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Anethum graveolens, também conhecido por endro (do latim "*anēthulum", diminutivo de anethum)[1] ou aneto,[2] é uma planta anual da família das Apiáceas (a que pertencem também a salsa e a cenoura), originária da região situada entre o Cáucaso e o Crescente Fértil. É a única espécie no género Anethum. Usada tradicionalmente no Médio Oriente e na Europa de Leste, foi introduzida na Escandinávia e na Europa ocidental, principalmente como erva aromática, sendo utilizadas tanto as folhas como as sementes.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaEndro

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Apiaceae
Género: Anethum
Espécie: A. graveolens
Nome binomial
Anethum graveolens
L.

Para além de ser empregado na culinária, o endro era usado como planta medicinal pelos iranianos, egípcios e gregos, na Antiguidade. Também teve significado religioso, sendo utilizado pelos antigos hebreus para pagar o dízimo. Era chamado de “erva-de-deus” pelos arménios.[4]

Sinônimos

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A espécie Anethum graveolens possui oito sinônimos reconhecidos atualmente.[5]

  • Anethum arvense Salisb.
  • Angelica graveolens (L.) Steud.
  • Ferula graveolens (L.) Spreng.
  • Peucedanum graveolens (L.) C.B.Clarke
  • Peucedanum graveolens (L.) Hiern
  • Peucedanum sowa (Roxb. ex Fleming) Kurz
  • Selinum anethum Roth
  • Selinum graveolens (L.) Vest

Características

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Endro
Valor nutricional por 100 g (3,53 oz)
Energia 180 kJ (40 kcal)
Carboidratos
Carboidratos totais 7 g
 • Fibra dietética 2.1 g
Gorduras
Gorduras totais 1.1 g
Proteínas
Proteínas totais 3.5 g
Vitaminas
Vitamina A 7717 (154%) UI
Tiamina (vit. B1) 0.1 mg (9%)
Riboflavina (vit. B2) 0.3 mg (25%)
Niacina (vit. B3) 1.6 mg (11%)
Ácido pantotênico (B5) 0.4 mg (8%)
Vitamina B6 0.2 mg (15%)
Ácido fólico (vit. B9) 150 µg (38%)
Vitamina B12 0 µg (0%)
Vitamina C 85 mg (102%)
Minerais
Cálcio 208 mg (21%)
Ferro 6.6 mg (51%)
Magnésio 55 mg (15%)
Manganês 1.3 mg (62%)
Fósforo 66 mg (9%)
Potássio 738 mg (16%)
Sódio 61 mg (4%)
Zinco 0.9 mg (9%)
Copper 0.14 mg (7%)
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos.
Fonte: USDA Nutrient Database
 

O endro é uma planta herbácea anual, aromática, de caules ocos, que mede 30 a 45 cm de altura mas, excepcionalmente, pode atingir mais de um metro, principalmente se se deixar florescer. As folhas são formadas por um grande número de filamentos, como se fossem penas de aves; o conjunto dos caules e folhas tem cor verde-azulada. Por vezes, confunde-se com o funcho ou erva-doce (não confundir com anis, embora as três espécies sejam aparentadas), mas normalmente tem tamanhos menores, além de possuir uma raiz aprumada, enquanto o funcho a tem fasciculada e com a base dos caules na forma dum pseudobolbo [6]

As flores, pequenas e amarelas, nascem em grandes umbelas (donde o antigo nome vulgar da família, as “umbelíferas”). Os frutos formam-se em grupos de dois aquénios unidos, cada um com cinco nervuras, duas das quais mais largas que as restantes, dando ao fruto uma forma achatada.[4]

Culinária

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Na Escandinávia, o endro fresco é extensivamente utilizado para temperar e marinar vários peixes e mariscos (por exemplo, arenque e salmão, principalmente na forma de gravad lax), assim como em vários molhos. Na Europa Oriental, o endro é usado para temperar saladas, principalmente à base de couve, sendo também usual no borsch. É ainda adicionado, fresco ou seco, a conservas de fermentação láctica (em salmoura, e não em vinagre), nomeadamente de pepino, couve, tomate e melancia. Também melhora os molhos à base de nata azeda ou iogurte. Por essa razão, várias sopas frias, como tarator da Bulgária e okroshka da Rússia são tradicionalmente temperadas com essa erva. Na Grécia, temperam-se as dolma com endro e, na Turquia e no Irão, é usado em guisados de favas, lentilhas, arroz e outros pratos. Mas a forma pela qual o endro é mais conhecido no Ocidente é nos picles de pepino, chamados por isso dill pickles. As sementes, que têm um vago odor a anis, são utilizadas tanto nas marinadas, conservas e vinagre, como no fabrico de pão e bolos. Na Índia, existe uma variedade que é cultivada para aproveitar as sementes, que são utilizadas em misturas de caril e masala.[3]

Para além desses usos tradicionais, o endro pode ainda ser usado para aromatizar queijos, molhos, manteiga, grelhados, risotos, saladas, em especial a salada de batata, e patês.[4]

Princípios ativos e uso medicinal

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Como qualquer erva aromática, o endro tem propriedades digestivas, sendo tradicionalmente usado especificamente para combater as cólicas e a hiperacidez.[4]

Referências

Ligações externas

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