Gaio-comum

espécie de ave

O gaio-comum (Garrulus glandarius) é uma ave da família Corvidae.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGaio-comum
Gaio-comum
Gaio-comum

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Género: Garrulus
Espécie: G. glandarius
Nome binomial
Garrulus glandarius
(Lineu, 1758)
Distribuição geográfica

Sub-espécies
Ver texto.

Características

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É uma grande ave dos bosques, com cauda comprida, asas arredondadas e plumagem muito característica. Tem um comprimento de 33 a 36 cm (envergadura de 54 a 58 cm)[2] e um peso de 140 a 190 g. Tem uma coroa malhada de preto e branco, um bigode preto, dorso e ventre castanho rosado. As asas e a cauda são pretas, com o uropígio e parte interna das asas brancas, ambos muito visíveis em vôo. Apresenta uma mancha azul iridescente, com riscas finas pretas e brancas, nas grandes coberturas primárias, muito característica.[2]

  • Longevidade: 18 anos

Em cativeiro, se bem tratado, pode chegar aos 21, 22 e até aos 23 anos, mas, como acontece com maior parte da aves de Portugal é protegida, e por isso não pode ser capturada, a não ser para usos científicos. Este animal encontra-ser principalmente em florestas folhosas e de bastante mato, onde se possam esconder e reproduzir sem serem incomodados pelos predadores.

Distribuição

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O gaio-comum pode ser encontrado numa vasta área que vai desde a Europa Ocidental até ao noroeste africano, passando por toda a Ásia continental e sudoeste asiático.[1] Nas zonas mais frias (Suécia, Noruega e Polónia), as populações de gaios-comuns, migram no Outono para regiões mais a sul onde os Invernos são menos rigorosos.

Habitat

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Os gaios-comuns não se sentem à vontade em terrenos abertos. Vivem geralmente em matas de folha caduca, de coníferas e mistas ou bosques pouco desenvolvidos, mas podem inclusive viver em parques e jardins de pequenas e grandes cidades.[2]

Reprodução

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Garrulus glandarius MHNT

Os gaios-comuns são geralmente sedentários e solitários, à excepção do período de acasalamento, em que vivem temporariamente em grupo. O ninho é construído pelo casal, em fins de Abril ou princípios de Maio, geralmente em árvores, arbustos, árvores ocas ou caixotes-ninho que, em princípio, estariam destinados à coruja-do-mato.

O ninho encontra-se em geral a uma altura inferior a 5 metros e é constituído por palhas, pequenos ramos e raízes. A postura é de 3 a 6 ovos e o casal reveza-se no choco que dura 16-19 dias. As crias são alimentadas por ambos os pais e geralmente estão completamente cobertas de penas entre os 21 e os 23 dias de idade.

Alimentação

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O seu regime alimentar é omnívoro, comendo praticamente de tudo, variando consoante a estação do ano e a disponibilidade de alimento.[2] Quando há bolotas em abundância, fazem uma reserva para o Inverno, escolhendo-as rigorosamente em função da sua maturidade, do seu tamanho, e da sua qualidade, evitando em particular as que estejam bichadas. As bolotas são enterradas no chão com o bico, e posteriormente tapadas. Também pode fazer reservas em fendas de rochas, buracos de árvores e outras cavidades, reservas essas que podem conter vários quilogramas de bolotas. Aquelas que eles não conseguem voltar a encontrar, germinam muitas vezes no ano seguinte, ajudando assim à disseminação das árvores das quais provêm. Estima-se que cada gaio possa dispersar um milhar de bolotas por ano.

Para além das bolotas, alimentam-se também de frutos de faias e de bagas de diferentes espécies. Na Primavera e Verão alimentam-se principalmente de insectos, atacando também ninhos de onde retiram os ovos ou os filhotes. Fazem ainda parte da sua alimentação lagartos, rãs, ratos e musaranhos.

Inteligência

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O gaio é, hoje, considerado um dos pássaros mais inteligentes do Mundo, sendo que de acordo com vários cientistas, que realizaram inúmeros testes, descobriram que facilmente podem ser domesticados e que podem integrar no seu dia a dia hábitos muito curiosos e interessantes. O seu canto é muito peculiar e ao mesmo tempo bastante parecido com o da pega-rabuda, um pássaro também da familia Corvidae. O gaio é bastante apreciado pelos observadores da avifauna pois possui um padrão raro e que mais nenhum Corvidae tem.

Subespécies

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  • G. glandarius glandarius
  • G. glandarius brandtii
  • G. glandarius rufitergum
  • G. glandarius hibernicus
  • G. glandarius lusitanicus
  • G. glandarius fasciatus
  • G. glandarius corsicanus
  • G. glandarius ichnusae
  • G. glandarius albipectus
  • G. glandarius jordansi
  • G. glandarius graecus
  • G. glandarius cretorum
  • G. glandarius ferdinandi
  • G. glandarius brandtii
  • G. glandarius bambergi
  • G. glandarius kansuensis
  • G. glandarius krynicki
  • G. glandarius iphigenia
  • G. glandarius anatoliae
  • G. glandarius samios
  • G. glandarius atricapillus
  • G. glandarius cervicalis
  • G. glandarius whitakeri
  • G. glandarius minor
  • G. glandarius glaszneri
  • G. glandarius hyrcanus
  • G. glandarius japonicus
  • G. glandarius bispecularis
  • G. glandarius sinensis
  • G. glandarius leucotis

Galeria

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Referências

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  1. a b c BirdLife International (2017). Garrulus glandarius (em inglês). IUCN 2017. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2017​: e.T103723684A118779004. doi:10.2305/IUCN.UK.2017-3.RLTS.T103723684A118779004.en Página visitada em 28 de outubro de 2021.
  2. a b c d Svensson, Lars (2003). Guia de aves : guia de campo das aves de Portugal e Europa. P. J. Grant, Killian Mullarney, Dan Zetterström. Lisboa: Assírio & Alvim. OCLC 237001987 

Ligações externas

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