas, nozes, pão ralado e mel.[9] É possível que alfajor e alajú tenham sido arabismos introduzidos na língua espanhola em diferentes lugares e épocas, e, supondo que ambos vieram da mesma etimologia, do ponto de vista linguístico, alajú é provavelmente um arabismo do espanhol castelhano, e por isso ainda está vivo em Cuenca, Toledo, Guadalajara e na Sierra de la peña de Francia; enquanto a variação alfajor é andaluza e murciana.[10] Nas Américas, a palavra alfajor não era conhecida até o século XIX.[11]
Galeria
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Alfajores caseiros feitos com amido de milho e doce de leite
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Alfajor de chocolate amargo
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Alfajor peruano
Referências
- ↑ «El alfajor de Medina Sidonia». José Luis Flores (em espanhol). Consultado em 11 de julho de 2010
- ↑ «Alfajor de Medina Sidonia» (em espanhol). Consultado em 28 de setembro de 2010. Arquivado do original em 11 de novembro de 2010
- ↑ «Ice cream alfajores: What sandwich cookies can be». Linda Shiue. 13 de julho de 2010. Consultado em 2 de agosto de 2010
- ↑ «Alfajor de Medina Sidonia». Official Journal of the European Union. Consultado em 17 de julho de 2010
- ↑ «Un capítulo de lexocología gastronómica.». Francisco Gómez Ortín (em espanhol). Consultado em 11 de julho de 2010
- ↑ «El andalucismo del español en América». Carmen Marimón Llorca (em espanhol). Consultado em 11 de julho de 2010
- ↑ «El español en América: de la conquista a la Época Colonial». Carmen Marimón Llorca. Consultado em 16 de julho de 2010
- ↑ In Antonio de Nebrija's «Spanish-Latin Vocabulary» (1495) : «Alfajor». «Tesoro de los diccionarios históricos de la lengua española» (em espanhol). RAE. Consultado em 29 de julho de 2022
- ↑ Germá Colón; Günter Holtus; Georges Lüdi; Michael Metzeltin (1989). Persistencia de las voces. La Corona de Aragón y las lenguas románicas (em espanhol). [S.l.]: G. Narr. ISBN 9783878083030. Consultado em 16 de julho de 2010
- ↑ Salgado, Felipe Maíllo (janeiro de 1998). Los arabismos del castellano en la Baja Edad Media. por Felipe Maíllo Salgado (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Salamanca. ISBN 9788474819939. Consultado em 17 de julho de 2010
- ↑ Guille Segal. «El Alfajor: Sus orígenes, su preparación, su sabor inolvidable» (em espanhol). Consultado em 24 de julho de 2010. Arquivado do original em 21 de julho de 2011
Ligações externas
editar- «Receita». (em castelhano)