Félix Edouard Vallotton (Lausana, 28 de dezembro de 1865 - Neuilly-sur-Seine, 29 de dezembro de 1925) foi um pintor e gravurista suíço associado com Les Nabis.[1] Ele foi uma figura importante no desenvolvimento da xilogravura moderna.

Félix Vallotton
Nome completo Félix Edouard Vallotton
Nascimento 28 de dezembro de 1865
Lausana
Morte 29 de dezembro de 1925 (60 anos)
Neuilly-sur-Seine
Nacionalidade Franco-suíço
Principais trabalhos L'Enlèvement d' Europe
Área Xilogravura
Formação Académie Julian
Movimento(s) Les Nabis, Impressionismo

Nascido no seio de uma família burguesa protestante; ingressou em 1882 na Académie Julian, em Paris, então frequentada por muitos artistas pós-impressionistas, incluindo os futuros integrantes do grupo Les Nabis.

Provavelmente foi por instigação de seu amigo Charles Maurin que interessou-se por gravura em madeira em 1891, numa época em que a litografia colorida era mais popular.

A xilogravura lhe permitiu fazer imagens expressivas, em preto-e-branco, caracterizadas por seus temas singulares e um estilo muito sintético, incisivo, reforçado pela ausência de gradiente. Sua fama tornou-se internacional por conta de suas xilogravuras e ilustrações.

Participou regularmente em várias exposições (Salon des Artistes Français, Salon des Indépendants, Salon d'Automne). A última década do século também é marcada por seu trabalho como ilustrador, especialmente para o magazine literário “La Revue Blanche”.

Uniu-se ao grupo Les Nabis de 1893 a 1903, por influência de seu amigo Édouard Vuillard.

Casou-se em 1899 com Gabrielle Bernheim (1863-1932), filha do negociante de arte Alexandre Bernheim. Obteve a nacionalidade francesa por decreto de naturalização no ano seguinte.

Valloton então abandonou a gravura em favor da pintura de cenas interiores, depois dedica-se a temas clássicos, paisagens, nus, retratos e naturezas-mortas que ele traduz de uma maneira pessoal, fora das correntes contemporâneas.

Sua primeira exposição individual aconteceu em Zurique em 1909. A partir de então, exibe regularmente em Paris, e participa de exposições internacionais na Europa e nos Estados Unidos.

Félix Vallotton sempre buscava novas formas de expressão. Publicava ocasionalmente críticas de arte, além de outros escritos. Escreveu três romances, incluindo o semi-autobiográfico “La Vie Meurtrière”, iniciado em 1907 e publicado postumamente. Também escreveu oito peças teatrais, algumas das quais foram encenadas entre 1904 e 1907.

Tocado pelo horror da Primeira Guerra Mundial, ele encontra no conflito uma fonte de inspiração que o faz retornar ao meio de xilogravura pela primeira vez desde 1901; para expressar seus sentimentos por seu país adotivo na série “C’est La Guerre” executada entre 1915 e 1916.

Vallotton morreu em 1925 após uma cirurgia para retirada de um câncer. Está sepultado em Paris no cemitério de Montparnasse.

Referências

  1. «Félix Vallotton». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 13 de agosto de 2020 
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