Bastete
Bastet (em egípcio: bstt;[1] em copta: Ⲟⲩⲃⲁⲥⲧⲉ; romaniz.: Oubaste)[2] ou Bast,[3] na mitologia egípcia, foi uma deusa felina, cultuada desde ao menos a II dinastia (ca. 2 890 a.C.).[4] É considerada filha do deus Rá, e uma versão mais “dócil” da deusa Sekhmet, que seria sua irmã.
Bastet
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Nascimento | Adorada em Bubástis | |||
Parentesco | Rá | |||
Cônjuge | Ptá | |||
Filho(a)(s) | Mihos |
Nome
editarNos primeiros hieróglifos egípcios, o seu nome parece ter sido bꜣstt. Na escrita egípcia, o segundo -t marca uma desinência feminina, mas normalmente não era pronunciado, e o álefe ꜣ pode ter se movido para uma posição antes da sílaba acentuada, ꜣbst. No primeiro milênio, então, bꜣstt teria sido algo como *Ubaste (<*Ubastat) na língua egípcia, mais tarde se tornando o copta Oubaste.[5]
Culto a Bastet
editarO culto a Bastet e a Sekhmet foi muito popular no Antigo Egito, o que levou à proliferação de cemitérios de múmias votivas de felinos, com destaque para as cidades de Bubástis, Saqqara, Tebas, Dendera e Abidos.[6] Além disso, também eram usados nos rituais devocionais amuletos e estátuas votivas de gatos, que funcionavam como intermediários entre os humanos e os deuses[7].
As múmias votivas eram feitas sob encomendas nos templos e santuários devotos aos deuses felinos. Havia uma fazenda de animais e uma necrópole de animais próximo aos templos para este fim. Assim, os gatos eram mortos, geralmente pela quebra do pescoço ou por estrangulamento[6], secos e enfaixados. Estes corpos dissecados eram depositados em esquifes e em imagens de bronze.
O grande número de devotos durante toda a história egípcia levou a produção de milhares de múmias, que hoje em dia podem ser encontradas em diversos acervos e museus ao redor do mundo, como na Casa Museu Eva Klabin.
Obras
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Cabeça de gato da deusa Bastet na Casa Museu Eva Klabin.
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Gato da deusa Bastet (amuleto) na Casa Museu Eva Klabin.
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Gato da deusa Bastet na Casa Museu Eva Klabin.
Referências
- ↑ Manuelian 2015, p. 34.
- ↑ Dicionário Copta.
- ↑ Quirke 2014, p. 259.
- ↑ Wilkinson 2003, p. 178.
- ↑ Velde 1999, p. 165.
- ↑ a b BRANCAGLION JR., Antonio (2001). Tempo, matéria e permanência: o Egito na Coleção Eva Klabin Rapaport. Rio de Janeiro: Casa da Palavra. p. 127
- ↑ ARROYO, Victoria (2021). «O USO DE AMULETOS COMO PRÁTICA DA RELIGIOSIDADE NO EGITO DO REINO NOVO (1550-1070 A.C)» (PDF). Mare Nostrum. 12 (1): 28
Bibliografia
editar- «ⲟⲩⲃⲁⲥⲧⲉ». Dicionário Copta
- Manuelian, Peter Der; Schneider, Thomas (2015). Towards a New History for the Egyptian Old Kingdom: Perspectives on the Pyramid Age. Leida e Nova Iorque: Brill
- Quirke, Stephen (2014). Exploring Religion in Ancient Egypt. Hoboken, Nova Jérsei: John Wiley & Sons. ISBN 9781118610527
- Velde, Herman te (1999). «Bastet». In: Toorn, Karel van der; Becking, Bob; Horst, Pieter W. van der. Dictionary of Demons and Deities in the Bible. Leida: Brill Academic. ISBN 90-04-11119-0
- Wilkinson, Toby (2003). «Bastet». The Complete Gods and Goddesses of Ancient Egypt. Londres: Thames and Hudson
- Brancaglion Jr., Antonio (2001). Tempo, Matérias e Permanência O Egito na Coleção Eva Klabin Rapaport. Rio de Janeiro: Casa da Palavra