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Guigó, japuçá,[2] saá, uaiapuçá, uapuçá, sauá, boca-d'água, zogó, zogue-zogue[3][4] ou calicebo[5] (Callicebus) é um gênero de primatas da subfamília Callicebinae, da família dos piteciídeos (Pitheciidae). Possuem costeletas, laterais do pescoço, garganta, face interior dos membros e partes inferiores do corpo uniformemente avermelhadas, contrastando com a coloração marrom-amarelado aguti do dorso, partes externas do tronco, base da cauda e coroa. Fronte em forma de coroa com coloração marrom-avermelhado aguti, bordeada por vibrissas superciliares pretas.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGuigó[1]
Callicebus brunneus
Callicebus brunneus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Platyrrhini
Família: Pitheciidae
Subfamília: Callicebinae
Pocock, 1925
Género: Callicebus
Thomas, 1903
Espécie-tipo
Simia personatus
É. Geoffroy, 1812
Distribuição geográfica

Espécies
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Tais primatas chegam a medir até 60 cm de comprimento, cauda longa, pelagem longa, macia e de coloração avermelhada, amarelada ou preta. Também são conhecidos pelos nomes de guigó, sauá, titi ou zogue-zogue.[4][6]

Eles vivem no biomas sul-americanos da floresta Amazônica e na Mata Atlântica, nos estados brasileiros de Rondônia, Amazonas, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas também na Colômbia, Peru e norte do Paraguai.

Taxonomia e evolução

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O número de espécies conhecidas do gênero tem aumentado nos últimos anos, com quatro, C. stephennashi, C. bernhardi, C. caquetensis, e C. aureipalatii, sendo descritas na bacia amazônica desde 2000. Ademais, a mais recente revisão usa o conceito filogenético de espécie (desse modo, não reconhecendo subespécies) em detrimento do conceito tradicional de espécie.[7] A classificação apresentada aqui, é portanto, muito diferente da usada vinte anos atrás.[7] Em 2016, Byrne e colaboradores propuseram a divisão do gênero Callicebus em três gêneros, com Plecturocebus e Cheracebus sendo utilizados para as espécies amazônicas e do chaco e pantanal.[8] No entanto, taxonomistas e mastozoólogos sugeriram utilizar Plecturocebus e Cheracebus como subgênero de Callicebus.[9][10][11] Os autores citados alegam que a categoria de subgênero evita uma mudança no binômio e ainda transmite a informação que os três clados de sauás e guigós são monofiléticos e proximamente relacionados.

 
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Espécies

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Referências

  1. Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 141–146. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. «Japuçá». Dicio 
  3. «Sauá». Michaelis. Consultado em 17 de julho de 2021 
  4. a b «Nova espécie de macaco zogue-zogue é descoberta na Amazônia colombiana - Notícias - Ciência». Ciência 
  5. «Calicebo». Michaelis. Consultado em 17 de julho de 2021 
  6. «Macaco que ronrona é uma das novas espécies descobertas na Amazônia». Terra 
  7. a b van Roosmalen, M.G.M.; van Roosmalen, T.; Mittermeier, R. (2002). «A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903, with the description of two new species, Callicebus bernhardi and Callicebus stephennashi, from Brazilian Amazonia» (PDF). Neotropical Primates. 10 (Suppl.): 1-52 
  8. Byrne, Hazel; Rylands, Anthony B.; Carneiro, Jeferson C.; Alfaro, Jessica W. Lynch; Bertuol, Fabricio; da Silva, Maria N. F.; Messias, Mariluce; Groves, Colin P.; Mittermeier, Russell A. (1 de março de 2016). «Phylogenetic relationships of the New World titi monkeys (Callicebus): first appraisal of taxonomy based on molecular evidence». Frontiers in Zoology (1). 10 páginas. ISSN 1742-9994. PMC 4774130 . PMID 26937245. doi:10.1186/s12983-016-0142-4. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  9. Teta, Pablo (1 de maio de 2019). «The usage of subgenera in mammalian taxonomy». Mammalia (em inglês) (3): 209–211. ISSN 1864-1547. doi:10.1515/mammalia-2018-0059. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  10. Serrano-Villavicencio, José Eduardo; Vendramel, Rafaela Lumi; Siniciato Terra Garbino, Guilherme (1 de janeiro de 2017). «Species, subspecies, or color morphs? Reconsidering the taxonomy of Callicebus Thomas, 1903 in the Purus–Madeira interfluvium». Primates (em inglês) (1): 159–167. ISSN 1610-7365. doi:10.1007/s10329-016-0555-x. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  11. «Mamíferos do Brasil – SBMZ». Consultado em 5 de setembro de 2021 
  12. Gualda-Barros, J.; Nascimento, F. O.; Amaral, M. K. (2012). «A new species of Callicebus Thomas, 1903 (Primates, Pitheciidae) from the states of Mato Grosso and Pará, Brazil» (PDF). Papéis Avulsos de Zoologia. 52 (23): 261–279 
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