Batalha da Grécia

Invasão da Grécia pela Itália fascista e Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial

A Batalha da Grécia (chamada Operação Marita, em alemão: Unternehmen Marita)[1] é o nome comum utilizado para a invasão por parte da Alemanha Nazista e da Itália Fascista contra a Grécia, apoiada pelas forças Aliadas, em abril de 1941, no contexto da Segunda Guerra Mundial.[2]

Batalha da Grécia
Campanha dos Balcãs, Segunda Guerra Mundial
Data 6 de abril1 de junho de 1941
Local Grécia
Desfecho Vitória do Eixo
Beligerantes
Eixo:
Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Itália
Aliados:
Reino da Grécia
 Reino Unido
 Austrália
 Nova Zelândia
Comandantes
Alemanha Nazista Wilhelm List
Alemanha Nazista Maximilian von Weichs
Ugo Cavallero
Aléxandros Papagós
Reino Unido Henry Maitland Wilson
Austrália Thomas Blamey
Nova Zelândia Bernard Freyberg
Forças
Alemanha:
  • 680 000 homens
  • 1 200 tanques
  • 700 aeronaves

Itália:

  • 565 000 homens
  • 463 aeronaves
  • 163 tanques


Total: 1 245 000 soldados
Grécia:
  • 430 000 homens

Império Britânico:

  • 62 612 homens
  • 100 tanques
  • 200–300 aeronaves
Baixas
Alemanha:
  • 1 099 mortos, 3 752 feridos e 385 desaparecidos

Itália:

  • 13 755 mortos, 63 142 feridos e 25 067 desaparecidos
Grécia:
  • 13 408 mortos, 42 485 feridos e 1 290 desaparecidos
    270 000 capturados

Império Britânico:

  • 903 mortos, 1 250 feridos e 13 958 capturados
Mapa da invasão da Grécia, em 1941.

Em outubro de 1940, foi iniciada a Guerra Greco-Italiana, com os gregos repelindo o ataque inicial dos italianos e partindo então para o contra-ataque em março de 1941. Adolf Hitler, que naquele momento estava preocupado com o planejamento da invasão da União Soviética, se viu obrigado a intervir e ajudar Mussolini antes que a situação ficasse ruim demais para ele, garantindo, ao mesmo tempo, seu flanco sul. A invasão alemã em larga escala começou em abril, com a chamada Operação Marita, enquanto o exército grego estava ocupado na fronteira com a Albânia (na época, um protetorado italiano). Tropas alemãs invadiram a partir da Bulgária, abrindo uma segunda frente. Os gregos receberam apoio e reforços, ainda que limitados, do Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. Atacados por dois lados, pelos italianos e alemães, as forças gregas se viram em grande desvantagem, em termos de números e recursos. A chamada Linha Metaxas, no norte do país, não conseguiu cumprir seu papel de defender a fronteira búlgara e logo sucumbiu aos ataques alemães, que então se moveram para flanquear as defesas gregas na fronteira albanesa, forçando-os a se render. As forças britânicas, australianas e neozelandesas foram superadas e tiveram de recuar, sendo eventualmente forçadas a evacuar. Por vários dias, os Aliados conseguiram deter os alemães na região de Termópilas, dando tempo para a marinha britânica organizar uma retirada da Grécia. O exército alemão chegou em Atenas a 27 de abril e ao sul da Grécia em 30 de abril, capturando 7 000 britânicos, australianos e neozelandeses e encerrando a invasão com uma batalha decisiva. A 1 de junho, toda a Grécia continental já havia sido ocupada, com a conquista completa do território grego vindo com a queda de Creta, um mês depois. Tropas alemãs, italianas e búlgaras passaram a ocupar a Grécia, negando aos Aliados uma importante base no Mediterrâneo.[3]

Adolf Hitler mais tarde culparia o fracasso da invasão da União Soviética no malsucedido ataque de Mussolini contra a Grécia.[4] A teoria é de que a invasão grega atrasou os planos alemães para o ataque contra os Soviéticos, distraindo os nazistas dos seus objetivos. Contudo, a maioria dos historiadores rejeitam esta conclusão, afirmando que Hitler queria culpar seus aliados italianos por seus próprios erros e fracassos.[5] Ainda assim, a Batalha da Grécia teve consequências sérias para o esforço de guerra do Eixo na Campanha Norte-Africana. Para Enno von Rintelen, o attaché militar alemão em Roma, do ponto de vista militar dos alemães, o maior erro estratégico não foi a luta na Grécia, mas sim a não tomada de Malta, que continuou a ser um importuno para as forças alemãs na África e no Mediterrâneo.[6]

Referências

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  3. Dear & Foot 1995, pp. 102–6.
  4. Kershaw 2007, p. 178.
  5. Hillgruber 1993, p. 506.
  6. von Rintelen 1951, pp. 90, 92–3, 98–9.

Bibliografia

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