Alta-fidelidade

reprodução de som de alta qualidade
 Nota: Para a bebida, veja Hi-fi (bebida). Para o filme com John Cusack, veja Alta Fidelidade.

Alta-fidelidade, também referida como hi-fi (do inglês high-fidelity), é a reprodução de áudio feita por um aparelho de som com a maior fidelidade possível ao som real. Para tal, deseja-se minimizar os efeitos de ruídos e distorções. Tais equipamentos de som fazem uso da estereofonia na reprodução do áudio. Entusiastas da alta-fidelidade são chamados de audiófilos, e sistemas em que a fidelidade é o único compromisso são conhecidos pelo termo em inglês high-end.[1][2]

Os aparelhos de som de alta-fidelidade utilizam o conceito minimalista em que se acredita que quanto menos estágios tiver entre o som captado, gravado, reproduzido e amplificado, menos interferências ele vai ter em relação ao original e maior será a fidelidade.[1][2]

Amplificadores de alta-fidelidade utilizam válvulas eletrônicas ou transístores de estado sólido. Tecnicamente, os transistores são mais lineares, porém muitos acreditam que a suavidade da amplificação valvulada deixe a música mais emotiva, e não existe consenso entre qual tipo é melhor. Amplificadores também são encontrados em monoblocos, isto é, amplificadores separados para cada canal para evitar interferências entre os canais.[1][2]

Gravações

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Apesar de alta-fidelidade muitas vezes ser associada somente a um aparelho de som high-end e ambientes tratados acusticamente, geralmente não se sabe que as gravações também divergem muito em sua qualidade de gravação e tem enorme importância no resultado final. Em alta-fidelidade, as gravações são feitas sempre ao vivo, sem efeitos de som e são usados equipamentos especiais de captação e gravação.[3][4][5]

Assim, os tipos de música encontrados com mais frequência na discografia classificada como "audiófila" são a música clássica, o jazz e o blues. Tais gravações tentam capturar exatamente a sensação de se estar ouvindo a música no ambiente ao vivo, podendo ser recriada a imagem do palco sonoro com precisão. Nestas gravações, é possível identificar a localização de cada músico não só em largura no palco, mas também em profundidade, altura e até a distância em relação ao microfone usado na gravação. A ambientação é capturada em estereofonia e todas as reverberações e respostas acústicas do ambiente são fielmente capturadas, aumentando ainda mais a imersão na reprodução (ver: efeito binaural).[3][4][5]

Como este tipo de gravação exige conhecimento técnico e equipamentos específicos diferentes dos usados em estúdios de gravação convencionais, existem gravadoras que se especializaram na produção de álbuns de alta-fidelidade. Entre os nomes mais fortes neste segmento estão a Opus3 Records, Chesky Records e compilações feitas pelos principais vendedores de equipamentos de alta-fidelidade, como B&W (Bowers & Wilkins, fabricante de caixas acústicas), McIntosh e Marantz (fabricantes de amplificadores).[3][4][5]

Audição cega

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O teste de audição cega é atualmente um procedimento padrão para quase todos os profissionais de respeito. Para propósitos comerciais, alguns poucos fabricantes de equipamentos caros de som disputam a necessidade deste teste. Também é comumente usada uma melhoria deste teste, chamada de comparação ABX, em que dois sistemas A e B conhecidos são escolhidos aleatoriamente sem que os participantes saibam.[6][7]

Sob outro ponto de vista, este tipo de teste é criticado por ser muito estressante, e por causa disso ele seja incapaz de distinguir as finas sutilezas de um equipamento de ponta, que somente a audição a longo prazo pode perceber os detalhes do som verdadeiro. A réplica é que tais pequenas diferenças são desacreditadas e são puramente autoilusórias e vítimas de uma expectativa da marca. Além disso, ouvintes que pagaram um alto valor pelo seu sistema tendem a ter uma tendência subconsciente em favorecê-lo. Por isso que a maioria dos testes de audição profissionais usam métodos de audição cega.[6][7]

Definição para os termos Hi-fi e Hi-end

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O termo Hi-fi é técnico sendo atribuído a qualquer equipamento de áudio que tenha resposta de frequência de 20 a 20 000 Hz com variação abaixo de +/- 3 dB e relação sinal/ruído acima de 70 dB com distorção harmônica total menor que 0,5%.[8]

Hi-end é conceito de projeto, sendo atribuído a equipamentos de áudio cuja arquitetura e componentes utilizados sejam aqueles de última geração, ou seja, de tecnologia mais recente.[8]

Ver também

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Referências

  1. a b c Hartley, H. A. (1958). «High fidelity». Audio Design Handbook (PDF). New York, New York: Gernsback Library. p. 7, 200. Library of Congress Catalog Card No. 57-9007. Consultado em 8 de agosto de 2009. Cópia arquivada (PDF) em 27 de janeiro de 2009. I invented the phrase 'high fidelity' in 1927 to denote a type of sound reproduction that might be taken rather seriously by a music lover. In those days the average radio or phonograph equipment sounded pretty horrible but, as I was really interested in music, it occurred to me that something might be done about it. 
  2. a b c «Frequency Response». Hi-FiWorld.co.uk 
  3. a b c Fries, Bruce (2005). Digital audio essentials. Internet Archive. [S.l.]: Sebastopol, CA : O'Reilly 
  4. a b c Fliegler, Ritchie; Eiche, Jon F. (1993). Amps!: The Other Half of Rock 'n' Roll (em inglês). [S.l.]: Hal Leonard Corporation 
  5. a b c Duncan, Ben (1996). High perfomance audio power amplifiers for music performance and reproduction. Internet Archive. [S.l.]: Oxford ; Boston : Newnes 
  6. a b «Blind Tests & Bus Stops». Stereophile.com (em inglês). 17 de julho de 2005. Consultado em 23 de maio de 2023 
  7. a b «Frequency Range of Human Hearing - The Physics Factbook». hypertextbook.com. Consultado em 23 de maio de 2023 
  8. a b Eargle, John (16 de setembro de 2005). Handbook of Recording Engineering (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media 

Ligações externas

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