Capitalismo púrpura
O capitalismo púrpura, lilás, roxo ou capitalismo feminista é um termo utilizado para designar, através de uma perspectiva crítica, a incorporação de discursos da vertente liberal do movimento feminista ao capitalismo e à economia de mercado.[3][4][5][6]
As críticas se baseiam, por um lado, em que a integração das mulheres no mercado de trabalho não significou uma mudança do modelo socioeconômico para um mais horizontal e igualitario, no qual persistem disparidades salariais[7] e o trabalho de cuidados não foi distribuído e continua a ser assumido maioritariamente por mulheres.[8]
Por outro lado, questiona-se também como o feminismo se instrumentaliza para vender produtos (como roupas ou música), perdendo seu sentido políticomoda para se tornar apenas numa moda que não questiona como esses produtos foram produzidos e que exclui à maioria da população do planeta.[1][9]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Sansón, Daniela. «La ciencia económica se olvidó de las mujeres». PeriFéricas: Escuela de feminismos alternativos (em espanhol)
- ↑ Bardaji Goikoetxea, Itziar (6 de março de 2019). «De feminismos y gaztetxes». Pikara Magazine (em espanhol)
- ↑ Ehrlich, Howard J. (1996). Reinventing Anarchy, Again (em inglês). [S.l.]: AK Press
- ↑ Loe, Meika (1999). «Feminism for Sale: Case Study of a Pro-Sex Feminist Business». Gender and Society (em inglês)
- ↑ Vivancos Núñez, Beatriz. «Marchas nocturnas 24N. Burgos (2017 - 2018)» (em espanhol)
- ↑ «¿Se come el capitalismo a las revoluciones?». RTVE (em espanhol). 17 de novembro de 2020
- ↑ «A falácia do capitalismo feminista: paridade entre gêneros levará mais 257 anos para ser atingida». Esquerda Diario. 17 de dezembro de 2019
- ↑ En la espiral de la energía. Colapso del capitalismo global y civilizatorio (PDF) (em espanhol). [S.l.: s.n.] ISBN 978-84-947850-7-8
- ↑ «Ernesto Castro: «El trap es un fenómeno de gente que quiere volver a sentirse joven»». Yorokobu (em espanhol). 1 de outubro de 2019