Liliaceae

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Liliaceae, as liliáceas,[1] pertencem à ordem Liliales, juntamente com mais onze famílias. É uma das famílias mais importantes, sendo composta por 16 gêneros e 635 espécies. São ervas terrícolas, perenes, rizomatosas e bulbosas. Os representantes mais conhecidos desse grupo são as tulipas, gênero Tulipa, e os lírios, gênero Lilium, por serem muito utilizados como plantas ornamentais, apresentando, portanto, importância econômica. Encontra-se amplamente distribuída em regiões temperadas do Hemisfério Norte.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLiliaceae
Lírio híbrido
Lírio híbrido
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Liliales
Família: Liliaceae Jussieu
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Morfologia

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Liliaceae basicamente consiste de ervas perenes que apresentam bulbos e rizomas (raízes contráteis). As folhas são simples e a filotaxia foliar pode ser alterna e espiralada, ou verticilada, estando inseridas ao longo de um caule ou de uma roseta basal. Podem apresentar venação paralela, no gênero Prosartes, por exemplo, ou venação reticulada, em Tricyrtis. Não apresentam estípulas. Geralmente, a inflorescência é determinada, podendo ser em alguns casos, reduzida a uma flor apenas. As flores apresentam seis tépalas (sépalas e pétalas semelhantes), as quais são livres e, frequentemente, apresentam manchas ou linhas. Na base das tépalas é secretado néctar.  As flores são bissexuais e possuem simetria radial. Há seis estames, sendo os filetes livres, e três carpelos. Os carpelos tem suas bases unidas, formando um gineceu bi ou multilocular, tendo os óvulos dispostos na porção central. Há apenas um estigma. O ovário é súpero e tri-lobado e se estende ao longo da face interna do ramos do estilete. Os óvulos são numerosos e geralmente apresentam um tegumento, o qual acumula substâncias de reservas. O fruto pode ser seco, deiscente e ocasionalmente baga. As sementes são achatadas, apresentam formato de disco e contém endosperma oleoso.[2]

Reprodução

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As flores dessa família são polinizadas por insetos como vespas, abelhas, borboletas e mariposas, os quais recebem o néctar como recompensa. As sementes geralmente são dispersas pela água ou pelo vento, ou em alguns casos, por formigas, quando são revestidas por arilo.[2]

Diversidade taxonômica e relações filogenéticas

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Liliales é uma ordem dentro de monocotiledôneas, esta, por sua vez, pertence ao grande grupo das angiospermas. Fazem parte dessa ordem as seguintes famílias: Alstroemeriaceae, Campynemataceae, Colchicaceae, Corsiaceae, Melanthiaceae, Petermanniaceae, Philesiaceae, Rhopogonaceae, Smilacaceae e Liliaceae.[3] Sendo as principais famílias: Liliaceae, Alstroemeriaceae, Melanthiaceae, Smilacaceae e  Colchicaceae. Liliaceae é subdividida em cinco gêneros: Prosartes, Calochortus, Tricyrts, Medeoloideae e Lilioideae.[2]

Liliales e Liliaceae são definidas de forma restrita.  Várias das famílias que são incluídas atualmente nas ordens Dioscoreales, Asparagales e Liliales, eram consideradas anteriormente como integrantes de uma parte de Liliales que era caracterizada pelas flores com tépalas conspícuas e endosperma que não continha amido. Em 1981, Cronquist agrupou a maior parte das monocotiledôneas petalóides e que possuíam seis estames dentro de Liliaceae, e que é de conhecimento hoje, tratar-se de um grupo polifilético. Posteriormente, outros sistematas dividiram as monocotiledôneas petalóides e que continham seis estames em Liliaceae, juntamente com as espécies que apresentavam ovário súpero e a família Amaryllidaceae, incluindo também as espécies de ovário ínfero. No entanto, essa separação é artificial, pois separa gêneros como Agave e Yucca, ambos da família Agavaceae e Crinum (Amaryllidaceae) e Allium (Alliaceae), os quais estão claramente relacionados. As relações de algumas famílias dentro de Liliales ainda são problemáticas, embora já tenha ocorrido um grande avanço no conhecimento desse grupo.[2]

Liliaceae também é um grupo monofilético, mesmo sendo difícil concluir isso através da morfologia. Os gêneros dessa família são ervas que apresentam rizomas rasteiros, estiletes divididos no ápice e megagametófito originado de apenas um megásporo. Alguns autores colocam o gênero Calochorthus como sendo uma família distinta. Os demais grupos são considerados integrantes de Uvulariaceae ou de uma Calochortaceae expandida, embora não possuam morfologia semelhante a Uvularia e Disporum.[2]

Distribuição e ocorrência no Brasil

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Liliaceae é amplamente distribuída em regiões temperadas do Hemisfério Norte. Sua floração ocorre principalmente durante a primavera.[2] Não é endêmica no Brasil. Há ocorrências confirmadas na região Sudeste, no estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, e possivelmente no Espírito Santo. Ocorrem também em Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no Sul do país.[4]

Referências

  1. «Liliácea». Michaelis On-Line. Consultado em 22 de abril de 2024 
  2. a b c d e f g Judd, Walter S.; et al. (2009). Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. Porto Alegre: Artmed. pp. 256–258 
  3. «Angiosperm Phylogeny Website». www.mobot.org. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  4. «Flora do Brasil». Consultado em 22 de janeiro de 2017 
 
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