Portela do Homem
Portela do Homem (em galego: Portela do Home) é um passo de montanha sobre a fronteira Espanha-Portugal, na serra do Gerês. Do lado português fica o concelho de Terras de Bouro e do lado espanhol o de Lobios. É também ponto limite do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Portela do Homem | |
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Altitude | 822 |
País | Portugal / Espanha |
Cordilheira | Serra do Gerês |
Localização | Entre Terras de Bouro (Portugal) e Lobios (Espanha) |
Coordenadas | |
Situa-se a 822 m de altitude,[1] numa garganta que desce para a Galiza. Este passo de montanha foi atravessado em 1384 pela hoste invasora de João I de Castela, obrigada a retroceder acossada pelos pastores e pelos frades guerrilheiros comandados pelo abade de Santa Maria do Bouro, e a 6 de junho de 1828 pelas tropas liberais sob o comando do futuro marquês de Sá da Bandeira após o fracasso da revolução liberal de 1828.[1]
Esta fronteira, para além de ser a única do distrito de Braga e do Baixo Minho, é a via de entrada entre a Galiza e o coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês, no concelho de Terras de Bouro. [2]
Há nessa portela marcos miliários da Via Nova, estrada romana que ligava Bracara Augusta a Astorga, e a 500 m a cascata São Miguel do rio Homem.
No documento 15 do Liber Fidei de 572[nota 1], a Portela do Homem aparece como uma referência para a delimitação da diocese de Braga.
- "Per flumina de Limia usque Limdoso ad illa Portella de Homine..." Pelo rio Lima até Lindoso, e da portela do Homem...[3]
Notas
editar- ↑ Temos uma outra versão sem divergências no Liber Fidei como o documento 552. Uma bula de Pascoal II (documento 554), datada de 1114, confirme os limites, no entanto os documentos 15 e 552 poderão ser apócrifos e datar do reinado de Afonso III (866 -910)
Referências
- ↑ a b serra-do.-geres.com. «Caldas do Gerês». Consultado em 17 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 28 de janeiro de 2012
- ↑ «Fronteiras»
- ↑ de Alarcão, Jorge (2015). «Os limites das dioceses suevas de Bracara e de Portucale.». Portvgalia, Nova Série. 36. Porto. pp. 35–48