Iberê Gomes Grosso

Iberê Gomes Grosso (São Paulo, 12 de junho de 1905 - Rio de Janeiro, 7 de fevereiro de 1983) foi um violoncelista e professor brasileiro, fez escola formando gerações de artistas talentosos e foi um dos principais celistas do Brasil.

Iberê Gomes Grosso em 1945

Biografia

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Membro de uma destacada família musical de Campinas, era bisneto de Manuel José Gomes, alcunhado Maneco Músico, mestre de capela por mais de 50 anos e comerciante de instrumentos; neto do maestro, violinista e compositor José Pedro de Sant'Ana Gomes; sobrinho-neto do maestro e compositor de óperas Carlos Gomes, de fama internacional; sobrinho do violoncelista Alfredo Gomes, premiado pelo Real Conservatório de Bruxelas e professor no Instituto Nacional de Música, e filho da pianista Alice Gomes.[1][2][3] Alice foi professora de piano e casou-se em 27 de julho de 1904 com Rodolfo Grosso, alfaiate e comerciante em Campinas,[4] mais tarde arquivista da publicidade da Light no Rio,[5] com quem teve quatro filhos, dos quais três fizeram carreiras brilhantes na música: a pianista Ilara Gomes Grosso, a violinista Alda Gomes Grosso, casada com o violinista Oscar Borgerth, e Iberê. O outro filho, José Pedro de Sant'Ana Gomes Grosso Neto, foi médico.[3]

 
Iberê em 1934

Nascido em São Paulo mas criado em Campinas,[1] Iberê iniciou seus estudos musicais aprendendo piano com a mãe,[6] e com 11 anos mudou-se para a casa do tio Alfredo no Rio de Janeiro, com quem começou a estudar violoncelo.[7][8] Em 1919 ingressou no Instituto Nacional de Música, formando-se em 1924 com medalha de ouro, e no ano seguinte obteve em concurso promovido pelo Instituto o prêmio de viagem ao exterior.[8] Com a bolsa do governo matriculou-se em 1926 na Escola Normal de Música de Paris, onde teve aulas com Diran Alexandrian e Pablo Casals, ao mesmo tempo fazendo trabalhos esporádicos como músico de cinema mudo.[7] Em 1928 os pagamentos da bolsa atrasaram, deixando-o em situação precária, e um grupo de artistas organizou um concerto a fim de recolher fundos para ele.[9] Teve de interromper os estudos para voltar ao Brasil e servir no Exército, mas foi dispensado pouco depois.[7]

Atuou muito no Brasil em conjuntos de música popular nas rádios e em gravações de cantores famosos, embora não desse muito valor a este campo. Sempre preferiu a música erudita.[10] Seu repertório era diversificado. Trabalhava com autores europeus do século XVIII à contemporaneidade, incluindo entre outros Bach, Haendel, Rameau, Corelli, Boccherini, Haydn, Bruch, Sibelius, Ravel, Granados, De Falla,[11][12] além de dedicar muito espaço para autores brasileiros, como Francisco Braga, Glauco Velásquez, Henrique Oswald, Luiz Cosme, Cláudio Santoro, Radamés Gnatalli, Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e outros.[13][14][15] Foi um grande divulgador da música erudita brasileira.[16]

 
Festa de casamento de Iberê e Adelinda, com os noivos em realce, 1935
 
Embaixada Artística Brasileira em 1945. Sentados, da esquerda para direita, Ruth Valadares, Villa-Lobos e sua esposa Arminda d'Almeida. Em pé, da esquerda para a direita, Iberê Gomes Grosso, Arnaldo Estrella, Gazzi de Sá, José Vieira Brandão e Oscar Borgerth.

Percorreu o Brasil com orquestras e grupos de câmara, sempre colhendo muitos elogios,[8] além de ser uma presença assídua em programas de música erudita nas rádios nacionais.[17][18] Já no início da década de 1930 era citado como "um dos nossos mais aplaudidos virtuoses",[19] "um dos mais belos talentos da moderna geração de concertistas brasileiros",[20] "artista finíssimo, magnífico temperamento, delicado e ao mesmo tempo vigoroso, com esplêndida qualidade de som, veludoso quando é preciso, amplo e forte quando a música assim o requer; sendo sempre um intérprete ideal quer se trate de clássicos como Beethoven, românticos como Lalo, ou modernos como Granados, Falla e Debussy".[21]

Casou em 19 de outubro de 1935 com Adelinda Castellani,[22] mais conhecida como Linda, com quem teria as filhas Helena e as gêmeas Yara e Ilara,[23] e começou a dar aulas. No início cobrava dos alunos, mas em breve passou a lecionar de graça, hábito que manteve pelo resto da vida.[7] Também foi professor da Superintendência de Educação Musical e Artística, onde ministrou o Curso de Formação de Professores Especializados em Música e Canto Orfeônico,[16] do Conservatório de Canto Orfeônico[24] e a partir de 1950 foi livre docente de violoncelo na Escola de Música da UFRJ.[6] Por suas aulas passou a maioria dos violoncelistas brasileiros que mais tarde fizeram renome, incluindo, entre outros, Aldo Parisot, Bernardo Katz, Márcio Carneiro, Márcio Malard, Antônio Guerra Vicente, Watson Clis, Cláudio Jaffé, Italo Babini e Alceu Reis.[7][25] Segundo Fernanda Monteiro, da Associação Brasileira de Violoncelistas, "Iberê era um sol em torno do qual orbitavam alunos de diversas regiões, que se mudaram para o Rio a fim de estudar com o mestre".[17] Nas palavras da pesquisadora Isabelle Azevedo, Iberê foi "um dos principais professores do instrumento no Brasil".[16] Segundo o pesquisador Samuel Pereira Lopes, é justo dizer que Iberê foi o mentor de uma "escola brasileira" de violoncelo.[25] Falando sobre a didática do mestre, Márcio Malard salientou que ele procurava desconstruir os preconceitos que os alunos traziam sobre a técnica, sonoridade, interpretação, empunhadura do instrumento e mesmo sobre a relação mestre-discípulo, incentivando-os a desenvolverem um espírito crítico e encontrarem seu próprio caminho. Ele acrescenta que a prova disso é que nenhum dos alunos saiu com a mesma forma de tocar de Iberê e todos diferiam entre si.[26]

Na década de 1940 participou da Embaixada Artística Brasileira, criada pelo governo da República e coordenada por Villa-Lobos, que tinha o objetivo de estreitar relações culturais entre o Brasil e os países hispano-americanos.[16] Fez turnês na Europa e Israel tocando somente música brasileira.[24] Trabalhou por cerca de 30 anos em parceria com Radamés Gnatalli, tocando arranjos de música erudita feitos por Radamés num trio que incluía Radamés ao piano e o violinista Romeu Ghipsman. Este conjunto foi uma presença frequente nos programas da Rádio Nacional.[10] Também atuou muito em duo com Radamés, fazendo turnês internacionais.[27] Radamés disse sobre o amigo: "Quando eu fazia uma peça para violoncelo, era para o Iberê tocar. Ele tinha muita bossa, muito jeito pra música brasileira".[10]

 
O Quarteto Borgerth em 1935: Affonso Henrique Garcia, viola; Alda e Oscar Borgerth, violinos; Iberê Gomes Grosso, violoncelo

Foi membro do Quarteto Borgerth com Oscar Borgerth e Alda Grosso Borgerth (irmã de Iberê), violinos, e na viola Affonso Henrique Garcia (depois Edmundo Blois), "finíssimo conjunto de cordas";[28] do Trio Rádio Ministério da Educação junto com o violinista Anselmo Zlatopolsky e o pianista Fritz Jank (depois Alceo Bocchino),[15][29] membro do Trio Pró-Arte com o violinista Alberto Jaffé e a pianista Daisy de Lucena, com "grande aceitação da crítica especializada";[30] por muitos anos se apresentou em duo com sua irmã Ilara ao piano[6] e com o pianista Arnaldo Estrella;[31] participou da formação inicial do Quarteto da Guanabara com Estrella, Mariuccia Iacovino ao violino e Federiçk Stephany na viola,[32] grupo onde permaneceu 13 anos,[31] muito elogiado pelo crítico Luiz Paulo Horta, chamando-o de "uma de nossas mais nobres formações camerísticas",[33] atuou com importantes orquestras nacionais[34] e foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro[17] e da Orquestra Sinfônica Brasiliense (depois chamada Orquestra Sinfônica Brasileira),[35][17] da qual foi primeiro violoncelo.[36] Deixou uma significativa discografia.[37] Compôs algumas peças para piano em sua juventude,[38] e algumas vezes atuou como maestro,[6] estreando na regência em 1943 à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, com obras de Brahms, Sibelius, Lalo e Villa-Lobos.[38]

Depois de uma vida intensamente dedicada à música, faleceu no Rio na noite do dia 7 de fevereiro de 1983, quando se recuperava de uma cirurgia no crânio, depois de ter sofrido um acidente.[31] Foi velado na Escola de Música da UFRJ e sepultado no Cemitério São Francisco Xavier do Caju.[39] No obituário que escreveu na Tribuna da Imprensa, Carlos Dantas disse: "Figura notável na vida musical brasileira, mestre formador de jovens mestres, o violoncelista Iberê Gomes Grosso desaparece aos 78 anos deixando bem viva a aura de competência e grandeza humana que lhe envolvia por onde atuasse em sua múltipla atividade nas gravações, recitais, concertos e salas de aula. [...] Foi responsável por momentos de importância absolutamente maior na vida artística brasileira".[40]

Reconhecimento

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Concerto da Associação dos Artistas Brasileiros, com Oscar Borgerth, Adacto Filho, Radamés Gnattali, Luiz Cosme, Newton Ramalho e Iberê Gomes Grosso, 1932

Em 1948 foi admitido na Academia Brasileira de Música como membro extraordinário, reconhecendo seu "renome excepcional e mérito superior comprovado".[41] Por ocasião das comemorações do seu 60º aniversário em 1965, surgiu a ideia de se criar uma sociedade de celistas, que foi efetivamente fundada em 21 de junho com o nome Associação Brasileira de Violoncelos, tendo Iberê como patrono e 1º presidente, sendo a antecessora da atual Associação Brasileira de Violoncelistas.[17] Em 1980 a Funarte incluiu três discos que gravou com o Trio da Rádio MEC no seu Projeto Memória Musical Brasileira.[15]

Em abril de 1983, pouco depois do seu falecimento, a Prefeitura de São Paulo batizou uma rua com seu nome.[42] Em 1987 foi homenageado pela Escola de Música da UFRJ,[43] em 1988 foi homenageado com um concerto na Sala Cecília Meireles,[44] e em 1995 foi um dos homenageados no I International Cello Encounter do Rio.[45] Seu nome batiza um dos prêmios do Concurso Nacional de Violoncelos de Ouro Branco,[46] e uma rua em Campinas.

É amplamente considerado um dos principais nomes da história do violoncelo no Brasil.[31][17][47][48][49][50] Foi particularmente estimado pela sua importante atividade docente[31][40][16] e por suas interpretações de Villa-Lobos,[31] de quem era muito amigo, e cuja música, segundo disse Arnaldo Estrella, ele conhecia "como poucos, e como poucos sabe como o mestre queria que fosse tocada".[51]

Segundo o crítico Victor Giudice, foi o primeiro celista brasileiro a ser admirado no exterior,[52] e para Luiz Paulo Horta ele foi "o patriarca dos nossos violoncelos",[47] um dos músicos "que marcaram época na música brasileira".[53] Para o maestro Fábio Zanon, "Gomes Grosso foi uma figura capital da música brasileira".[13] Júlio Medaglia o chamou de "monstro sagrado da música instrumental carioca",[54] e segundo José Penalva "é considerado o maior violoncelista sul-americano".[55] Sua reputação se confirma no fato de ter estreado mais de cinquenta obras de importantes compositores brasileiros,[13] como Villa-Lobos, Radamés Gnattali, José Vieira Brandão, Camargo Guarnieri e Cláudio Santoro.[13][56][57]

Sua vida e obra foram registrados no livro Iberê Gomes Grosso: dois séculos de tradição musical na trajetória de um violoncelista (2005) de Valdinha de Melo Barbosa, em edição do Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio.[48]

Ver também

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Referências

  1. a b Candido, Mariana de Oliveira & Nogueira, Lenita Waldige Mendes. "A Sociedade Sinfônica Campineira: memória e tradição na construção do significado de uma orquestra sinfônica". In: Revista Música, 2021; 21 (2) — Dossiê O legado musical de Arnold Schoenberg e seus reflexos na América Latina: 1951-2021
  2. Dantas-Barreto, Saulo. Violinos imperiais: luteria brasileira no século XIX. Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, 2020, pp. 66-67
  3. a b Nogueira, Lenita Waldige Mendes. Música em Campinas nos últimos anos do império. FAPESP, 2001, p. 343
  4. "Anniversario de casamento". Correio Paulistano, 28/07/1922, p. 4
  5. "Anniversarios". Gazeta de Notícias, 04/10/1935, p. 7
  6. a b c d Farias, Rubens Marques. Orquestra sinfônica do Paraná: da ópera Sidéria à Sagração da Primavera. Curitiba 1912-2012. Mestrado. Universidade do Estado de Santa Catarina, 2013, p. 58
  7. a b c d e Rouchou, Joelle. "Iberê, dedos de mestre aos 75 anos". Jornal do Brasil, 22/06/1980, pp. 4-5
  8. a b c "Iberê e Ilária Gomes Grosso no programa Ondas Musicaes". Revista Fon-Fon, 17/03/1940, p. 58
  9. "Iberê Gomes Grosso". Diário Nacional, 26/01/1928, p. 4
  10. a b c Canaud, Fernanda. O virtuosismo e o "Swing" revelados na revisão fonográfica de Flor da Noite e Modinha & Baião de Radamés Gnattali. Doutorado. UniRio, 2013, pp. 5; 65; 84
  11. D'Alva, Oscar. "Notas de Arte". Revista Fon-Fon, 22/08/1931, p. 49
  12. D'Alva, Oscar. "Notas de Arte". Revista Fon-Fon, 09/01/1932, p. 18
  13. a b c d Zanon, Fábio. "O violoncelo do Villa". OSESP Ensaios, 11/05/2021
  14. "A temporada que passou". O Malho, 1945; XLIII (61): 37
  15. a b c "Funarte lança o Projeto Memória". Cidade de Santos, 19/11/1980, p. 19
  16. a b c d e Azevedo, Isabelle Sousa. Sonata para violoncelo e piano de José Vieira Brandão: Um estudo analítico-musicológico voltado para a performance. Mestrado. Universidade Federal da Paraíba, 2021, p. 41
  17. a b c d e f Monteiro, Fernanda. "Associação Brasileira de Violoncelos (1965 –1982)". Associação Brasileira de Violoncelistas, consulta em 24/03/2023
  18. Oliveira, Magdala da Gama. "Novos aspectos do Rádio". Revista Fon-Fon, 13/05/1944, p. 52
  19. D'Alva, Oscar. "Notas de Arte". Revista Fon-Fon, 13/06/1931, p. 48
  20. "Orchestra Philarmonica do Rio de Janeiro". A Batalha, 28/05/1931, p. 4
  21. "Dolores Cecília de Vasconcellos e Iberê Gomes Grosso". Correio da Manhã, 20/12/1930, p. 7
  22. 'Casamentos".A Noite, 19/10/1935
  23. Barbosa, Valdinha. Iberê Gomes Grosso: dois séculos de tradição musical na trajetória de um violoncelista. SindMusí, 2005, p. 175
  24. a b Peppercorn, Lisa Margaret. Villa-Lobos: Collected Studies. Scolar Press, 1992, p. 148
  25. a b Lopes, Samuel Pereira. Um violoncelista brasileiro que permeia a música popular e a sala de concerto: a biografia da carreira musical de Márcio Eymard Malard. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022, p. 53
  26. Apud Lopes, p. 175
  27. Lopes, p. 75
  28. "Broadcasting". O Malho, 1942; XLI (25): 70
  29. Miranda, Osvaldo. "Hi-Fi". Última Hora, 22/02/1958, p. 9
  30. "A cidade nas artes". Cidade de Santos, 10/08/1968, 2º Caderno, p. 4
  31. a b c d e f "Sepultamento de Iberê reúne mundo da música". Tribuna da Imprensa, 09/02/1983, p. 6
  32. "Quarteto da Guanabara". Sala Cecília Meirelles, 21/06/2021
  33. Horta, Luiz Paulo. "Homenagem a Bartok". Jornal do Brasil, 06/04/1981, p. 9
  34. "Gomes Grosso em Brasília". Jornal do Commercio, 05/11/1961, 2º Caderno, p. 3
  35. "Orchestra Synphonica Brasiliense". Correio da Manhã, 21/07/1940, p. 5
  36. XV temporada, 12º Concerto da Série Vesperal. Orquestra Sinfônica Brasileira, 1955, p. 133
  37. "Iberê Gomes Grosso". Jornal do Brasil, 17/02/1983, Caderno B, p. 2
  38. a b Oliveira, Magdala da Gama. "Iberê Gomes Grosso". Revista Fon-Fon, 11/09/1943, p. 52
  39. "Iberê Gomes Grosso". Jornal do Brasil, 08/02/1983, p. 14
  40. a b Dantas, Carlos. "Mestre Iberê". Tribuna da Imprensa, 10/01/1983, p. 11
  41. "Nossa história..." Academia Brasileira de Música, consulta em 24/03/2023
  42. "Artistas são nome de rua em São Paulo". A Tribuna, 19/04/1983, p. 16
  43. Horta, Luiz Paulo. "Orquestra da Polônia". Jornal do Brasil, 30/08/1987, p. 24
  44. "Sala Cecília Meireles". Jornal do Commercio, 19/08/1988, p. 5
  45. "Apojaturas". Tribuna da Imprensa, 19/07/1995, Caderno Bis, p. 2
  46. Carvalho, Mariana. "VII Festival de Violoncelos de Ouro Branco acontece de forma virtual e reúne participantes do Brasil e do mundo". Correio da Cidade, 09/04/2021
  47. a b Horta, Luiz Paulo. "Uma importante tradição". Jornal do Brasil, 09/06/1982, Caderno B, p. 2
  48. a b "Iberê Gomes Grosso". O Fluminense, 24/05/2006, p. 3
  49. Esquenazi, Rose. "O maestro com toque de classe". Jornal do Brasil, 22/03/1987, p. 15
  50. Nogueira, Lenita Waldige Mendes. Museu Carlos Gomes: catálogo de manuscritos musicais. Arte & Ciência, 1997, p. i
  51. Estrella, Arnaldo. "Homenagem a Villa com novidades". Última Hora, 23/11/1965, p. 4
  52. Giudice, Victor. "Vitalidade preservada'. Jornal do Brasil, 27/06/1995, p. 2
  53. Horta, Luiz Paulo. "Programação camerística". Jornal do Brasil, 17/05/1982, Caderno B, p. 8
  54. Medaglia, Júlio. Atrás da pauta: Histórias da música. E-Galáxia, 2021, s/pp.
  55. Penalva, José. Carlos Gomes, o compositor. Papirus, 1986, p. 15
  56. Canaud, p. 84
  57. Azevedo, p. 43

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