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As Graças ou Cárites (translit. no singular Kháris, em grego clássico: Χάρις; no plural Khárites, Χάριτες, em latim Gratiae, 'Graças'), na mitologia grega, são as deusas do banquete, da concórdia, do encanto, da gratidão, da prosperidade familiar e da sorte, ou seja, das graças. Eram normalmente consideradas filhas de Zeus com Eurínome. Porém, outras versões do mito as colocam como filhas de Zeus com Eunômia, filhas de Dioniso, de Hera, e até do deus-sol, Hélio.[1]

Graças
Graças
As Três Graças
Afresco antigo de Pompéia.
Deusas da Concórdia
Deusas dos Banquetes
Deusas da Prosperidade
As Deusas Afortunadas
Morada floresta
Cônjuges Hefesto e Hipnos
Pais Zeus e Eurínome, ou filhas de Eunômia, Dioniso, Hélio ou Hera
Romano equivalente Abundância e Fortuna

Homero escreveu que elas faziam parte da comitiva de Afrodite, acompanhando a deusa a todos os lugares.[2] Dotadas de beleza e virtudes, também acompanhavam Hera, e eram dançarinas das festas no monte Olimpo. Também eram identificadas com as primitivas musas, em virtude de sua predileção pelas danças corais e pela música. Ao que parece, seu culto se iniciou na Beócia, onde eram consideradas deusas da vegetação.[1]

Íbico descreve as graças como "brilhantes".[3] Hesíodo as descreve como de "bochechas rosadas".[4]

O nome de cada uma delas varia nas diferentes lendas. Na Ilíada de Homero aparece uma só Cárite, Aglaia. Apesar das variações regionais, o trio mais frequente é:

  • Tália (Θαλία ou Θάλεια) - a que faz brotar flores.
  • Eufrosina (Εὐφροσύνη) - o sentido da alegria; esposa de Hipnos.
  • Aglaia (Ἀγλαία) - a claridade; esposa de Hefesto.

Embora pouco relevantes na mitologia greco-romana, a partir do Renascimento as graças se tornaram símbolo da idílica harmonia do mundo clássico. Nas primeiras representações plásticas, elas apareciam vestidas. Mais tarde, contudo, foram representadas como jovens desnudas, de mãos dadas. Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico da época helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres como A primavera, de Sandro Botticelli (1445–1510), e As três Graças, de Peter Paul Rubens (1577–1640). As graças foram muito representadas por artistas famosos depois do Renascimento, normalmente, como três jovens nuas, dançando.

Referências

  1. a b «Graças Teogenia» 
  2. Ilíada, (Homero)
  3. Naucratis.), Athenaeus (of (2006). The Learned Banqueters: Books 12-13.594b (em inglês). [S.l.]: Harvard University Press 
  4. Bauks, Michaela; Galor, Katharina; Hartenstein, Judith (11 de março de 2019). Gender and Social Norms in Ancient Israel, Early Judaism and Early Christianity: Texts and Material Culture (em inglês). [S.l.]: Vandenhoeck & Ruprecht 

Ligações externas

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Referências

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