Cunilíngua

prática sexual

Cunilíngua (cunnilingus), é um ato de sexo oral realizado numa vagina, ele envolve o uso da boca, lábios e língua de um(a) parceiro(a) sexual para estimular o clítoris ou outras partes da vulva ou vagina. O clitóris é o órgão sexual principal responsável pelo prazer em mulheres. A pessoa pode receber tal ato como parte das preliminares para produzir excitação sexual, mas o clitóris, sendo o órgão responsável pelo prazer, deve ser estimulado para tal durante todo o ato sexual. A estimulação clitoriana pode resultar em um ou mais orgasmos.[1]

Mulheres praticando cunilíngua

Embora a pessoa que recebe a cunilíngua deve ser do sexo feminino (podendo, é claro, ser de qualquer gênero), seu parceiro sexual pode ser de qualquer sexo/gênero. O sexo oral quando o parceiro que recebe é do sexo masculino é chamado de felação. Leis de algumas jurisdições consideram cunilíngua como sexo com penetração para fins de ofensas sexuais, mas nenhuma lei proíbe a prática em si, como no caso de sexo anal ou sexo extraconjugal.

Etimologia

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A palavra cunilíngua é derivada da junção dos termos latinos cunna (vagina) e lingus (língua).

Prática

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Anatomia da vulva.

Não necessita de lubrificação vaginal para ser praticado, pois a saliva servirá como lubrificante. O clitóris é, sem dúvida, a parte mais sensível de todo o corpo feminino, e é nele que a cunilíngua tem seu foco, com movimentos constantes e com pouca pressão, por se tratar de um órgão delicado. Os movimentos executados na cunilíngua podem ser qualquer um, seja a estimulação apenas com a ponta da língua, com a língua inteira (como lambendo um sorvete), com os lábios, delicadamente chupando e/ou beijando o clitóris, e em alguns casos, passando os dentes levemente. Após a estimulação constante, se obtém gozo, que em alguns casos, pode vir acompanhado de ejaculação feminina.

Significado cultural, espiritual e religiosa

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Taoísmo

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Apesar de não ser falado abertamente, até recentemente, na sociedade ocidental, no Taoísmo a cunilíngua recebe um lugar de honra. Isto porque o objetivo do Taoísmo é conseguir a imortalidade ou, pelo menos, a longevidade. No taoísmo se acredita que devido a perda do sémen, secreção vaginal ou de quaisquer outros líquidos corporais há a correspondente perda da vitalidade. Por outro lado, através da retenção do sémen ou da ingestão das secreções da vagina você pode conservar e aumentar seu ch'i, ou respiração vital original.

Posições

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Pintura de Édouard-Henri Avril.

Existem diversas posições onde é possível a prática da cunilíngua:

  • Deitada: Nessa posição, uma das pessoas ficará deitada de costas para a cama com as pernas levemente dobradas e abertas confortavelmente. O parceiro deitará entre suas pernas podendo passar ou não seus braços por debaixo das pernas dela (como um abraço).
  • Na borda da cama, ficando o parceiro ajoelhado no chão com a cabeça entre as suas pernas.
 
ilustração de Édouard-Henri Avril's
  • Na posição vulgarmente designada como 69: um dos parceiros fica deitado de costas para a cama e o(a) outro(a) fica em cima com a cabeça voltada para os pés do(a) parceiro(a). Essa costuma ser a posição favorita da maioria das pessoas que podem, assim, dar e receber sexo oral ao mesmo tempo.
  • Agachada: posição em que a pessoa que recebe a cunilíngua tem maior controle, ainda que possa ser pouco confortável para ela. O parceiro que faz o cunnilingus fica deitado de costas para a cama, e ela agacha-se, com a cabeça do parceiro entre as pernas.

Doenças Sexualmente Transmissíveis

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Clamídia, Papilomavirus (HPV), gonorreia, herpes, hepatite, uretrite e outras doenças sexualmente transmissíveis - incluindo HIV - podem ser transmitidas através do sexo oral. Qualquer tipo de contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada com HIV consiste em risco de infecção. De qualquer maneira, o risco de infecção por HIV durante a prática do sexo oral costuma ser considerado mais baixo do que em outras práticas sexuais, como sexo anal e vaginal. Para contrair qualquer uma destas doenças um dos parceiros tem de ser portador do vírus. [2]

Ver também

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Referências

  1. Hite, Shere (2003). The Hite Report: A Nationwide Study of Female Sexuality (em inglês). Nova Iorque, NI: Seven Stories Press. 512 páginas. ISBN 978-1-58322-569-1. Consultado em 26 de julho de 2013 
  2. «Formas de Contágio». Consultado em 7 de julho de 2010. Arquivado do original em 6 de julho de 2010 
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