Gervásio Baptista
Gervásio Baptista (Salvador, 19 de junho de 1923 - Brasília, 5 de abril de 2019) foi um fotojornalista brasileiro. Registrou alguns dos mais importantes episódios da história brasileira e mundial.[1][2]
Gervásio Baptista | |
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Nascimento | 19 de junho de 1923 Salvador |
Morte | 5 de abril de 2019 Brasília |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | jornalista, fotojornalista |
Empregador(a) | Empresa Brasil de Comunicação |
Biografia
editarEstreou no jornalismo aos doze anos, fotografando como assistente para o jornal O Estado da Bahia.
Na década de 1950, transfere-se para o Rio de Janeiro, a convite de Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, com quem travara contato um ano antes durante visita de Chatô à Feira de Santana, para trabalhar em O Cruzeiro.
Em 1954, vai para a revista Manchete onde permanece até o fechamento da mesma, em 2000. É lá que registra, semana a semana, a construção da nova capital. É de sua autoria a conhecida foto de Juscelino Kubitschek acenando com a cartola para o povo, que estampou a capa da Manchete sobre a inauguração de Brasília e tomou o mundo.
Suas fotos do enterro de Getúlio Vargas, em São Borja, Rio Grande do Sul, também geraram um número especial da revista.
Como fotógrafo oficial dos concursos Miss Brasil e Miss Universo, Gervásio viajou o mundo para retratar a beleza da mulher brasileira no período áureo desses eventos. Fotografou Fidel Castro, Che Guevara e fez um registro diferenciado da Revolução Cubana. Também deu sua leitura sobre a Revolução dos Cravos, em Portugal. Acompanhou e registrou a queda do presidente argentino Juan Domingo Perón e esteve em Saigon, para registrar a Guerra do Vietnã.
Durante a ditadura, teve várias passagens pela prisão, mas por não ter engajamento político, sempre foi libertado rapidamente e sem maiores conseqüências. Em tais ocasiões dividiu cela com o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes e o advogado e ativista político Francisco Julião, fundador da Liga Camponesa, entre outros.
Fotógrafo oficial de Tancredo Neves, fez, com exclusividade, a última foto do presidente, acompanhado da equipe médica do Hospital de Base do Distrito Federal.
Discípulo de Henri Cartier-Bresson, a quem conheceu pessoalmente, Gervásio continuou atuante mesmo depois de aposentado, contratado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e prestando serviços ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi citado como decano do fotojornalismo pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).[3]
Morte
editarO "fotógrafo dos presidentes" morreu em 5 de abril de 2019.[4]
Homenagem
editarO Supremo Tribunal Federal homenageou Gervásio Baptista por 50 anos de dedicação ao fotojornalismo.[5] A mostra, denominada "50 Anos de Fotojornalismo" ocupou o Hall dos Bustos do STF de 12 de março até 18 de abril de 2008.[6][7]
Até 2015, Gervásio atuou no STF, contratado pela empresa Partners Comunicação Integrada.
Referências
- ↑ «Aos 95 anos, Gervásio Baptista recebe Medalha do Mérito Jornalístico». Agência Brasil. 22 de setembro de 2018
- ↑ «Conheça Gervásio Baptista: dono da foto mais famosa de JK emociona-se em homenagem». JBr. 22 de setembro de 2018
- ↑ «Arquivos Gervásio Baptista - Diário do Poder». Diário do Poder. Consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ Fotógrafo Gervásio Baptista, autor do registro mais famoso de JK, morre em Brasília Site Globo
- ↑ «Galeria Gervásio Baptista - 50 anos de fotografia». www.stf.jus.br (em inglês). Consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ «Aos 95 anos, Gervásio Baptista recebe Medalha do Mérito Jornalístico». Agência Brasil. 22 de setembro de 2018
- ↑ Braziliense, Correio (20 de fevereiro de 2018). «Aos 96 anos, Gervásio Baptista, fotógrafo de JK, opera o fêmur após queda». Correio Braziliense