Uma crise epilética é um breve episódio de sinais e sintomas devidos à atividade neuronal síncrona anormal ou excessiva no cérebro.[2] As manifestações clínicas variam significativamente, desde perda de consciência muito breve e quase imperceptível (crise tipo ausência) até espasmos incontroláveis (crise tónico-clónica generalizada). As doenças do cérebro que se caracterizam por uma predisposição continuada para gerar crises epiléticas são denominadas epilepsia.[2][3] Uma crise epilética é uma emergência médica que necessita da atenção de pessoal médico, principalmente em doentes sem antecedentes ou sem um plano para controlar as crises.[4]

Crise epilética
Crise epiléptica
Sinónimos Ataque epilético
Especialidade Neurologia
Condições semelhantes Síncope, crise psicogénica não epilética, tremores[1]
Classificação e recursos externos
CID-11 1397288146
DiseasesDB 19011
MedlinePlus 003200
eMedicine 1184846, 1609294
MeSH D012640
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

As crises epiléticas podem também ocorrer em pessoas sem epilepsia devido a várias causas, como traumatismo cerebral, consumo de drogas, temperatura corporal elevada, hipoglicemia e hipoxia. Existem uma série de condições cujas manifestações se assemelham a crises epiléticas, como síncope, Crise psicogénica não epilética, tremores.[1]

Uma primeira crise epilética geralmente não requer tratamento de longa duração com anticonvulsivos, a não ser que exista um problema específico detectado num eletroencefalograma ou exames imagiológicos ao cérebro.[5]

A epilepsia afeta 1% da população mundial.[6] Cerca de 80% das pessoas com epilepsia vive em países em vias de desenvolvimento.[6] Entre 5 e 10% das pessoas que vivem até aos 80 anos de idade já vivenciaram pelo menos uma crise epilética,[5] sendo a probabilidade de vivenciar uma segunda crise de 40 a 50%.[7] Cerca de 50% das pessoas com uma aparente primeira crise tiveram anteriormente outros episódios menores de crises, pelo que são diagnosticadas com epilepsia.[8]

Referências

  1. a b Misulis, Karl E.; Murray, E. Lee (2017). Essentials of Hospital Neurology (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. p. Chapter 19. ISBN 9780190259433. Cópia arquivada em 15 de outubro de 2017 
  2. a b Fisher R, van Emde Boas W, Blume W, Elger C, Genton P, Lee P, Engel J (2005). «Epileptic seizures and epilepsy: definitions proposed by the International League Against Epilepsy (ILAE) and the International Bureau for Epilepsy (IBE)». Epilepsia. 46 (4): 470–2. PMID 15816939. doi:10.1111/j.0013-9580.2005.66104.x [ligação inativa]
  3. Fisher RS, Acevedo C, Arzimanoglou A, Bogacz A, Cross JH, Elger CE, Engel J, Forsgren L, French JA, Glynn M, Hesdorffer DC, Lee BI, Mathern GW, Moshé SL, Perucca E, Scheffer IE, Tomson T, Watanabe M, Wiebe S (abril de 2014). «ILAE Official Report: A practical clinical definition of epilepsy.». Epilepsia. 55 (4): 475–82. PMID 24730690. doi:10.1111/epi.12550 
  4. «What Is A Seizure Emergency». epilepsy.com. Consultado em 8 de maio de 2018 
  5. a b Wilden, JA; Cohen-Gadol, AA (15 de agosto de 2012). «Evaluation of first nonfebrile seizures.». American Family Physician. 86 (4): 334–40. PMID 22963022 
  6. a b «Epilepsy». Fact Sheets. Organização Mundial de Saúde. Outubro de 2012. Consultado em 24 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 11 de março de 2016 
  7. Berg, AT (2008). «Risk of recurrence after a first unprovoked seizure». Epilepsia. 49 Suppl 1: 13–8. PMID 18184149. doi:10.1111/j.1528-1167.2008.01444.x 
  8. Angus-Leppan H (2014). «First seizures in adults». BMJ. 348: g2470. PMID 24736280. doi:10.1136/bmj.g2470 
  NODES
Done 1