Carlos XI da Suécia

Rei da Suécia
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Carlos XI (Estocolmo, 24 de novembro de 1655Estocolmo, 5 de abril de 1697) foi o rei da Suécia de 1660 até sua morte. Era filho único de Carlos XEdviges Leonor de Holsácia-Gottorp, tendo ascendido ao trono com a idade de 5 anos. Durante a sua menoridade, o reino foi regido por Magnus Gabriel De la Gardie no período de 1660-1672. Ficou conhecido por ter esmagado o poder da alta nobreza e ter instaurado a monarquia absoluta, assim como por ter reorganizado e reforçado o poder militar sueco.[1][2][3]

Carlos XI
Carlos XI da Suécia
Rei da Suécia
Reinado 13 de fevereiro de 1660
a 5 de abril de 1697
Coroação 28 de setembro de 1675
Predecessor Carlos X Gustavo
Sucessor Carlos XII
Regente Edviges Leonor de Holsácia-Gottorp (1660–1672)
Nascimento 24 de novembro de 1655
  Castelo das Três Coroas, Estocolmo, Suécia
Morte 5 de abril de 1697 (41 anos)
  Castelo das Três Coroas, Estocolmo, Suécia
Sepultado em Igreja de Riddarholmen, Estocolmo, Suécia
Esposa Ulrica Leonor da Dinamarca
Descendência Edviges Sofia da Suécia
Carlos XII da Suécia
Ulrica Leonor da Suécia
Casa Palatinado-Zweibrücken
Pai Carlos X Gustavo da Suécia
Mãe Edviges Leonor de Holsácia-Gottorp
Religião Luteranismo

Carlos, único filho de Carlos X Gustavo da Suécia e de Edviges Leonor de Holsácia-Gottorp tinha apenas cinco anos quando sucedeu seu pai ao trono. Uma regência foi estabelecida sob o controle da alta nobreza, que impediu o reempossamento das alienadas terras da coroa. Apesar de Carlos ter se tornado maior em 1672, os regentes continuaram a controlar o governo; eles levaram a Suécia para a Guerra Holandesa de 1672-78 sob ordens do rei Luís XIV de França, com quem assinaram um tratado de aliança. Carlos e seus conselheiros assumiram o controle das tropas e da administração depois da derrota da Suécia na Batalha de Fehrbellin pelas forças do eleitorado de Brandemburgo em 1675, o que deu coragem à Dinamarca para invadir sua ex-província de Escânia na Suécia.

A derrota da Dinamarca pela Suécia em 1678 levou ao Tratado de Lund em 1679, pelo qual os dinamarqueses desistiriam de reivindicar Skåne. A aliança das duas nações em oposição à influência comercial holandesa na região do Báltico foi selada com o casamento entre Carlos XI e Ulrica Leonor (1680), irmã do rei Cristiano V da Dinamarca, filha de Frederico III da Dinamarca e mãe da futura Ulrica Eleonora da Suécia. Pelo Tratado de Nijmegen (1678-79), o qual marcou o fim da Guerra Holandesa, a Suécia estava apta para manter suas possessões germânicas.

Carlos e seus novos conselheiros então decidiram manter a Suécia livre de tratados de subsídio estrangeiro. O Riksdag (parlamento) de 1680 recomeçou o reempossamento das alienadas terras da coroa, e pelo final do reinado de Carlos XI a coroa aumentou sua posse de terras, entre a Suécia e a Finlândia, de 1% para mais de 30%.

O reempossamento das terras reais nas províncias bálticas cooperou para o aumento de mais da metade da receita do rei. A grande receita de estado permitia um orçamento fixo que pagava por 25 000 tropas assalariadas, bem como uma administração civil que controlava escolas e igrejas, um exército nacional de 40 000 homens e uma nova marinha capaz de competir com a da Dinamarca. Em 1693, Carlos XI recebeu poderes ilimitados para aparelhar e salvaguardar suas reformas.

Nos conflitos externos, Carlos XI e seus principais conselheiros perceberam que a balança de poder entre França, o Sacro Império Romano, o Países Baixos e Inglaterra seria a melhor proteção para os interesses da nação.

Em 1681, foi feito um tratado entre Suécia e Holanda contra o rei Luís XIV. Carlos também sentiu-se ameaçado a união entre Inglaterra e as Províncias Unidas iniciada por Guilherme de Orange em 1688 e, astutamente, manteve a virtual neutralidade da Suécia durante a Guerra da Grande Aliança (1689-97).

Apesar da Dinamarca e Suécia terem cooperado durante a guerra para proteger a navegação de mercadorias de ambos, Carlos provocou uma guerra contra a Dinamarca em 1689 quando ele não suportou mais as exigências do duque de Holsácia-Gottorp em Eslésvico-Holsácia. Pouco tempo antes de sua morte, Carlos organizou, pela continuação de seus laços dinásticos com a Casa de Holsácia-Gottorp, e serviu, apesar do pequeno poder efetivo, em seu papel de mediador no Tratado de Rajswijk (1697), que finalizou a Guerra da Grande Aliança.

Carlos XI recebeu uma educação limitada, mas formal. Tímido na juventude e impaciente na maturidade, ele mostrou-se astuto e decisivo quando deveria resolver problemas políticos e era muito ligado à religião, que dominou sua vida. Era devotado à sua esposa e aos seus sete filhos, supervisionando cuidadosamente a educação de seu único filho sobrevivente, o futuro Carlos XII. Com a morte da esposa, em 1693, entrou em profunda depressão, morrendo quatro anos depois de câncer estomacal.

Referências

  1. Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Karl XI». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 299. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8 
  2. «Carlos – Carlos XI». Lello Universal: dicionário enciclopédico em 2 volumes. 1. Porto: Lello Editores. 1981. p. 470. Carlos XI – instaurou a monarquia absoluta 
  3. «Karl XI». Bonniers Compact Lexikon (em sueco). Estocolmo: Bonnier lexikon. 1999. p. 528. 1301 páginas. ISBN 91-632-0161-5 

Ligações externas

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