Edifício-sede da CHESF
O Edifício-sede da CHESF é um prédio inaugurado no ano de 1979 localizado em Salvador, município capital do estado brasileiro da Bahia.[1] Este serve como um prédio de escritórios da Eletrobras Chesf (Chesf), uma sociedade anônima que atua na transmissão de energia elétrica.
Edifício-sede da CHESF | |
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Informações gerais | |
Tipo | prédio |
Arquiteto | Assis Reis |
Inauguração | 1979 |
Função inicial | prédio comercial |
Função atual | prédio de escritórios |
Área | 4 000 m² |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Salvador |
Localização | Avenida São Rafael, São Rafael |
Coordenadas | 12° 56′ 28″ S, 38° 25′ 12″ O |
Localização em mapa dinâmico |
História
editarDe acordo com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), a construção foi planejada para ser um edifício de escritórios, a mesma função deste nos dias atuais. No entanto, a intenção original era levar para a cidade de Salvador a sede geral da Eletrobras Chesf (Chesf), para isso foi feito um concurso público que pretendia eleger a ideia que melhor representasse a empresa. Porém, disputas políticas interferiram e a sede geral terminou sendo transferida para Recife. Apesar disso, o edifício mesmo assim foi construído exatamente de acordo com o projeto vencedor.[2]
O edifício foi projetado pelo arquiteto Assis Reis em 1977 e concluído em setembro de 1979.[3][4] Este fez o uso de quatro materiais, incluindo tijolo, concreto, aço corten e vidro. Todos formam um ambiente naturalmente bem iluminado e com baixa incidência solar, o que propicia um clima agradável. Consiste de um único volume em sistema modular. Os espaços vazios e internos são interligados por escadas e passarelas.[5][6] O prédio está localizado na avenida São Rafael, situada no bairro São Marcos, em Salvador.[2][7]
Tombamento
editarSendo um dos representante da arquitetura moderna, o edifício deveria representar a importância da própria empresa — símbolo de desenvolvimento e avanços sociais no Nordeste. o prédio foi observado pelos órgãos de preservação memorial do Estado da Bahia, como o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Câmara do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC).[2][7]
O processo pelo tombamento do prédio iniciou-se da iniciativa da conselheira de cultura Virgínia Coronago, que propôs o tombamento do prédio baiano e recebeu o tombamento provisório. No ano de 2016, a conselheira visitou o edifício com o objetivo de balizar o parecer de tombamento. Uma vistoria técnica também foi realizada naquele período. Em 24 de maio de 2017, a CEC aprovou o tombamento definitivo deste edifício.[4][7]
O prédio é considerado um dos principais prédios representantes do movimento arquitetônico conhecido como Brutalismo em Salvador.[8][9]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Salvador». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 22 de julho de 2021
- ↑ a b c Patrimonio.ipac.ba.gov.br.
- ↑ Nery 2003, p. 23.
- ↑ a b Conselhodecultura.ba.gov.br 2016.
- ↑ Espinoza & Reis 2014.
- ↑ Espinoza & Reis 2013.
- ↑ a b c Conselhodecultura.ba.gov.br 2017.
- ↑ Espinoza, José (15 de outubro de 2013). «Influência brutalista na obra do arquiteto Assis Reis: o caso da companhia hidro elétrica da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF)» (PDF). X Seminário Docomomo do Brasil - (Universidade Federal da Bahia). Consultado em 19 de julho de 2021
- ↑ Reis, Márcia (29 de outubro de 2014). «Clássicos da Arquitetura: Companhia Hidrelétrica do São Francisco / Francisco Assis Reis». ArchDaily Brasil. Consultado em 19 de julho de 2021
Bibliografia
editar- «Edifício Sede da CHESF». Patrimonio.ipac.ba.gov.br. Consultado em 16 de julho de 2021
- «Câmara de Patrimônio do CEC aprova tombamento da sede da CHESF e do Ed. Caramuru». Conselhodecultura.ba.gov.br. 24 de maio de 2017. Consultado em 16 de julho de 2021. Cópia arquivada em 16 de julho de 2021
- «Visita técnica é utilizada em parecer de tombamento do prédio da Chesf». Conselhodecultura.ba.gov.br. 22 de setembro de 2016. Consultado em 16 de julho de 2021. Cópia arquivada em 16 de julho de 2021
- Pedro Aloísio Cedraz Nery (17 de novembro de 2003). «ASSIS REIS: arquitetura, regionalismo e modernidade» (PDF). Universidade Federal da Bahia. Consultado em 16 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 16 de julho de 2021.
[...]sobressaindo-se a obra magna, que é o Edifício Sede da CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco, em 1977, p. 23
- José Carlos Huapaya Espinoza; Márcia Silva dos Reis (29 de outubro de 2014). «Clássicos da Arquitetura: Companhia Hidrelétrica do São Francisco / Francisco Assis Reis». Archdaily.com.br. ISSN 0719-8906. Consultado em 16 de julho de 2021. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2017
- José Carlos Huapaya Espinoza; Márcia Silva dos Reis (Outubro de 2013). «INFLUÊNCIA BRUTALISTA NA OBRA DO ARQUITETO ASSIS REIS: O CASO DA COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO (CHESF)». Curitiba: X SEMINÁRIO DOCOMOMO BRASIL - ARQUITETURA MODERNA E INTERNACIONAL: conexões brutalistas: 1955-75