Movimento antinuclear
Movimento antinuclear é um movimento social que opõe-se ao uso de tecnologias nucleares. Alguns grupos de ação direta, ambientalistas e organizações profissionais[1][2] identificaram-se com o movimento em nível local, nacional e internacional. Dentre os principais grupos antinucleares estão a Campanha Pelo Desarmamento Nuclear, Friends of the Earth, Greenpeace, Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear e a Nuclear Information and Resource Service. O objetivo inicial do movimento era o desarmamento nuclear, embora desde o final da década de 1960 também se oponha ao uso da energia nuclear. Vários grupos antinucleares opõe-se tanto ao uso da energia nuclear quanto ao uso de armas nucleares. A formação de Partidos Verdes nas décadas de 1970 e 1980 pode ser vista como um resultado das políticas antinucleares.[3]
Movimento antinuclear | |
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Características | |
Classificação | movimento social (movimento social) |
Usado por | anti-nuclear activist |
Commons | Anti-nuclear movement |
Localização | |
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Com as preocupações sobre as mudanças climáticas e os avanços em projetos de reatores nucleares, questões sobre a energia nuclear voltaram a ser discutidas em alguns países. Em 2011, o acidente nuclear de Fukushima I, no Japão, fez com que o movimento antinuclear ganhasse novas forças.[4] Em 2014, vários países como a Austrália, Áustria, Dinamarca, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Portugal, Israel, Malásia, Nova Zelândia e Noruega não possuíam nenhuma usina nuclear. A energia nuclear está sendo debatida ativamente na Austrália.[5][6] A Alemanha e Suíça estão abandonando a energia nuclear, embora suas políticas permaneçam controvesas.[7][8] Usinas de energia movidas a carvão respondem hoje por 50% da geração de eletricidade, acima dos 43% em 2010.[9] A Alemanha recentemente licenciou 26 novas usinas de energia movidas a carvão.[10][11] A revista The Economist afirma que mais usinas nucleares foram fechadas do que abertas nos últimos anos.[10]
A 5 de Março de 1951, Nikos Nikiforidis, de 22 anos, foi executado pelo governo grego porque estava a promover o Apelo Antinuclear de Estocolmo.[12]
Ver também
editarReferências
- ↑ Fox Butterfield. Professional Groups Flocking to Antinuclear Drive, The New York Times, March 27, 1982.
- ↑ William A. Gamson and Andre Modigliani. Media Coverage and Public Opinion on Nuclear Power Arquivado em 2012-03-24 na Archive.today, American Journal of Sociology, Vol. 95, No. 1, July 1989, p. 7.
- ↑ John Barry and E. Gene Frankland, International Encyclopedia of Environmental Politics, 2001, p. 24.
- ↑ «Japan crisis rouses anti-nuclear passions globally». Washington Post. 16 de março de 2011. Consultado em 22 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2012
- ↑ «Business groups want Government to 'get out of the way' of nuclear power»
- ↑ https://theconversation.com/nuclear-power-isnt-economically-feasible-in-australia-but-34958
- ↑ http://www.world-nuclear-news.org/NP-Swiss-want-say-on-nuclear-phase-out-2301144.html
- ↑ Duroyan Fertl (5 de junho de 2011). «Germany: Nuclear power to be phased out by 2022». Green Left
- ↑ http://www.world-nuclear.org/info/Country-Profiles/Countries-G-N/Germany/
- ↑ a b «Difference Engine: The nuke that might have been». The Economist. 11 de novembro de 2013
- ↑ James Kanter (25 de maio de 2011). «Switzerland Decides on Nuclear Phase-Out». New York Times
- ↑ «Executed for being an anti-nuclear activist» (em inglês). Beyond Nuclear International. 23 de junho de 2019