A Horda Nogai foi uma horda tártara que controlou a região dos Montes Cáucaso, após os ataques mongóis, e se desenvolveu como uma síntese entre túrquicos quipchacos e mongóis que os conquistaram. Seus descendentes hoje são conhecidos como Nogais. Nomeados em homenagem a Nogai Cã (morto em 1299) e estabelecidos por Edigu Mangit (morto em 1419) por volta de 1396, seus domínios se estendiam da margem oriental do Volga, a oeste, ao Irtysh, a leste, e do Mar Cáspio ao Mar de Aral, ao sul, abrangendo terras dos atuais Cazaquistão, Rússia e Uzbequistão. Sua capital era a cidade de Saray-Jük, localizada na embocadura do rio Yayik (Ural), que era a fronteira leste de seu território, separando-os dos cazaques e quirguizes.

Em 1557, o nogai Nur-al-Din Qazi Mirza brigou com Ismael Beg e fundou a Horda Nogai Menor nas estepes do norte do Cáucaso. Os nogays ao norte do Cáspio passaram a ser chamados de Grande Horda Nogai. No início do século 17, a Horda se fragmentou ainda mais sob o ataque dos Kalmyks.[1]

O principal elemento étnico do canato era constituído pelos grupos quipchacos, assim como nos Canatos da Crimeia, Astrakhan e Sibéria. Entre estas tribos, os Mangit (supostamente uma tribo mongol que se tornou turca) tinha um status privilegiado.

Após os canatos de Kazan e Astrakhan serem anexados pela Rússia entre 1552 a 1557, o Canato Nogai foi dividido em algumas entidades separadas. Aquelas ao norte do Cáucaso foram chamados de "Küçük Orda" (Pequena Horda), e aqueles situados na região do Lago Emba foram chamados de "Altiul Ordasi". Aqueles que continuaram sob o domínio de Ismail Khan foram reunidos sob o nome de Grande Horda Nogai, e reconheceram o domínio de Ivã o Terrível (1555-1557). Em 1580, Saray-Jük foi destruída por cossacos não-controlados pelo governo russo.

Depois, os Nogais foram transferidos para o Daguestão. No século XVII, os calmucos se estabeleceram nas antigas terras Nogais, e esta área é hoje em dia conhecida como Calmúquia.

Lista de governantes

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Referências

  1. Khodarkovsky - Russia's Steppe Frontier p. 11
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