Alraune (mandrágora em alemão) é uma personagem feminina lendária, retratada em filmes do expressionismo alemão.

Raízes de mandrágora em De Materia Medica (século VII).

A base para a história de Alraune data da Idade Média alemã. A raiz da mandrágora (Mandragora officinarum), que possui um formato vagamente humanóide, era creditada pelos alquimistas como sendo produzida pela ação sobre a terra do esperma de enforcados, que ejaculavam ao terem seus pescoços quebrados.[1] A própria raiz era utilizada em filtros e poções de amor, enquanto que seus frutos supostamente facilitavam a gravidez. De bruxas que faziam sexo com a raiz de mandrágora, dizia-se serem capaz de gerar prole, todavia, sem sentimentos, capacidade de amar ou alma.

Ficção

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O escritor alemão Hanns Heinz Ewers publicou um romance intitulado Alraune em 1911. O romance diverge do mito concentrando-se nas questões de inseminação artificial e individualidade: genética versus ambiente. Um cientista, o Professor Jakob ten Brinken, interessado nas leis da hereditariedade, fecunda uma prostituta em laboratório com o sêmen de um enforcado. A prostituta concebe uma criança que não possui o conceito de amor, a qual o professor ado(p)ta. A garota Alraune sofre com obsessões sexuais e relacionamentos pervertidos por toda sua vida. Ao descobrir sua origem artificial, ela se vinga do cientista, seu "pai".

O romance era muito popular durante os primeiros anos da II Guerra Mundial: soldados alemães foram capturados com cópias dele. Foram feitos alguns filmes baseados na lenda e no romance Alraune.

Ver também

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Referências

  1. BORRELLLI, P. Alquimia, Satanismo, Cagliostro, p.54-5. Hemus. ISBN ISBN 8528901866
  • EWERS, Hanns Heinz. Alraune, die Geschichte eines lebenden Wesens. Munique: Georg Müller, 1911. ISBN 3-928234-09-9
  • RAYNE, Sarah. Roots Of Evil. Simon & Schuster, Limited, 2006. ISBN 0-7434-8965-9

Ligações externas

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