Linha primitiva é uma estrutura característica da gastrulação de répteis, aves e mamíferos. Sua formação se dá na proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. A migração destas células gera um espessamento no centro da área pelúcida que começa a se estreitar e portanto, alongar-se na direção anterior. Enquanto a linha primitiva se alonga pela direção de células na sua extremidade caudal, a extremidade cranial prolifera e forma um nó primitivo. Consequentemente, um estreito sulco primitivo se forma na linha primitiva e termina em uma pequena depressão no nó primitivo. Assim que a linha primitiva surge, é possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião.

Vista da superfície do embrião de um coelho. arg: disco embrionário pr: linha primitiva.

Conforme as células migram pela linha primitiva, uma depressão se forma, sendo esta conhecida como fenda primitiva, que por sua vez é análoga ao blastóporo dos anfíbios.[1] Pouco depois do aparecimento da linha primitiva, células abandonam sua superfície profunda e formam o mesênquima, uma trama frouxa do tecido conjuntivo embrionário que forma o tecido de sustentação do embrião.

Referências

  1. GILBERT,S.F. Biologia do Desenvolvimento (5ª Ed). Editora Funpec, 2004


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