Endosperma
O endosperma (albume ou albúmen[1]) é um tecido vegetal que se encontra nas sementes de muitas angiospermas, e também nas gimnospermas (gênero Ephedra, do filo Gnetophyta com características mais próximas das angiospermas).
É um tecido de natureza triploide (com três conjuntos cromossómicos = 3n), no caso das angiospérmicas, ou haploide, no caso das gimnospérmicas.[2] Em alguns casos também poderá ser diploide, em angiospérmicas.[3]
Angiospérmicas
editarÉ formado pela união dos dois núcleos polares do óvulo com um dos núcleos do gameta masculino. Após a fecundação, as sinérgides e as antípodas sofrem degeneração. O zigoto sofre várias divisões mitóticas, dando origem ao embrião, e o núcleo triplóide, também por divisões mitóticas, dá origem ao endosperma, tecido triplóide que muitas vezes acumula reservas nutritivas, utilizadas pelo embrião durante seu desenvolvimento.
Com o desenvolvimento do embrião, os tecidos do óvulo tornam-se desidratados e os envoltórios do óvulo, impermeáveis. Neste ponto, a estrutura toda passa a ser chamada de semente. Assim , a semente nada mais é do que o ovócito fecundado e desenvolvido.
Em algumas angiospermas, o endosperma é digerido pelo embrião antes de entrar em dormência. O endosperma digerido é transferido e armazenado geralmente nos cotilédones, que se tornam, assim ricos em reservas nutritivas. Isto ocorre, por exemplo, em feijões, ervilhas e amendoins.
Tipos de endosperma
editarO endosperma pode ser sulcado ou irregular, sendo denominado endosperma ruminado, uma característica comum a 32 famílias de angiospermas.
Referências
- ↑ Dicionário Aurélio, verbetes albume, albúmen e endosperma)
- ↑ Timir Baran Jha, Plant Tissue Culture: Basic and Applied. Universities Press, 01/01/2005 - 206 páginas
- ↑ Williams, J.H. and W.E. Friedman. 2002. Identification of diploid endosperm in an early angiosperm lineage. Nature 415: 522-526