Vicus (plural: vici) designava, na Roma Antiga, uma unidade territorial menor, dentro do pagus, embora nem todos os pagi se dividissem em vici.[1]

Os seus nomes são muitas vezes pré-romanos, evidenciando possíveis reminiscências da primitiva organização autóctone, podendo corresponder a um bairro de uma cidade, como acontece em Córdova, ou a uma aldeia fora dela. Os vici de tipo aldeão são frequentes no Norte Peninsular e no território da antiga Lusitânia, com alusões a grupos étnicos locais, como é o caso do vicus Spacorum, na Galiza, ou os vários vici, ou unidades suprafamiliares, cujos nomes em genitivo de plural individualizavam a origem pessoal dessas povoações no território dessas comunidades, como acontece com Vanidia, na Tarraconense.[1]

Após Júlio César e Augusto, com a exploração agrícola do território, muitos vici foram elevados ao estatuto municipal. Estes vici, disseminados pelo territorium, constituíam-se como entidade intermédia entre as cidades e as villae, sendo a sua concentração maior em áreas de bosques e pastos.[1]

Referências

  1. a b c Mário Luís Soares Fortes, A xestión da auga na paisaxe romana do occidente peninsular, Universidade de Santiago de Compostela, 2009, pp. 360-361
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