A morte na fogueira é um método de execução por combustão ou exposição ao calor extremo, que tem uma longa história como forma de pena capital. Várias sociedades utilizaram esse método para punir pessoas acusadas de crimes como traição, rebeliões de escravos, heresia, bruxaria, incêndios intencionais e fatores relacionados a sexualidade, como incesto ou homossexualidade. Os casos mais conhecidos de morte na fogueira são aqueles no qual o condenado é amarrado a uma estaca de madeira (em alguns casos chamado de Auto de fé) porém outras formas de pena de morte envolvendo a fogueira também são conhecidos, como colocar substâncias como metais fundidos em uma pessoa (em seus ouvidos ou sua garganta), ou aprisionando as pessoas e as colocando em aparelhos metálicos como o Touro de bronze.[1]

Joana D'Arc durante a sua execução na fogueira (1431)

Efeitos no organismo

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No processo de ser queimado até à morte, um corpo sofre queimaduras nos tecidos expostos, alterações no conteúdo e distribuição do fluido corporal, fixação do tecido, e encolhimento (especialmente da pele).[2] A retracção e contracção dos músculos pode provocar a flexão das articulações e fazer o corpo adoptar a "postura de pugilista", com os cotovelos e joelhos flexionados e os punhos cerrados.[3][4] A retracção da pele à volta do pescoço pode ser suficientemente severa para estrangular uma vítima.[5] As trocas de fluidos, especialmente no crânio e nos órgãos ocos do abdómen, podem causar pseudo-hemorragia sob a forma de hematomas térmicos. A matéria orgânica do corpo pode ser consumida como combustível. A causa de morte é frequentemente determinada pelas vias respiratórias; muitas vítimas morrem rapidamente por asfixia, pois os gases quentes danificam as vias respiratórias. Os que sobrevivem às queimaduras morrem frequentemente em poucos dias, à medida que os alvéolos pulmonares se enchem de líquido e a vítima morre de edema pulmonar.[carece de fontes?]

Ver também

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Referências

  1. Murphy. God's Jury: The Inquisition and the Making of the Modern World. [S.l.: s.n.] pp. 67–68 
  2. Bohnert, Michael (2004). «Morphological Findings in Burned Bodies». Totowa, NJ: Humana Press. Forensic Pathology Reviews (em inglês): 3–27. ISBN 978-1-59259-786-4. doi:10.1007/978-1-59259-786-4_1 
  3. Thompson, Tim. «What happens to human bodies when they are burned» (em inglês). FutureLearn. Consultado em 31 de dezembro de 2020 
  4. «Pugilistic attitude (posture)». www.interfire.org. Consultado em 31 de dezembro de 2020 
  5. Maxeiner, H. (1 de setembro de 1988). «Blutaustritte im Kopf- und Halsbereich beim Verbrennungstod». Zeitschrift für Rechtsmedizin (em alemão) (2): 61–80. ISSN 1437-1596. doi:10.1007/BF00200288. Consultado em 31 de dezembro de 2020 

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