O Cerco de Nara faz parte das Guerras Genpei. Após a Batalha de Uji em 1180 o Clã Taira passa a atacar os aliados do Clã Minamoto.
Com a morte dos principales executores da rebelião do Clã Minamoto, os Taira procuraram destruir e incendiar o templo de Mii-dera por por este apoiar os Minamoto e decidiram estender o ataque à cidade de Nara, lugar donde estavam se reunindo as forças opositoras aos Taira.[1] Taira no Shigehira e Taira no Tomomori, filhos de Taira no Kiyomori, planejaram o cerco à cidade. Entretanto os sohei (monges guerreiros) de Nara decidiram defender a cidade organizando barricadas e defesas improvisadas; com arcos, flechas e naginatas como armas. Os Taira atacaram a cavalo e tinham vantagem estratégica, incendiaram os templos budistas de Kōfuku-ji e Tōdai-ji,[2] destacando aqui a destruição do Daibutsu;[3] apenas o templo Enryaku-ji conseguiu repelir o ataque e permanecer intacto. Um incêndio provocou a devastação de grande parte da cidade e deixou cerca de 3.500 pessoas mortas entre civis e monges.[1]
O Heike Monogatari, lamenta a destruição do Daibutsu de Tōdai-ji (A Grande Estátua de Buda):
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A estátua colossal de Vairocana Buda de cobre e ouro, cuja alta cabeça erguia-se às nuvens, a partir da qual brilhava sua joia sagrada na testa elevada, foi fundidas com o calor, de modo que seu enfeite em forma de lua cheia caia no pavimento inferior, enquanto seu corpo derretia em uma massa disforme
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”
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Referências
- ↑ a b «Kiomory». Encyclopedia of Japan. Harvard: Harvard University Press Reference Library. 2002. 281 páginas. ISBN 9780674017535. Consultado em 1 de fevereiro de 2013
- ↑ LOUIS FREDERIC (2008). O Japão. Dicionário e Civilização. Rio de Janeiro: Globo Livros. pp. 203–204. ISBN 9788525046161
- ↑ Arnaldo Interat. «Japão: Nara». Fatos e Fotos de Viagem. Consultado em 6 de fevereiro de 2013