O Homem que Calculava
O Homem que calculava: aventuras de um singular calculista persa é um livro de Matemática recreativa e um romance infanto-juvenil do fictício escritor Malba Tahan (heterônimo do professor brasileiro Julio César de Mello e Souza), que narra as aventuras e proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir[1] na Bagdá do século XIII. Foi publicado pela primeira vez em 1938[2] e alcançou sua 100ª edição em 2021.
O Homem que Calculava | |||||||
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Capa da 1ª edição, de 1938 | |||||||
Autor(es) | Malba Tahan | ||||||
Idioma | Língua portuguesa | ||||||
País | Brasil | ||||||
Gênero | romance Matemática recreativa | ||||||
Editora | A.B.C do Rio de Janeiro (1ª Edição) Editora Record (atualmente) | ||||||
Lançamento | 1938 | ||||||
ISBN | 8501061964 | ||||||
Cronologia | |||||||
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A narrativa, dentro da paisagem do mundo islâmico medieval, trata das peripécias matemáticas do protagonista, que resolve e explica, de modo extraordinário, diversos problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática. Inclui, ainda, lendas e histórias pitorescas, como, por exemplo, a lenda da origem do jogo de xadrez e a história da filósofa e matemática Hipátia de Alexandria. Sem ser um livro didático, tem, contudo, uma forte tonalidade moralista. Por isso, o livro é indicado como um livro paradidático em vários países, tendo sido citado na Revista Book Report e em várias publicações do gênero.
A obra já foi traduzida para vários idiomas, entre eles espanhol, inglês, italiano, alemão, francês, holandês e árabe. Estima-se que tenha vendido mais de 2 milhões de exemplares somente no Brasil.[3]
Enredo
editarViajando de Samarra a Bagdá, Hank Tade-Maiá, o narrador da história, encontra Beremiz Samir, um singular personagem que se revela ser um fabuloso calculista da Pérsia. Eles decidem viajar juntos para Bagdá e ainda no trajeto Beremiz dá mostras de sua extraordinária habilidade com os cálculos.
Em Bagdá, Beremiz rapidamente torna-se famoso e muito requisitado tanto por pessoas comuns quanto por nobres, despertando a simpatia de uns e a inveja de outros. Emprega-se como secretário do Grão-vizir Ibrahim Maluf, enquanto que Tade-Maiá fica como escriba deste mesmo ministro. Beremiz aceita também a tarefa de ensinar a matemática à filha do poeta Iezid, travando conhecimento com Telassim, sua futura esposa. Até mesmo o califa ouve falar de Beremiz e concede-lhe uma audiência. O califa fica encantado com a argúcia do calculista, elogiando-o.
Para testar definitivamente a capacidade de Beremiz, o califa prepara, então, uma audiência onde o calculista seria interrogado por sete sábios. Tendo respondido brilhantemente todas as provas, Beremiz, como recompensa, pede em casamento a mão de Telassim, por quem havia se apaixonado. Beremiz casa-se com Telassim e, se convertido ambos ao cristianismo, tendo três filhos, mudam-se juntamente com o amigo Tade-Maiá para Constantinopla, no então Império Bizantino.
Personagens
editar- Hank Tade-Maiá: É o narrador-personagem que conta a história acompanhando Beremiz.
- Beremiz Samir: É o protagonista da história, um calculista persa conhecido em Bagdá como O Homem que Calculava.
- Ibrahim Maluf el Barad: Grão-vizir protetor de Beremiz.
- Telassim: Filha de 17 anos do poeta Iezid Abul-Hamid.
- Al-Motacém - O sumo califa Al-Musta'sim Billah (1242-1258 AD) de Bagdá.⠀
Recepção da crítica
editarMonteiro Lobato classificou este livro como: "… obra que ficará a salvo das vassouradas do tempo como a melhor expressão do binômio ‘ciência-imaginação.’"[4]
Prêmios
editarNotas
- ↑ Em edições mais antigas o nome do protagonista era escrito somente Beremiz.
- ↑ OLIVEIRA, Cristiane Coppe de. A sombra do arco-íris: um estudo histórico/mitocrítico do discurso pedagógico de julio cesar de mello e souza e mais conhecido como Malba Tahan. 2008. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22022008-114921/>. Acesso em: 2012-04-11. 171 p.; p. 125
- ↑ em.com.br/ O homem que calculava e as maravilhas da matemática
- ↑ "Carta de Monteiro Lobato". IN: Mil Histórias Sem Fim. 2º vol. 4º ed. Rio de Janeiro: Conquista, 1957. p. 223.
- ↑ Prêmio Concurso Literário 1929
- ↑ «museudavida.fiocruz.br/». Consultado em 25 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015