As Flores do Mal

colecção de poemas de Charles Baudelaire
 Nota: Se procura por outras acepções, veja Les Fleurs du mal (desambiguação).

As Flores do Mal (título original em francês: Les Fleurs du mal) é um livro escrito pelo poeta francês Charles Baudelaire, considerado um marco da poesia moderna e simbolista. As Flores do Mal reúnem, de modo exemplar, uma série de motivos da obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio. Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa.» «Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.

Les Fleurs du mal
As Flores do Mal
Primeira edição de Les fleurs du mal com anotações do autor
Autor(es) Charles Baudelaire
Idioma Francês
País  França
Gênero Poesia
Lançamento 25 de Junho de 1857
Spleen et Idéal, 1907, por Carlos Schwabe

Visão geral

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Em 1857, no dia 25 de Junho, são publicadas As Flores do Mal. O livro foi logo violentamente atacado pelo Le Figaro e recolhido poucos dias depois sob acusação de insulto aos bons costumes. Baudelaire foi condenado a uma multa de 300 francos (reduzida depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e, mais grave, seis poemas tiveram de ser suprimidos da publicação, condição sem a qual a obra não poderia voltar a circular. Em 1860 sai a segunda edição de As Flores do Mal. Foi organizada em cinco secções segregadas tematicamente:

  • Spleen et Idéal (Tédio e Ideal)
  • Tableux parisien (Quadros Parisienses)
  • Le Vin (O Vinho)
  • Les Fleurs du Mal (As Flores do Mal)
  • Révolte (Revolta)
  • La Mort (A Morte)

Observação: A obra "As Flores do Mal" foi dividida em seis grupos de poemas, depois foi adicionado mais um grupo de poemas. Esses seis grupos de poemas irão ser chamados de ciclos. O conhecimento dessa informação é importante, pois é no grupo dos "Quadros Parasienses" que Baudelaire vai tratar da cidade e das multidões.

O grupo acrescentado foi: Tableux parisien (Quadros Parisienses).

Baudelaire dedicou a obra ao poeta Théophile Gautier, descrevendo-o como um mágico perfeito das letras franceseas (parfait magicien des lettres françaises).[1]

Spleen e Ideal (Spleen et idéal)

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A primeira parte do livro abrange os 85 primeiros poemas, desde (Bénédiction) até (L'horloge). O título do poema (L'horloge), pertence à obra Espanha de Gautier, e está amplamente imitada por Baudelaire. O grupo apresenta diversas formas de salvação e liberdade: a beleza, a arte, a poesia, a morte e o amor e erotismo, onde se reconhecem poemas dedicados a inúmeras amantes ao decorrer do tempo. Tendo sido verificado o fracasso dessas formas ideais, o Spleen inicia-se com o tédio perante o tempo e sua repetição.

Quadros Parisienses (Tableaux parisiens)

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Abarca o poema Paysage até Le crépuscule du matin. Na edição de 1857, esta parte do livro não constituía um capítulo separado, mas sim uma parte de "Spleen e Ideal", mas através da cidade de Paris.

Referências

  1. Baudelaire, les Fleurs du Mal, Le Livre de poche, page 345.

Ligações externas

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