O castigo divino é uma punição sobrenatural contra uma pessoa, um grupo de pessoas, ou toda a humanidade por uma divindade, em resposta a alguma ação humana. Muitas culturas têm uma história sobre como uma divindade puniu os habitantes anteriores de sua terra, causando sua destruição.

Politeísmo

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Nas religiões politeístas o castigo divino é bastante falado, por exemplo por Homero e na tragédia grega, [1]

O conceito de punição divina é absolutamente negado no Budismo. Gautama Buda não endossa a crença em uma divindade criadora,[2][3] se recusou a expressar qualquer ponto de vista sobre a criação[4] e afirmou que questões sobre a origem do mundo são inúteis.[5][6] A falta de adesão [7] na noção de uma divindade criadora onipotente ou um motor principal é visto por muitos como uma distinção fundamental entre o Budismo e outras religiões.

Ira de Deus

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Caim fugindo da ira de Deus, desenho de William Blake, c. 1805-1809

Na Bíblia, todas as pestes e epidemias são anunciadas como um castigo divino.[8] A ira de Deus é uma expressão antropopática para atitude de repreensão contra o pecado por Deus.[9] Além de suas referências no Antigo Testamento, - onde é usada por Deus, não só para castigar os ímpios, mas também para julgar o justo, como em Jó 14:13 - a ira de Deus é mencionada em pelo menos vinte versículos do Novo Testamento. Entre estas, estão:

  • João 3:36 - "O que crê no Filho, tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus."
  • Romanos 1:18 - "A ira de Deus é revelada do céu contra toda a impiedade e injustiça daqueles que retêm a verdade em injustiça;"
  • Romanos 5:9 - "Ora muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira."
  • Romanos 12:19 - "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus; porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor."
  • Efésios 5:6 - "Ninguém vos engane com palavras vãs; pois por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência."
  • Apocalipse 6:17 - "Porque é chegado o grande dia da ira deles, e quem pode subsistir?"
  • Apocalipse 14:9 - "O anjo meteu a sua foice à terra e vindimou a videira da terra e lançou a vindima no grande lagar da ira de Deus."
  • Apocalipse 15:1 - "Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso, sete anjos com as sete últimas pragas, pois nelas é consumada a ira de Deus."
  • Apocalipse 19:15 - "Da sua boca saía uma espada afiada para com ela ferir as nações; ele as regerá com uma vara de ferro, e ele é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-poderoso."

O Novo Testamento associa a ira de Deus especialmente com imagens do Último Dia, alegoricamente descritas em Romanos 2:5 como o "dia da ira" e o Livro do Apocalipse.

Pentateuco

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O castigo divino é facilmente visto no Pentateuco ou cinco primeiros livros da Bíblia que se definem como o fundamento da hermenêutica dos outros livros da Bíblia. Os principais exemplos de punição divina no Pentateuco incluem:

Passagem Incidente Motivo
Gênesis 3:14-24 Maldição sobre Adão e Eva e sua expulsão do Jardim do Éden desobediência e desculpas incluindo culpar a Deus
Gênesis 4:9-15 Maldição sobre Caim após matar seu irmão, Abel fraude, assassinato, mentiras
Gênesis 6-7 A destruição pelo Dilúvio mal desenfreado e Nefilim
Gênesis 11:1-9 A confusão de línguas na Torre de Babel impiedade em grande escala
Gênesis 19:23-29 Destruição de Sodoma e Gomorra pessoas sem valor para a redenção
Gênesis 38:6-10 Destruição de Er e Onan por cometer maldade aos olhos do Senhor
Êxodo 7-14 Dez pragas do Egito estabelecer poder sobre o dos deuses do Egito
Êxodo 19:10-25 Ameaças divinas no Monte Sinai avisar que a montanha é além de seus limites e santidade
Êxodo 32 Pragas no incidente do bezerro de ouro renegar as pessoas por quebrar sua aliança com eles
Levítico 10:1-2 Nadabe e Abiú são queimados acender com fogo desconhecido os seus incensários
Levítico 26:14-39 Maldições sobre os desobedientes advertência divina
Números 11 Uma praga acompanha a doação de carne de codorna no deserto rejeitar o dom da graça do alimento celeste, falhando em seu teste de obediência
Números 16 A rebelião de Corá, Datã e Abirão - Suas mortes sobrenaturais e a praga que se seguiram insolência e por tentar auto-promoção para atribuições que eram indignos de manter
Números 20:9-13 Reprimenda de Moisés para a água de Meribá desobedecer as instruções do Senhor, mostrando desconfiança e indiferença na presença de Deus
Números 21 Murmuração do povo e a praga das serpentes venenosas rejeitar a graça de Deus
Números 25 Prostituição com as moabitas resultando em praga violar pacto com Deus através de imoralidade sexual e por adorar outros deuses
Deuteronômio 28 Maldições pronunciadas sobre os desobedientes outro aviso divino

Referências

  1. Johannes Irmscher. Götterzorn bei Homer. Otto Harrassowitz; 1950.
  2. Thera, Nyanaponika. «Buddhism and the God-idea». The Vision of the Dhamma. Kandy, Sri Lanka: Buddhist Publication Society. Na literatura budista, a crença em um deus criador (Issara-nimmana-vada) é frequentemente mencionada e rejeitada, juntamente com outras causas mal alegadas para explicar a origem do mundo, como, por exemplo, a alma do mundo, o tempo, a natureza, etc a crença em Deus, no entanto, é colocada na mesma categoria que as moralmente destrutivas visões errôneas que negam os resultados cármicos da ação e presume uma origem acidental do homem e da natureza ou ensina o determinismo absoluto. Estes pontos de vista são considerados completamente perniciosos, tendo maus resultados definitivos, devido ao seu efeito sobre a conduta ética. 
  3. Approaching the Dhamma: Buddhist Texts and Practices in South and Southeast Asia por Anne M. Blackburn (editor), Jeffrey Samuels (editor). Pariyatti Publishing: 2003 ISBN 1-928706-19-3 pg 129
  4. Bhikku Bodhi (2007). «III.1, III.2, III.5». In: Access To Insight. The All Embracing Net of Views: Brahmajala Sutta. Kandy, Sri Lanka: Buddhist Publication Society 
  5. Thanissaro Bhikku (1997). «Acintita Sutta: Unconjecturable». AN 4.77. Access To Insight. Conjecturas sobre [a origem, etc,] o mundo é algo que não deve ser conjecturado, é algo que traria loucura e aflição para quem conjecturou sobre isso. 
  6. Thanissaro Bhikku (1998). «Cula-Malunkyovada Sutta: The Shorter Instructions to Malunkya». Access To Insight. É como se um homem fosse ferido com uma flecha besuntada com veneno. Seus amigos, companheiros e parentes lhe proporcionariam um cirurgião, mas o homem diria: 'não vou remover essa flecha até saber se o homem que me feriu era um nobre guerreiro, um sacerdote, um comerciante, ou um trabalhador. Ele diria: 'Eu não vou remover a flecha até que saiba o nome do clã e o nome do homem que me feriu... até saber se ele era alto, médio ou baixo.. O homem iria morrer e essas coisas ainda permaneceriam desconhecidos para ele. Da mesma forma, se alguém dissesse: "Não vou viver uma vida santa sob o Abençoado, até que ele me declare que 'o mundo é eterno,'... ou que 'após a morte um Tathagata existe ou não existe' o homem iria morrer e essas coisas ainda permaneceriam não declaradas pelo Tathagata. 
  7. Bhikku, Thanissaro (1997). Tittha Sutta: Sectarians (em translated from Pali). [S.l.: s.n.] Então, nesse caso, a pessoa é um assassino de seres vivos por causa do ato de criação de um ser supremo... Quando alguém cai em falta de causa e falta de condição como essencial, os monges, não há nenhum desejo, nenhum esforço [com o pensamento], 'Isto deve ser feito. Isso não deve ser feito. "Quando não se pode fdefinir como uma verdade ou realidade que algo deve ou não deve ser feito, se torna confuso e desprotegido. Não se pode justamente se referir a si mesmo como um contemplativo. 
  8. Dicionário cultural da Bíblia. Edicoes Loyola; ISBN 978-85-15-01245-9. p. 207.
  9. Oxford Dictionary of the Christian Church (Oxford University Press 2005 ISBN 978-0-19-280290-3), artigo wrath of God, the
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