Dario Persiano de Castro Vellozo
Dario Persiano de Castro Vellozo (Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1869 — Curitiba, 28 de setembro de 1937) foi um poeta e escritor brasileiro.[1]
Dario Vellozo | |
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Nome completo | Dario Persiano de Castro Vellozo |
Nascimento | 26 de novembro de 1869 Rio de Janeiro |
Morte | 28 de setembro de 1937 (67 anos) Curitiba |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | poeta e escritor |
Principais trabalhos | Ephemeras (1890), Esquifes (1896) e Hélicon (1908) |
Biografia
editarFilho de Cyro Persiano de Almeida Vellozo, político curitibano de origem baiana, mudou-se com o pai do Rio de Janeiro para Curitiba em agosto de 1885, aos 16 anos de idade. Em Curitiba, estudou no Parthenon Paranaense e no Instituto Paranaense. Trabalhou em repartição de polícia e na Secretaria da Fazenda do Estado. Em 21 de outubro de 1893, casou-se com Escolástica Moraes, com quem teve doze filhos: Porthos, Cyro, Zulmira, Carmen, Violeta, Valmiki, Ilian, Athos, Alcione, Lysis, Isis e Alyr, todos naturais de Curitiba.[2]. Foi tipógrafo do “Dezenove de Dezembro” (o jornal mais antigo do Paraná), e a partir de 1890, com a criação da “Revista do Club Curitybano”, intensificou seu interesse pela literatura. Colaborou com jornais e revistas, inclusive algumas ligadas à educação, e foi autor de livros de ficção, poesia, história e filosofia, entre eles “Ephemeras” (1890), “Esquifes” (1896), “Hélicon” (1908) e “Livro de Alyr” (1920).Fez parte do Movimento Simbolista no Paraná, juntamente com Emiliano Perneta, Rocha Pombo, Nestor de Castro, entre outros.[3]. Foi maçom e defensor de ideias neopitagóricas. Em 1898, tornou-se professor interino de História Universal e do Brasil no Ginásio Paranaense, efetivado no ano seguinte. Foi professor também da Escola Normal e um dos membros fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense, criado em 1900. Em 1909, criou o Instituto Neopitagórico, onde se realizavam discussões sobre obras literárias e se cultivavam valores helenísticos, além de contar com uma editora própria. Em 1918, foi inaugurado o Templo das Musas, que passou a ser a sede do Instituto (prédio e instituição ainda hoje existentes em Curitiba).Como educador, foi autor de dois livros didáticos que foram muito utilizados pelas escolas curitibanas: “Lições de história” (1902)[4], que foi reeditado várias vezes até o final dos anos 1940, e “Compêndio de pedagogia” (1907)[5].Graças a sua produção intelectual como poeta, educador e filósofo, e sua atuação social, exerceu muita influência na vida cultural de Curitiba entre o final do século XIX e início do século XX. Sua ideias e ações foram perpetuados através de seus discípulos, dos quais o principal foi seu genro Rozala Garzuze. Dario Vellozo afastou-se do magistério em 1932 e faleceu cinco anos depois, em 28 de setembro de 1937, aos 67 anos de idade.[2]
Referências
- ↑ Dario Persiano de Castro Vellozo Museu Maconico Maranaense - acessado em 21 de agosto de 2018
- ↑ a b SAID, Fabio M. O clã Almeida de Caravelas e Alcobaça. São Paulo: edição do autor, 2010. pp. 126-127. ISBN 978-85-910098-1-7.
- ↑ «Dario Vellozo (1869 – 1937) « Pavilhao Literario Singrando Horizontes Blog». Consultado em 2 de Abril de 2010
- ↑ Gonçalves Junior, Ernando Brito (9 de setembro de 2009). «Intelectuais e história política: Dario Vellozo e a historiografia paranaense». Programa de Pós-Graduação em História e Departamento de História - Universidade Estadual de Maringá - UEM. IV Congresso Internacional de História. doi:10.4025/4cih.pphuem.323
- ↑ GONÇALVES JUNIOR, Ernando Brito. (2016). O Impresso Como Intervenção Social. Educação e História na Perspectiva de Dario Vellozo. Editora Appris, Curitiba, 2016. Curitiba: Appris