Jaguar Racing F1 Team

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 Nota: Para a equipe de Fórmula E, veja Jaguar TCS Racing.

A Jaguar Racing F1 Team foi uma equipe de Fórmula 1, formada a partir da Stewart, que foi comprada pela Ford no final de 1999, e renomeada para Jaguar Racing.[1][2][3] Porém, em 2004 esta equipe de Fórmula 1 foi vendida para a Red Bull, dando origem a atual Red Bull Racing.[4][5]

Reino Unido Jaguar Racing
Jaguar de 2002
Nome completo Jaguar Racing F1 Team
Sede Milton Keynes, Reino Unido
Pessoal notável David Pitchforth
Tony Purnell
Niki Lauda
Bobby Rahal
Gunther Steiner
Nome anterior Stewart Grand Prix
Nome posterior Red Bull Racing
Pilotos Reino Unido Eddie Irvine
Reino Unido Johnny Herbert
Brasil Luciano Burti
Espanha Pedro de la Rosa
Austrália Mark Webber
Brasil Antônio Pizzonia
Reino Unido Justin Wilson
Áustria Christian Klien
Pilotos de teste Brasil Luciano Burti
Espanha Pedro de la Rosa
África do Sul Tomas Scheckter
Alemanha André Lotterer
Suécia Bjorn Wirdheim
Chassis R1
R2
R3
R4
R5
Motor Cosworth
Pneus Bridgestone
Michelin
Histórico na Fórmula 1
Estreia GP da Austrália de 2000
Último GP GP do Brasil de 2004
Grandes Prêmios 85
Campeã de construtores 0 (Melhor posição: 7º em 2002-2004)
Campeã de pilotos 0 (Melhor posição: 9° com Irvine em 2002)
Vitórias 0
Pole Position 0
Voltas rápidas 0
Posição no último campeonato
(2004)
7° lugar (10 pontos)

História

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Durante a temporada de 1999, a montadora Ford, na época fornecedora de motores da equipe Stewart, compra a equipe de Jackie Stewart.[1][2] A temporada de 1999 havia sido muito boa para a Stewart que conquistou o quarto lugar no mundial de construtores, uma coisa inimaginável para uma equipe que havia sido criada há dois anos e que vinha de uma fraca temporada no ano anterior.[6]

A estreia e a decepção

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Para 2000, agora a recém criada Jaguar Racing, traz o vice-campeão da temporada anterior, Eddie Irvine, em uma troca com a Ferrari que levou o brasileiro Rubens Barrichello. Junto com Irvine, a equipe mantém o britânico Johnny Herbert, que conquistou uma vitória em 1999, pela Stewart. Com uma boa dupla, a equipe tinha muitas expectativas para a temporada, além de ter um carro que era semelhante ao SF-3. Na Austrália, Irvine consegue um bom sétimo lugar no grid, ficando atrás das McLarens, Ferraris e Jordans. O bom desempenho de Irvine no treino contrastava com o vigésimo lugar de Herbert. A primeira corrida desenhava como seria a temporada para equipe, bem decepcionante. Herbert abandonou na primeira volta, com problemas, e Irvine abandonou na sexta volta, após rodar. Nas corridas seguintes foram mais ou menos parecidas, com Irvine conseguindo boas qualificações, lá na frente, e Herbert penando entre os últimos. A equipe finalmente conseguiu pontuar na sétima corrida do ano, o Grande Prêmio de Mônaco, com o quarto lugar conquistado por Irvine. Parecia que a equipe iria melhorar, porém continua a falta de competitividade nas corridas, oscilando sempre entre o sétimo e 13º lugares os resultados. A Jaguar só conseguiu pontuar novamente na última corrida, o Grande Prêmio da Malásia, com o sexto lugar de Irvine. Na Malásia também, foi a última corrida de Johnny Herbert, que decidiu se aposentar, tendo uma temporada fracassada com nenhum ponto conquistado. A temporada acaba decepcionante para a Jaguar, que esperava bastante de seu investimento, porém teve de se contentar com o nono lugar nos construtores com apenas quatro pontos.[2][2][6]

Pódios e poucas melhoras

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O modelo R2 de 2001

Após o fiasco da temporada de 2000, a Jaguar efetiva o brasileiro Luciano Burti para o lugar de Herbert, e mantém Irvine para temporada de 2001. A esperança de apagar o fiasco da temporada era muita e de tentar pelo menos uma posição digna nos construtores em 2001. Na quarta prova, o Grande Prêmio de San Marino, Burti faz sua última corrida na equipe, sendo substituído pelo espanhol Pedro de la Rosa para o resto da temporada. A equipe consegue pontuar só na sétima corrida, em Mônaco, assim como na temporada passada, e é conquistado através de seu primeiro pódio, com o terceiro lugar de Irvine. Na corrida seguinte, no Canadá, de la Rosa conquista seu primeiro ponto na temporada com um sexto lugar. O desempenho, ao menos, já era melhor que o da temporada passada, porém ainda era muito abaixo do esperado. Após esses dois GPs, a equipe só voltou a marcar pontos no 15º e 16º Grandes Prêmios, com dois quintos lugares, um de Pedro de la Rosa na Itália e outro de Irvine, nos Estados Unidos. No Grande Prêmio do Japão os dois carros abandonaram. A temporada acaba com uma pontuação melhor e com um pódio conquistado para a Jaguar, mas se mantém o ar de decepção com o fraco oitavo lugar nos construtores, e nove pontos conquistados.[6]

Mais uma temporada começa para a Jaguar, e começa com a mesma dupla de 2001, Irvine e de la Rosa. Desta vez a temporada começa bem, com Irvine conquistando um quarto lugar no conturbado Grande Prêmio da Austrália, onde oito carros terminaram a prova. Mas a realidade bate na porta novamente, e acontece muitos abandonos este ano. Apenas na Bélgica, o 14° da temporada, que a equipe volta a pontuar, com o sexto lugar de Irvine. O GP seguinte, o da Itália, reservava o segundo e último pódio da escuderia, com um surpreendente terceiro lugar de Irvine, atrás apenas das duas Ferrari. Porém nos dois últimos Grandes Prêmios não é repetido o resultado da Itália e a equipe termina em sétimo lugar com oito pontos. Pedro de la Rosa não marca nenhum ponto na temporada, e toma rumo para a McLaren para ser pilotos de testes, além de Irvine anunciar que estava se aposentando da categoria em 2002.[6]

Os últimos suspiros

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O R5 de 2004, último modelo da equipe

Em 2003, foi preciso formar uma nova dupla e a equipe contratou o australiano Mark Webber e o brasileiro Antonio Pizzonia, emprestado pela equipe Williams. Webber teve um desempenho superior e fez doze pontos contra nenhum de Pizzonia durante sua passagem. A equipe opta pela demissão do piloto brasileiro e para o lugar dele contrata o inglês Justin Wilson, que marca um ponto com o oitavo lugar nos Estados Unidos. Os desempenhos de Webber nos treinos era muito bom, conseguindo largar duas vezes na terceira posição: Brasil e Hungria, porém em corridas não passava das expectativas. No final das contas, com as mudanças no regulamento e no sistema de pontuação, a equipe fez dezoito pontos e mais um vez chega em sétimo lugar nos construtores.[2][6]

Para 2004, a Jaguar mantém Webber e contrata o novato austríaco Christian Klien. Webber tem um desempenho inferior ao da temporada passada e Klien faz apenas três pontos na temporada. Com o melhor resultado da equipe no ano sendo um sexto lugar na Alemanha com Webber e na Bélgica com Klien. No final do ano, após cinco temporadas de pouquíssimos resultados, a Ford decide se retirar da categoria[2] e com isso a montadora vende a equipe Jaguar Racing para a Red Bull, que a renomeia de Red Bull Racing para a temporada de 2005.[4][7]

Pilotos

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Ano Nome Carro Pneus Motor Óleo Pilotos Pilotos de testes Classificação
2004 Jaguar Racing R5 M Cosworth Castrol   Mark Webber
  Christian Klien
  Bjorn Wirdheim 7º lugar
(10 pontos)
2003 Jaguar Racing R4 M Cosworth Castrol   Mark Webber
  Antonio Pizzonia
  Justin Wilson
  André Lotterer 7° lugar
(18 pontos)
2002 Jaguar Racing R3 M Cosworth Castrol   Eddie Irvine
  Pedro de la Rosa
  André Lotterer 7º lugar
(8 pontos)
2001 Jaguar Racing R2 M Cosworth Texaco   Eddie Irvine
  Luciano Burti
  Pedro de la Rosa
  Pedro de la Rosa
  Tomas Scheckter
8° lugar
(9 pontos)
2000 Jaguar Racing R1 B Cosworth Texaco   Eddie Irvine
  Johnny Herbert
  Luciano Burti*
  Luciano Burti 9° lugar
(4 pontos)

* Disputou o GP da Áustria em substituição a Irvine que estava lesionado.

Resultados

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(legenda) (resultados em negrito indicam pole position; resultados em itálico indicam volta mais rápida)

Ano Chassis Motor Pneus Pilotos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Pontos Class.
2000 R1 Cosworth CR-2 3.0 V10 B AUS BRA SMR GBR ESP EUR MON CAN FRA AUT ALE HUN BEL ITA EUA JAP MAL 4
7   Eddie Irvine Ret Ret 7 13 11 Ret 4 13 13 PO 10 8 10 Ret 7 8 6
  Luciano Burti 11
8   Johnny Herbert Ret Ret 10 12 13 11 9 Ret Ret 7 Ret Ret 8 Ret 11 7 Ret
2001 R2 Cosworth CR-3 3.0 V10 M AUS MAL BRA SMR ESP AUT MON CAN EUR FRA GBR ALE HUN BEL ITA EUA JAP 9
18   Eddie Irvine 11 Ret Ret Ret Ret 7 3 Ret 7 Ret 9 Ret Ret Ret Ret 5 Ret
19   Luciano Burti 8 10 Ret 11
  Pedro de la Rosa Ret Ret Ret 6 8 14 12 Ret 11 Ret 5 12 Ret
2002 R3
R3B
Cosworth CR-3 3.0 V10
Cosworth CR-4 3.0 V10
M AUS MAL BRA SMR ESP AUT MON CAN EUR GBR FRA ALE HUN BEL ITA EUA JAP 8
16   Eddie Irvine 4 Ret 7 Ret Ret Ret 9 Ret Ret Ret Ret Ret Ret 6 3 10 9
17   Pedro de la Rosa 8 10 8 Ret Ret Ret 10 Ret 11 11 9 Ret 13 Ret Ret Ret Ret
2003 R4 Cosworth CR-5 3.0 V10 M AUS MAL BRA SMR ESP AUT MON CAN EUR FRA GBR ALE HUN ITA EUA JAP 18
14   Mark Webber Ret Ret 9 Ret 7 7 Ret 7 6 6 14 11 6 7 Ret 11
15   Antônio Pizzonia 13 Ret Ret 14 Ret 9 Ret 10 10 10 Ret
  Justin Wilson Ret Ret Ret 8 13
2004 R5 Cosworth CR-6 3.0 V10 M AUS MAL BAR SMR ESP MON EUR CAN EUA FRA GBR ALE HUN BEL ITA CHN JAP BRA 10
14   Mark Webber Ret Ret 8 13 12 Ret 7 Ret Ret 9 8 6 10 Ret 9 10 Ret Ret
15   Christian Klien 11 10 14 14 Ret Ret 12 9 Ret 11 14 10 13 6 13 Ret 12 14
Notas
  • – O piloto não terminou o Grande Prêmio, mas foi classificado por ter completado 90% da corrida.

Ver também

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Referências

  1. a b «Venda da Stewart abre nova era na F-1». Folha UOL. 11 de junho de 1999 
  2. a b c d e f «Jaguar anuncia saída da Fórmula 1 em 2005». Terra. 17 de setembro de 2004. Consultado em 16 de julho de 2018 
  3. «A história da Stewart Grand Prix». Super Danilo F1 Page. Consultado em 16 de julho de 2018 
  4. a b «Red Bull compra Jaguar e mantém time na F-1 em 2005». Folha de S.Paulo. 16 de novembro de 2004. Consultado em 16 de julho de 2018 
  5. «Ford descarta retorno à Fórmula 1: "Não é relevante"». F1 Mania. 8 de abril de 2017. Consultado em 16 de julho de 2018 
  6. a b c d e «A história da Jaguar Team Racing». Super Danilo F1 Page. Consultado em 16 de julho de 2018 
  7. «Fórmula 1: Red Bull compra Jaguar». O Estado de S. Paulo. 15 de novembro de 2004. Consultado em 16 de julho de 2018 

Ligações externas

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