Frente dos Revolucionários de Raqqa
A Frente dos Revolucionários de Raqqa (árabe: جبهة ثوار الرقة, Jabhat Thūwwār ar-Raqqah) é um grupo armado, participante na Guerra Civil Síria, aliado das milícias curdas das Unidades de Protecção Popular e membro das Forças Democráticas Sírias.
Frente dos Revolucionários de Raqqa | |
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جبهة ثوار الرقة | |
Participante na Guerra Civil Síria | |
Datas | setembro de 2012 - presente |
Ideologia | 2012 - 2014: Islamismo 2014 - presente: Secularismo Federalismo |
Organização | |
Parte de | Forças Democráticas Sírias Exército Livre da Síria |
Líder | Abu Issa |
Origem étnica |
Árabes |
Sede | Ayn Issa, Síria |
Área de operações |
Províncias de Raqqa e Alepo, Síria |
Efetivos | +800 |
Antecessor(es) anterior |
Brigadas dos Revolucionários de Raqqa |
Relação com outros grupos | |
Aliados | Unidades de Proteção Popular Exército dos Revolucionários Outros membros das Forças Democráticas Sírias Estados Unidos Reino Unido França |
Inimigos | Estado Islâmico do Iraque e da Síria Exército Livre da Síria (Pró-Turquia) República Árabe Síria Turquia |
Conflitos | |
Guerra Civil Síria |
História
editarO grupo foi fundado em 2012, com o nome de "Brigadas Revolucionárias de Raqqa", e, inicialmente, o grupo tinha uma linha próxima do islamismo, como exemplificado pelo seu moto inicial: "Não há nenhuma divindade sem ser Alá, e Maomé é o mensageiro de Alá.".[1] Até 2013, as brigadas tinham uma aliança com a Jabhat Al-Nusra,[1] mas, com a emergência do Estado Islâmico, a aliança acabou, com as Brigadas a lutarem contra os militantes islâmicos.[1]
A partir de 2014, a Brigada foi-se afastando da sua linha islamista, fazendo uma aliança com diversos tribos árabes na província de Raqqa,[1] seguindo uma linha mais secular e, acima de tudo, começando a aproximar-se das milícias curdas das Unidades de Proteção Popular, participando em diversas ofensivas contra o ISIS, ao lado das forças curdas.[1]
Em 2015, as brigadas juntaram-se com diversas tribos da zona de Raqqa, alterando o seu nome para "Frente dos Revolucionários de Raqqa", e, anunciando a sua adesão às Forças Democráticas Sírias.[2]
Em finais de 2016, com o início da Campanha de Raqqa (2016-2017), o grupo afastou-se dos planos definidos pelas Unidades de Proteção Popular,[3] o que levou a uma forte tensão entre os grupos,[4] mas, um acordo foi alcançado, ficando estipulado que a Frente iria ter um importante papel político na cidade de Raqqa, após esta ser libertada do ISIS.[5]
Referências
- ↑ a b c d e «Liwa Thuwar al-Raqqa: History, Analysis & Interview». Syria Comment (em inglês). 14 de setembro de 2015
- ↑ «Jabhat Thuwar A-Raqqa 'an essential component of the SDF'». Syria Direct (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017
- ↑ «Liwa Thuwar Raqqa refrain from participating SDF Wrath of the Euphrates battle». en.eldorar.com (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017
- ↑ Obs, Syrian Rebellion (10 de novembro de 2016). «#SRO - Stop saying "Liwa Thuwar #Raqqa left #SDF" : brigade is few, and MORE IMPORTANT, besieged de facto by #SDF bases around its HQ (1).». @Syria_Rebel_Obs. Consultado em 14 de junho de 2017
- ↑ «Thuwar #Raqqa imposes a condition to return to the "Euphrates Wrath"». en.eldorar.com (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017