Antimónio pentavalente

Antimónios pentavalentes (português europeu) ou antimoniais pentavalentes (português brasileiro) são medicamentos usados no tratamento de leishmaniose. Os compostos atualmente disponíveis são o antimoniato de meglumina e o estibogluconato de sódio.[1] Ambas substâncias são complexos metálicos com o antimônio com número de oxidação +5 como elemento central e moléculas de diferentes classes derivadas de carboidratos como ligantes.[2] São uma das classes de medicamentos mais antigas empregadas no tratamento das leishmanioses e são sucessores dos antimoniais trivalentes, introduzidos na medicina para este fim pelo brasileiro Gaspar Vianna em 1912.[3] Ainda hoje, são considerados medicamentos de primeira escolha para as diferentes formas das leishmanioses, salvo exceções como casos de coinfecção com HIV, além de serem consideravelmente tóxicas aos enfermos, prejudicando o funcionamento adequado de diferentes órgãos, incluindo o coração.[4][5][6][7]

Referências

  1. Susanne Rath; et al. (2003). «Antimoniais empregados no tratamento da leishmaniose: estado da arte». Química Nova. 26 (4). ISSN 1678-7064. doi:10.1590/S0100-40422003000400018 
  2. Macedo Bastos, Mônica; Villas Bôas Hoelz, Lucas; Boechat, Núbia; de Oliveira, Andressa Paula (2016). «Antileishmanial Chemotherapy: A Literature Review». Revista Virtual de Química (6): 2072–2104. ISSN 1984-6835. doi:10.21577/1984-6835.20160139. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  3. Altamirano-Enciso, Alfredo J.; Marzochi, Mauro C. A.; Moreira, João S.; Schubach, Armando O.; Marzochi, Keyla B. F. (dezembro de 2003). «Sobre a origem e dispersão das leishmanioses cutânea e mucosa com base em fontes históricas pré e pós-colombianas». História, Ciências, Saúde-Manguinhos (3): 853–882. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59702003000300004. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  4. «Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral» (PDF). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, Brasil. 2006. pp. 31 a 41. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  5. «Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar» (PDF). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Brasil. 2017. pp. 72 a 76. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  6. «Manual de recomendações para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com a coinfecção Leishmania-HIV» (PDF). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância Epidemiológica, Brasil. 2011. p. 26. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  7. Boelaert, Marleen; Sunda, Shyam (2014). Manson’s Tropical Diseases. [S.l.]: Elsevier. p. 646 
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