Síndrome de Reye é uma encefalopatia de rápida progressão.[2] Os sintomas mais comuns são vómitos, alterações de personalidade, confusão mental, crises epilépticas e perda de consciência.[1] Embora geralmente ocorra toxicidade hepática, na maior parte dos casos não ocorre icterícia.[2] Entre 20% e 40% das pessoas afetadas morre e cerca de um terço das que sobrevivem apresentam um grau significativo de lesões cerebrais.[2][3]

Síndrome de Reye
Síndrome de Reye
Imagem microscópica do fígado de uma criança que morreu em consequência de síndrome de Reye.
Especialidade Pediatria
Sintomas Vómitos, alterações de personalidade, confusão, crises epilépticas, perda de consciência[1]
Causas Desconhecidas[2]
Fatores de risco Uso de aspirina em crianças, infeções virais[2][1]
Tratamento Cuidados de apoio[1]
Medicação Manitol[2]
Prognóstico Incapacidade irreversível em 1/3 dos casos[2][3]
Frequência Menos de um milhão de crianças por ano[2]
Mortes Risco de morte: ~30%[2][3]
Classificação e recursos externos
CID-10 G93.7
CID-9 331.81
CID-11 649014905
DiseasesDB 11463
MedlinePlus 001565
eMedicine 803683
MeSH D012202
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Desconhecem-se as causas da doença.[2] É frequente ter início após a recuperação de uma infeção viral, como a gripe ou varicela.[1] Cerca de 90% dos casos em crianças estão associados com o uso de aspirina.[2] Os erros metabólicos hereditários são também um fator de risco.[3] O diagnóstico é complementado por análises ao sangue, cujas alterações incluem elevados níveis de amónia, baixos níveis de glicose e tempo de protrombina prolongado.[2] Em muitos casos, verifica-se aumento de volume do fígado.[2]

A prevenção geralmente consiste em evitar o uso de aspirina em crianças.[1] A interrupção do uso de aspirina em crianças demonstrou diminuir em mais 90% a incidência de síndrome de Reye.[2] Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor é o prognóstico.[1] O tratamento consiste em cuidados de apoio.[1] O edema cerebral pode ser tratado com manitol.[2]

A primeira descrição detalhada da síndrome de Reye foi feita em 1963 pelo patologista australiano Douglas Reye.[4] A doença afeta principalmente crianças.[2] Todos os anos, afeta menos de um milhão de crianças.[2] A síndrome de Reye levou a que a administração de aspirina não fosse recomendada em crianças, estando apenas recomendada para os casos de doença de Kawasaki.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h «NINDS Reye's Syndrome Information Page». NINDS. 25 de setembro de 2009. Consultado em 8 de agosto de 2016. Arquivado do original em 1 de agosto de 2016 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q Pugliese, A; Beltramo, T; Torre, D (outubro de 2008). «Reye's and Reye's-like syndromes.». Cell biochemistry and function. 26 (7): 741–6. PMID 18711704. doi:10.1002/cbf.1465 
  3. a b c d e Schrör, K (2007). «Aspirin and Reye syndrome: a review of the evidence.». Paediatric drugs. 9 (3): 195–204. PMID 17523700. doi:10.2165/00148581-200709030-00008 
  4. McMillan, Julia A.; Feigin, Ralph D.; DeAngelis, Catherine; Jones, M. Douglas (2006). Oski's Pediatrics: Principles & Practice (em inglês). Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. p. 2306. ISBN 9780781738941. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2016 
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