Paliçada
Em arquitetura militar, a paliçada é uma obra de defesa constituída por um conjunto de estacas de madeira fincadas verticalmente no terreno, ligadas entre si no formato de "X" de modo a formarem uma estrutura firme.[1] Em uma fortificação abaluartada, a paliçada surge normalmente implantada na banqueta do caminho coberto. Também são utilizadas como liças para torneios ou lutas.[2]
No Brasil
editarNa região do atual estado brasileiro do Acre, foram encontrados inúmeros geoglifos (estruturas feitas no solo) com idade variável de 1,5 mil a 2,5 mil anos atrás, que remetem às civilizações pré-colombianas.[3][4][5] Demonstrando o elevado conhecimento de técnicas de movimentação de terra e água.
As últimas escavações fizeram uma descoberta no município brasileiro de Xapuri: um buraco de esteio (com 25cm de diâmetro e 1,31m de profundidade) em boas condições foi localizado em um geoglifo de formato redondo, reforçando a tese de que os indígenas pré-colombianos teriam usado paliçadas para habitação e segurança.[6][7]
Referências
- ↑ Oliveira, Larissa Peres de (30 de novembro de 2022). «Caracterização e identificação de estilos arquitetônicos em cidades do estado do Paraná» (PDF). DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL / UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Consultado em 12 de dezembro de 2024. Resumo divulgativo
- ↑ Exército Português. «Infra-Estruturas: Apoio à Formação»
- ↑ «O misterioso geoglifo de 2 mil anos que deve se tornar patrimônio brasileiro». G1. 6 de novembro de 2018. Consultado em 12 de dezembro de 2024
- ↑ «Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». portal.iphan.gov.br. Consultado em 12 de dezembro de 2024
- ↑ Machado, Juliana Salles (agosto de 2009). «Arqueologia da Amazônia Ocidental: os geoglifos do Acre». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas: 321–324. ISSN 1981-8122. doi:10.1590/S1981-81222009000200008. Consultado em 12 de dezembro de 2024
- ↑ Schaan, Denise; Bueno, Miriam; Ranzi, Alceu; Barbosa, Antonia; Silva, Arlan; Casagrande, Edegar; Rodrigues, Allana; Dantas, Alessandra; Rampanelli, Ivandra (30 de junho de 2010). «Construindo paisagens como espaços sociais: o caso dos geoglifos do Acre». Revista de Arqueologia (1): 30–41. ISSN 1982-1999. doi:10.24885/sab.v23i1.286. Consultado em 12 de dezembro de 2024. Resumo divulgativo
- ↑ Trindade, Thiago Berlanga (6 de julho de 2015). «Geoglifos, zanjas ou earthworks? Levantamento geral dos sítios arqueológicos com estruturas de terra em vala no médio rio Guaporé (RO) e análise comparada com os demais sítios no Sudoeste da Bacia Amazônica.». MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Consultado em 12 de dezembro de 2024