Vale de Aosta

região da Itália
Vale de Aosta
Nome oficiais
(it) Valle d'Aosta
(fr) Vallée d'Aoste
Nomes locais
(frp) Vâl d'Aoûta
(it) Valle d'Aosta
(fr) Vallée d'Aoste
Geografia
País
Parte de
Sede
Área
3 263,22 km2
Altitude
951 m
Geografia
geografia do Vale de Aosta (d)
Coordenadas
Demografia
População
125 666 hab. ()
Densidade
38,5 hab./km2 ()
Gentílico
valdostano
valdostana
valdostani
valdostane
Valdôtain
Valdôtaine
Valdôtains
Valdôtaines
Funcionamento
Estatuto
autonomous region with special statute (d)
Presidente
Erik Lavévaz (en) (de a )
Assembleia deliberante
Regional Council of the Aosta Valley (en)
Identidade
ISO 3166-2
IT-23
Língua oficiais
Brazão
coat of arms of Valle d'Aosta (d)
Identificadores
Código postal
11100
11010–11029
ISTAT
02
TGN
matrícula
AO
Websites
Distinção
Mapa

O Vale de Aosta (nomes oficiais em italiano, Valle d'Aosta, e em francês, Vallée d'Aoste) é uma região autônoma com estatuto especial situada no noroeste da Itália dividida em 74 comunas com cerca de 126 000 habitantes e 3 262 km², cuja capital é Aosta. É oficialmente bilíngue, adotando tanto a língua italiana como a francesa.

Tem limites ao norte com a Suíça (cantão de Valais), a oeste com a França (departamento de Alta Saboia e de Saboia na região Ródano-Alpes), ao sul e a leste com o Piemonte (província de Turim, província de Biella, província de Vercelli).

Administração

editar

Diferentemente das demais regiões italianas, o Vale de Aosta não é dividido em províncias. As funções provinciais são exercidas pelos órgãos regionais.

Principais municípios

editar

Os municípios mais populosos da região são:

Posição Município População
(hab)
Altitude
(m.s.l.m.)
Superfície
(km²)
Aosta 35 010 583 21,37
Saint-Vincent 4 846 575 20,81
Châtillon 4 831 549 39,77
Sarre 4 622 631 28
Pont-Saint-Martin 3 945 345 6,88
Quart 3 456 535 62

Turismo

editar
 
La Thuile, vila no Vale de Aosta
 
Casa típica valdostana em Crétaz, distrito de Valtournenche.
 
A Torre dos Senhores de Quart, em Aosta

Os principais serviços turísticos encontrados estão relacionados a esqui e alpinismo, como por exemplo o teleférico na comuna de Courmayeur, que leva a Aiquille do Midi, perto de Chamonix.

A economia está ligada ao turismo e à produção de gado e produtos lácteos, como o queijo Fontina, com o qual se faz um excelente fondue. Nas regiões laterais das montanhas, e nos locais mais amenos, produz-se também um excelente vinho.

Ao norte, mais além do passo de São Bernardo, que dá acesso à Suíça, há a rota do Valtournenche, que leva a Breuil-Cervinia, na base do monte Cervino. A cidade, tal como outras dedicadas ao esqui, descaracterizou-se por completo, transformando-se num amontoado de prédios destinados a acolher os que procuram a espetacular vista sobre as agulhas negras cobertas de neve resplandecente. Mais modesto e selvagem, e também menos procurado, é o Vale Ferret, perto de Courmayeur.

Pontos turísticos

editar

Geografia

editar

O Vale de Aosta é a menor região italiana e está localizado no meio dos Alpes, cercado por quatro das mais altas montanhas em toda a Itália e Europa (monte Branco, Cervino, monte Rosa e o Maciço do Grande Paraíso).

Os vales mais importantes são o Colle del Piccolo San Bernardo e o Colle del Gran San Bernardo, que é o mesmo nome do túnel da região.

A parte sul do território é ocupada pelo Parque Nacional Gran Paradiso, criado em 1922 para proteger determinadas espécies de flora e fauna em perigo de extinção como cabras, camurças, marmotas e arminho.

Os vales foram escavados por geleiras em movimento em uma época em que toda a região era coberta pelas mesmas. Atualmente, as geleiras ocupam apenas os picos mais altos.

O clima típico do Vale de Aosta é o inverno alpino e verão fresco. Somente o vale central, atravessado pelo rio Dora Baltea, é beneficiado com um clima mais ameno. Durante o inverno possui neve intensa, mas a precipitação é escassa no resto do ano. Para contornar a escassez de água nestes períodos, foram construídas — no início da Idade Média — grandes canais de irrigação chamados Rûs (pron. "rü", mesmo no plural). Estes que, até hoje, ainda são usados.

Todo o território é parte de uma cadeia de montanhas uniforme: devido a isto, sofre por causa de sua morfologia inteiramente montanhosa, com vales arborizados, útil para umidificar e refrescar o clima.

Os fatores morfológicos principais são de fato dois: a cordilheira que se espalha por toda a região e o grande número de geleiras e florestas que esfriam o clima.

Quando o inverno se forma em uma área de baixa pressão de Aosta, a área em torno de Courmayeur é atingida por um resfriamento, com chuvas e neve em altitudes mais baixas, que se estende até o vale, especialmente em algumas zonas do interior.

O verão é frio e com muito vento.

No interior o clima é mais rigoroso, com a média de temperatura muito baixa, especialmente em algumas regiões do noroeste do vale (média diária em janeiro de -11,9 °C em Courmayeur, -12,9 °C Breuil-Cervinia, -10,9 °C em Aosta). A mínima média destas localidades estão entre -10 e -12 °C e as temperaturas sazonais esperadas durante o inverno são em torno de -15 °C, embora temperaturas noturnas podem chegar bem abaixo desse valor durante os períodos mais intensos de geada. Os dias de verão são muito frescos, e as médias diárias durante o período de verão são influenciadas pelas geleiras e dos ventos térmicos e da temperaturas da noite fria.

História

editar
 Ver artigo principal: História do Vale de Aosta

Existem marcas de presença humana que datam de 3 000 a.C. Na Antiguidade, o Vale de Aosta foi habitado por lígures e celtas.

No século I a.C., o vale atraiu os romanos por sua localização estratégica entre a Gália e a Germânia. Após vencerem os salassos locais, os romanos fundaram Augusta Pretória (atual Aosta). Na cidade de Aosta, foi encontrada a maior quantidade de artefatos romanos depois de Roma e Pompeia, o que lhe rendeu o título de "Roma dos Alpes".

Depois de lutas e ataques insistentes ao longo de séculos por parte de diversos povos, dos ostrogodos aos bizantinos, finalmente, foram os francos que se instalaram no vale em 575, o que explica a influência gaulesa predominante na região. A partir do século XI, destacou-se a casa de Saboia, que tomou posse política e administrativa até a Revolução Francesa.

No século XV, Aosta tornou-se um ducado com governo e assembleia próprias. Em 1800, Napoleão Bonaparte atravessou o colo do Grande São Bernardo com seu exército e, com a constituição do Reino de Itália em 1860, a autonomia foi sendo várias vezes proposta. Em 1927, a província de Vale de Aosta foi estabelecida como centro da área de Turim e Ivrea. Em 1948, o Vale de Aosta adquiriu o estatuto de Região Autônoma.

Com mais de cem castelos, a região tornou-se um ponto turístico muito visitado. Os principais castelos são: Castelo de Issogne, fortaleza de Bard, o castelo de Verrès, o castelo de Fénis, a fortaleza de Aymavilles e o castelo de Sarre.

Localizado no cruzamento das forças armadas e grandes rotas comerciais entre a França, Suíça e Itália, o Vale de Aosta conserva vestígios de seu passado, tais como, na cidade de Aosta:

  • A área megalítica de Saint-Martin-de-Corléans;
  • O arco de triunfo de Augusto;
  • As portas romanas;
  • As cintas muralhas e as torres;
  • O teatro romano, com capacidade de 4.000 espectadores.

Ver também

editar

Referências

Ligações externas

editar
  NODES
admin 3
todo 1