Giz de cera (português brasileiro) ou lápis de cera (português europeu) é um material escolar, usado principalmente para desenhar, constituído principalmente por parafina, pigmentos e cargas, apresentando uma vasta variedades de cores, graças a mistura de seus corantes.[1] Geralmente, é um material usado para a realização de esboços.

O desenho com giz de cera traz algumas vantagens: as cores não ficam amareladas com a passagem do tempo, é um material mais estável do que o pastel, permite uma variação de cores enorme. O aspecto negativo é que o uso das barras de giz de cera dificulta a execução de detalhes no desenho[2].

Técnicas de reformulação do pigmento permitiram aprimorar as cores do giz de cera, sendo assim, artista começaram a utilizá-lo como nova técnica na produção de suas artes.[3]

No mercado, pode-se encontrar diferentes marcas com preços e qualidades diversos. Da mesma forma, as barras de giz de cera podem ser mais grossas ou mais finas, adequando-se às preferências do artista.[2]

Foto com barras de gizes de cera de diversas cores sendo derretidas
Giz de cera derretido

A invenção do Giz de cera foi atribuída a Nicolas-Jacques Conté, parisiense que desenvolveu uma fórmula de grafite e argila, base para a produção dos lápis modernos.[4][5]

Técnicas

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Basicamente, existem duas formas mais usadas na hora de manipular e usar o giz de cera. A primeira e a mais antiga, utiliza a cera ainda quente e derretida. Este processo exige um maior cuidado e é mais complexo. Desta forma, é preciso derreter a cera momentos antes de usá-la[2].

A segunda técnica e mais utilizada, é a do giz de cera frio e sólido, encontrado em barras.

 
O giz de cera é geralmente usado nas escolas

Muito usados por crianças na sua fase pré-escolar, por seu traço grosso, colorido, e sua facilidade de uso. E em outras ocasiões por sua suavidade nos contornos e por sua característica que fica nos desenhos, e também é usada às vezes para outras coisas, como: escrever; após raspar, utilizar as raspas em trabalhos artísticos e artesanais; etc.

O seu uso é um pouco prejudicado pela facilidade de o giz se quebrar em quedas, e o traço grosso dificulta pequenos detalhes.

Suportes

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O giz de cera admite diversas superfícies para execução do trabalho. É necessário apenas que seja rugosa e capaz de reter a cera. Papel, papel-cartão ou madeira são algumas das opções. Cabe ao artista escolher qual superfície se adequa mais a obra, ao tema e as texturas que deseja realizar.[2]

História

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O uso da cera como uma técnica começou no Egito há cinco mil anos. Desde esta época, o procedimento não desapareceu[2]. Porém a história do giz de cera não é totalmente clara. A palavra em inglês "crayon" data de 1644, sendo originada da palavra craie (giz) e do Latim creta (terra).[6]

A noção de combinar uma forma de cera com pigmentos existe há milhares de anos. A pintura encáustica é uma técnica que utiliza Cera de abelha quente combinada com um pigmento colorido para fazer com que a cor aderisse à pedra. Uma fonte de calor então era utilizada para "queimar" a mistura e fixar a imagem.[7] Plínio, o Velho, um naturalista romano, teria descrito as primeiras técnicas dos desenhos feitos com giz de cera.[8]

Esse método, utilizado pelos egípcios, romanos, gregos e até as populações indígenas das Filipinas, ainda é utilizada atualmente. No entanto, o processo não envolvia transformar o giz de cera em uma forma que pudesse ser manuseada e servisse para colorir e, portanto, o giz não era utilizado em salas de aula ou como artesanato para crianças.[9]

Referências

  1. «crayon». Encyclopedia Britannica (em inglês) 
  2. a b c d e Técnicas de Pintura e Desenho. [S.l.]: Ediciones Genesis 
  3. «Crayon» 
  4. «Nicolas Jacques Conte» 
  5. «Crayons» 
  6. Merriam-Webster (2004). Merriam-Webster's Collegiate Dictionary: Eleventh Edition (em inglês). [S.l.]: Merriam-Webster. ISBN 9780877798095 
  7. Wilkinson, Sir John Gardner (1847). The Manners and Customs of the Ancient Egyptians: Including Their Private Life, Government, Laws, Arts, Manufacturers, Religion, Agriculture, and Early History : Derived from a Comparison of the Paintings, Sculptures, and Monuments Still Existing, with the Accounts of Ancient Authors (em inglês). [S.l.]: John Murray 
  8. Reynolds, Girdler (1967). Crayons in the History of the Arts. New York: Art Education. pp. 30–32 
  9. Ward, James (1914). History and Methods of Ancient & Modern Painting (em inglês). [S.l.]: Dutton 
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