A regra dos 107% é um regulamento esportivo que afeta as sessões de qualificação das corridas de Fórmula 1. Durante a primeira fase da qualificação, qualquer piloto que não efetue uma volta dentro de 107% do tempo mais rápido na primeira sessão de qualificação não poderá começar a corrida. A regra dos 107% foi introduzida para a temporada de 1996 e permaneceu em vigor até 2002. Foi reintroduzida para a temporada de 2011, com pequenas modificações devido ao formato de qualificação de eliminação.[1] Desde então, apenas a equipe Hispania ficou de fora do grid, no mesmo ano da reintrodução e em 2012.

História

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Antecedentes

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A FIA introduziu a regra dos 107% em uma reunião do Conselho Mundial realizada em junho de 1995, antes do GP da França, atendendo um pedido da Comissão da Fórmula 1.

Nos anos anteriores, o número máximo de pilotos no grid chegou a 26, garantindo a participação de todos os inscritos (independentemente do tempo feito no treino de classificação). Ainda em 1995, o regulamento permitia que escuderias pequenas (como Simtek, Pacific e Forti-Corse) disputassem o campeonato. Originalmente, a regra seria inaugurada no GP da Hungria, porém dependia da autorização de todas as equipes do grid - Forti e Pacific não aprovaram a introdução. Entretanto, a aprovação das demais escuderias garantiu que a regra estrearia em 1996.

1996: o primeiro ano da regra

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O GP da Austrália de 1996 foi o primeiro a ser disputado com a regra dos 107%. Pilotando apenas uma versão atualizada do Forti FG01, Luca Badoer e Andrea Montermini foram os primeiros pilotos que não superaram o limite. Além do GP da Austrália, a Forti-Corse não fez um tempo dentro dos 107% em outras 3 provas (Europa, Espanha e Grã-Bretanha). Outro piloto italiano, Giovanni Lavaggi, também não fez um tempo abaixo da regra nos GPs de Alemanha, Bélgica e Japão.

Em 1997, a MasterCard Lola, equipe estreante no grid, foi a única que não fez um tempo abaixo dos 107% em toda a temporada. Foi exatamente no único GP em que se inscreveu, em Melbourne. Ricardo Rosset e Vincenzo Sospiri não bateram o tempo-limite, ficando, respectivamente a 11.603 e a 12.717 segundos do tempo da pole-position, feito pelo canadense Jacques Villeneuve (1.29.369). Os pilotos da Arrows (Damon Hill e Pedro Paulo Diniz) também não foram bem, com o campeão de 1996 garantindo sua vaga nos últimos minutos e o brasileiro, embora não tivesse driblado a regra, foi liberado para correr devido aos tempos que fizera nos treinos livres.

Na temporada de 1998, o brasileiro Ricardo Rosset, da Tyrrell, foi o único piloto a ter ficado 4 vezes de fora do grid após não fazer um tempo dentro do limite de 107% (Espanha, Mônaco, Hungria e Japão).

Em 2 provas da temporada de 1999, cinco pilotos obtiveram tempo acima dos 107%: na Austrália, o novato Marc Gené (Minardi), e na França, além do espanhol, ficaram de fora: Damon Hill (Jordan), Luca Badoer (Minardi), Pedro de la Rosa e Toranosuke Takagi (Arrows). Porém, a direção de prova liberou a participação deles. Em 2000, nenhum carro ficou de fora do grid.

2001 e 2002, últimos anos da regra

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Na temporada 2001, a regra dos 107% voltaria a figurar depois de um ano. O piloto brasileiro Tarso Marques, que voltava à F-1 pela Minardi, onde competira em 1996 e 1997, ultrapassou o tempo-limite no GP da Austrália, mas foi liberado para participar da prova. Ele também não conseguiu tempo suficiente para largar no GP da Inglaterra, desta vez ficando de fora. Seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, e os pilotos da Arrows (Jos Verstappen e Enrique Bernoldi) tiveram permissão para disputar o GP da Bélgica, mesmo não tendo feito um tempo abaixo dos 107%.

2002 foi o último ano em que a regra foi usada até 2011. Takuma Sato (GP da Austrália), Alex Yoong (GPs de San Marino e Inglaterra), Heinz-Harald Frentzen e Enrique Bernoldi (GP da França) foram os pilotos que não fizeram tempo suficiente para largar. Ao contrário do malaio e da dupla da Arrows, o japonês, que fazia sua estreia na Fórmula 1 pela Jordan, foi autorizado a participar do GP australiano.

Referências

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