Marcelino Mesquita
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Marcelino António da Silva Mesquita (Cartaxo, 1 de setembro de 1856 - Cartaxo, 7 de junho de 1919) foi um dramaturgo português.
Marcelino Mesquita | |
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Nome completo | Marcelino António da Silva Mesquita |
Nascimento | 1 de setembro de 1856 Cartaxo |
Morte | 7 de julho de 1919 (62 anos) Cartaxo |
Nacionalidade | português |
Magnum opus | Antologia de textos dramáticos |
Vida
editarFrequentou por 4 anos o Seminário de Santarém, a Escola Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, tendo-se formado em Medicina em 1884. No entanto, Marcelino Mesquita notabilizou-se como poeta, jornalista, escritor, dramaturgo, político e deputado pelo Círculo Eleitoral do Cartaxo.
Foi diretor da revista A Comédia Portuguesa[1] começada a publicar em 1888,[2] e diretor literário da Parodia: comedia portugueza (1903- 1907), quando, em 1903, a sua revista se "funde" com a A Paródia (1900-1902) de Rafael Bordalo Pinheiro."[3]
Marcelino Mesquita colaborou ainda em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Ribaltas e Gambiarras (1881),[4] Jornal do domingo [5] (1881-1883), Branco e Negro (1896-1898),[6] Serões [7] (1901-1911), Revista do Conservatório Real de Lisboa [8] (1902), A Imprensa [9] (1885-1891), Revista de turismo [10] iniciada em 1916, e no quinzenário A Voz do Comércio [11] (1929-1941).
Faleceu a 7 de junho de 1919, com 62 anos, vítima de pneumonia dupla.
O jornal "Notícias do Cartaxo", tomou a iniciativa de erigir uma estátua no Cartaxo, onde se lhe pudesse perpetuar a memória. A 2 de dezembro de 1956, foi inaugurado, na Praça 15 de Dezembro, no Cartaxo, o monumento de Marcelino Mesquita, da autoria do escultor Leopoldo de Almeida.
Existe um jardim com o seu nome em Lisboa, mais conhecido por "Jardim das Amoreiras".
Obra
editar- 1876 - LEONOR TELES - 1.ª Representação efectuada por estudantes de medicina;
- 1881 - MERIDIONAIS, poesia;
- 1884 - HYSTERIA;
- 1885 - PÉROLA – drama em 5 actos, representado no Teatro do Príncipe Real (23 de maio de 1885), após polémica com A. Sousa e Vasconcelos, Comissário Régio do Teatro D. Maria II, que recusou a sua representação no Teatro Nacional;
- 1886 - 1888 - Fixa-se no Cartaxo; compra a tipografia Cartaxense e o jornal "O Povo do Cartaxo", mudando-lhe o nome para "O Cronista"; Continua a frequentar o meio lisboeta, a escrever para os jornais e para o teatro;
- 1886 - SR. BARÃO – drama em 5 actos representado no Teatro do Ginásio Dramático;
- 1887 (6/3) - Concorre pelo Círculo 83 às eleições para o Parlamento;
- 1888 - Vende o jornal e a tipografia e vai fixar residência em Lisboa, onde funda e dirige o jornal satírico A Comédia Portuguesa;
- 1889 (3/10) - LEONOR TELES, drama histórico, em verso, em 5 actos, representada no Teatro D. Maria II;
- 1890 - Participa no movimento do Ultimatum;
- 1893 (8/4) - OS CASTROS, drama em 4 actos, levada à cena pelo Teatro D. Maria II;
- 1895 (27/11) - FIM DE PENITÊNCIA, peça em 1 acto, levada à cena pelo Teatro D. Maria II;
- 1895 - DOR SUPREMA, tragédia burguesa em 3 actos;
- 1896 - NA AZENHA
- 1896 (31/1) - O VELHO TEMA, drama de 5 actos, escrito em parceria com António Maia Pereira, encenado pelo Teatro D. Maria II;
- 1897 - O REGENTE, drama histórico em 3 actos e 9 quadros;
- 1897 (22/10) - Carta a Teófilo Braga a agradecer a oferta do livro Gil Vicente;
- 1898 - O SONHO DA ÌNDIA, drama histórico, em 3 actos e 9 quadros, em verso;
- 1898 (10/9) - SER PAI, peça em 3 actos, levada a cena pelo Teatro D. Maria II;
- 1898 - O TIRANO DA BELA URRACA.
- 1899 (4/2) - AUTO DO BUSTO, quadro, em verso, evocativo do Centenário do Nascimento de Almeida Garrett;
- 1899 - PERALTAS E SÉCIAS, comédia em 3 actos em prosa.
- 1899 - Recusa a condecoração proposta pelo rei D. Carlos, com o pretexto de ser republicano, a quando de uma das representações de Peraltas e Sécias;
- 1900 - Colaboração no Almanaque dos Palcos e Salas;
- 1900 - A MORTA GALANTE, monólogo em verso;
- 1901 (4/3) - SEMPRE NOIVA, drama histórico em 4 actos e 7 quadros, encenado pelo Teatro D. Maria II;
- 1901 (17/10) - SINHÁ, episódio da vida burguesa, drama em 3 actos, levado à cena pelo Teatro D. Maria II;
- 1902 (24/3) - O TIO PEDRO, episódio trágico em 1 acto, encenado pelo Teatro D. Amélia;
- 1902 (7/11) - UMA ANEDOTA, episódio dramático em 1 acto, levado à cena pelo Teatro D. Amélia;
- 1903 - A NOITE DO CALVÁRIO, drama em 4 actos; 1ª representação no Teatro do Recreio, Rio de Janeiro, em Abril de 1902; representação no Teatro do Príncipe Real (13 de abril de 1907); protestos de Marcelino Mesquita contra a proibição, pela censura teatral, da peça "A noite do Calvário", em O Século;
- 1903 - REI MALDITO, peça popular histórica, em 4 actos, levada a cena pelo Teatro Príncipe Real;
- 1905 (28/4) - ALMAS DOENTES, tragédia, em 2 actos; representação no Teatro D. Maria II;
- 1908 (13/3) - Carta de Marx Nordau, apreciando DOR SUPREMA;
- 1910 (15/10) - Carta que Teófilo Braga, pedindo-lhe um prefácio para a peça MARGARIDA DO MONTE;
- 1912 (6/11) - Carta de Max Nordau a Marcelino Mesquita, apreciando MARGARIDA DO MONTE;
- 1908 - OS QUATRO REIS IMPOSTORES;
- 1909 - ENVELHECER, drama em 4 actos;
- 1910 - MARGARIDA DO MONTE, peça em 4 actos, em verso popular; episódio cortezão da primeira metade do século XVIII, representado no Teatro de D. Amélia, em Lisboa;
- 1911 - A MENTIRA, episódio dramático, em 1 acto, encenado no Teatro D. Amélia;
- 1915 (2/6) - PEDRO O CRUEL, tragédia histórica em 4 actos, encenado pelo Teatro Nacional;
- 1915 (8/7) - Carta de Max Nordau a criticar a obra "Pedro o Cruel";
- 1917 - O CÃO DO REGIMENTO, monólogo;
- 1917 - UM EPISÓDIO DE GUERRA, drama em 1 acto. Foi representando uma única vez no Pinhal da Azambuja, numa récita de beneficência em favor dos soldados portugueses;
- 1919 - O GRANDE AMOR, poema lírico.
Referências
- ↑ Rita Correia (24 de junho de 2011). «Ficha histórica: A comedia portugueza : chronica semanal de costumes, casos, politica, artes e lettras» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 10 de setembro de 2014
- ↑ «A comedia portugueza : chronica semanal de costumes, casos, politica, artes e lettras (1888-1902).» (Cópia digital). Hemeroteca Digital de Lisboa. Consultado em 22 de abril de 2014
- ↑ Álvaro Costa de Matos (11 de julho de 2013). «Ficha histórica: A Paródia.» (pdf). Hemeroteca Digital de Lisboa. 1 páginas. Consultado em 19 de maio de 2014
- ↑ Pedro Teixeira Mesquita (26 de março de 2013). «Ficha histórica: Ribaltas e gambiarras (1881).» (pdf). Hemeroteca Digital de Lisboa. 3 páginas. Consultado em 22 de abril de 2014
- ↑ Rita Correia (6 de setembro de 2007). «Ficha histórica: Jornal do Domingo / Revista Universal (1881-1888).» (pdf). Hemeroteca Digital de Lisboa. 5 páginas. Consultado em 22 de abril de 2014
- ↑ Rita Correia (1 de fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898).» (pdf). Hemeroteca Digital de Lisboa. pp. 4 e 9. Consultado em 22 de abril de 2014
- ↑ Rita Correia (24 de abril de 2012). «Ficha histórica: Serões, Revista Mensal Ilustrada (1901-1911).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de setembro de 2014
- ↑ Helena Roldão (7 de novembro de 2014). «Ficha histórica:Revista do Conservatório Real de Lisboa: publicação mensal ilustrada (1902)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de julho de 2015
- ↑ Helena Bruto da Costa (11 de janeiro de 2006). «Ficha histórica:A imprensa : revista scientifica, litteraria e artistica (1885-1891)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de abril de 2015
- ↑ Jorge Mangorrinha (16 de janeiro de 2012). «Ficha histórica:Revista de Turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura (1916-1924)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de maio de 2015
- ↑ Alda Anastácio (17 de abril de 2018). «Ficha histórica:A Voz do Comércio: Quinzenário dos Contabilistas e Guarda-Livros (1929-1941)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 19 de janeiro de 2018
Ligações externas
editar- «Marcelino Mesquita (1856-1919): aspectos da sua vida e memória pública.» (PDF). Uma dissertação de mestrado na Universidade Aberta de 2009. Arquivo
- «Na oficina do dramaturgo: edição crítica de uma obra inédita de Marcelino Mesquita.» (PDF). Uma dissertação de mestrado na Universidade de Évora de 2007 2009.Arquivo