Rato-da-taquara

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O rato-da-taquara[2] (nome científico: Kannabateomys amblyonyx), é um mamífero roedor da família dos equimídeos (Echimydae). É o único membro do gênero Kannabateomys.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRato-da-taquara
Espécime avistado em 2017
Espécime avistado em 2017
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Echimyidae
Subfamília: Dactylomyinae
Género: Kannabateomys
Jentink, 1891
Espécie: K. amblyonyx
Nome binomial
Kannabateomys amblyonyx
(Wagner, 1845)

Descrição

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O rato-da-taquara pode atingir um comprimento de cabeça e corpo de 25 centímetros (9,8 polegadas) com uma cauda de 32 centímetros (12,6 polegadas). Seu peso é de cerca de 475 gramas (1 libra). A pelagem é de cor marrom-acinzentada típica de muitos roedores, graduando-se a castanha nos flancos. O queixo e as partes inferiores são brancos tingidos de marrom avermelhado. Os primeiros 6 centímetros (2,4 polegadas) da cauda são bem peludos, mas o resto é esparsamente peludo. Há um tufo distinto de pelos na ponta. Quando totalmente crescido, é improvável que este rato-da-taquara com sua cauda longa seja confundido com qualquer outra espécie.[4]

Etimologia

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O nome do gênero Kannabateomys deriva das três palavras gregas antigas: κάννα (kánna), que significa "junco, cana", βατέω (batéō), que significa "montar", e μῦς (mûs), que significa "rato".[5] O nome específico amblyonyx deriva das duas palavras gregas antigas: ἀμβλύς (amblús), que significa "romba, não afiada", e ὄνυξ (ónux), que significa "garra, unha".[6][7]

Distribuição e habitat

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O rato-da-taquara é nativa da América do Sul, onde sua distribuição inclui sudeste do Brasil, leste do Paraguai e nordeste da Argentina. O habitat típico são florestas úmidas perto da água com sub-bosque denso de bambus. É particularmente associado ao bambu-gigante (Guadua angustifolia), que forma moitas.[8]

Ecologia

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O rato-da-taquara é noturno e altamente arborícola, rastejando em árvores e bambus, especialmente perto da água. A área de residência é de cerca de mil metros quadrados (1 200 jardas quadradas). Quando alarmado, emite guinchos altos.[4] Provavelmente se alimenta de gramíneas, folhas, brotos, frutas e tubérculos.[9]

Filogenia

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Kannabateomys é um membro do clado Echimyini de roedores arborícolas equimídeos (Echimyidae). Seus parentes mais próximos são Dactylomys e Olallamys. Esses roedores sul-americanos compartilham características únicas e são agrupados sob o nome informal do clado de "Dactylomyines".[10] Os dactylomyines são os gêneros irmãos de Diplomys e Santamartamys. Todos esses táxons estão intimamente relacionados aos gêneros Echimys, Phyllomys, Makalata, Pattonomys e Toromys. Por sua vez, esses gêneros compartilham afinidades filogenéticas com o clado contendo Lonchothrix e Mesomys, e com Isothrix.[11]

Conservação

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A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) avaliou em sua Lista Vermelha o rato-da-taquara como sendo de menor preocupação.[1] Em 2005, foi listada como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[12] em 2010, sob a rubrica de dados insuficientes no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná;[13] em 2014, sob a rubrica de dados insuficientes no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[14] e em 2018, sob a rubrica de "dados insuficientes" na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[15][16] e como vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[17]

Referências

  1. a b Catzeflis, F.; Patton J.; Percequillo, A.; Weksler, M. (2016). «Kannabateomys amblyonyx». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T10957A22205666. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-2.RLTS.T10957A22205666.en . Consultado em 23 de abril de 2022 
  2. Silveira, F. F. (2020). «Rato-da-Taquara (Kannabateomys amblyonyx)». Fauna digital do Rio Grande do Sul. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2021 
  3. Woods, C. A.; Kilpatrick, C. W. (2005). «Genus Kannabateomys». In: Wilson, D. E.; Reeder, D. M. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference 3.ª ed. Baltimore, Marilândia: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. p. 1576. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  4. a b Eisenberg, John F.; Redford, Kent H. (2000). Mammals of the Neotropics, Volume 3: Ecuador, Bolivia, Brazil. Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago. p. 481. ISBN 978-0-226-19542-1 
  5. Palmer, T. S. (1904). Details - Index generum mammalium: a list of the genera and families of mammals. - Biodiversity Heritage Library (em inglês). Washington: Govt. Print. Off. 356 páginas. doi:10.5962/bhl.title.39809 
  6. Bailly, Anatole (1 de janeiro de 1981). Abrégé du dictionnaire grec français. Paris: Hachette. ISBN 978-2010035289. OCLC 461974285 
  7. Bailly, Anatole. «Greek-french dictionary online». www.tabularium.be. Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 18 de março de 2022 
  8. Londoño, X. (2000). «Guadua». In: Judziewicz, E. J.; Soreng, R. J.; Davidse, G.; Peterson, P. M.; Filgueiras, T. S.; Zuloaga, F. O. Catalogue of New World Grasses (Poaceae): I. Subfamilies Anomochlooideae, Bambusoideae, Ehrhartoideae, and Pharoideae, Contributions from the United States National Herbarium. 39. Washington: Instituto Smithsonian. p. 58–62 
  9. Lord, Rexford D. (2007). Mammals of South America. Baltimore, Marilândia: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. p. 64. ISBN 978-0-8018-8494-8 
  10. Fabre, Pierre-Henri; Patton, James L.; Leite, Yuri L. R. (2016). «Family Echimyidae (hutias, South American spiny-rats and coypu)». In: Wilson, Don E.; Lacher, Thomas E. Jr; Mittermeier, Russell A. Handbook of the Mammals of the World. Vol 6. Lagomorphs and Rodents I. Barcelona: Lynx Edicions. pp. 552–641. ISBN 978-84-941892-3-4 
  11. Fabre, Pierre-Henri; Upham, Nathan S.; Emmons, Louise H.; Justy, Fabienne; Leite, Yuri L. R.; Loss, Ana Carolina; Orlando, Ludovic; Tilak, Marie-Ka; Patterson, Bruce D.; Douzery, Emmanuel J. P. (1 de março de 2017). «Mitogenomic Phylogeny, Diversification, and Biogeography of South American Spiny Rats». Molecular Biology and Evolution. 34 (3): 613–633. ISSN 0737-4038. PMID 28025278. doi:10.1093/molbev/msw261  
  12. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  13. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. 2010. Consultado em 2 de abril de 2022 
  14. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  15. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  16. «Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 22 de abril de 2022. Cópia arquivada em 23 de abril de 2022 
  17. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 

Bibliografia

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