Lonchorhina fernandezi
Lonchorhina fernandezi é uma espécie de morcego da família Phyllostomidae [1]. É a menor do gênero Lonchorhina .[2] É endêmico na Venezuela . Em 2013, Bat Conservation International listou esta espécie como uma das 35 de sua lista mundial de prioridade de conservação.[3] Está ameaçado pela perda de habitat . Seu nome científico deriva do sobrenome de um zoólogo venezuelano, Dr. Alberto Fernandez Badillo, cuja pesquisa se concentrou majoritariamente em morcegos.[4]
Lonchorhina fernandezi | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Em perigo | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Descrição
editarPesam 9–10 kg .[5] Além de ser o menor dos morcegos com nariz em espada, também tem a folha nasal menos complexa.[6] Seus crânios contém 17.5–17.7 mm (0.69–0.70 in).[7] Seu pelo é marrom escuro, com 6 mm de comprimento.[8] Suas orelhas medem 18–22 mm. Três indivíduos descritos tinham albinismo parcial.
Biologia e ecologia
editarComo apenas machos foram descritos, pouco se sabe sobre sua reprodução. No entanto, morcegos jovens foram observados em fevereiro, o que sugere que as fêmeas dão à luz em dezembro. Possivelmente formam haréns durante a época de reprodução. Os machos habitam em colônias que variam em tamanho ao longo do ano, de 1 – 130 indivíduos. Os machos também compartilham cavernas com outras espécies de morcegos. Em fevereiro, março e agosto, morcegos Peropteryx macrotis foram observados empoleirando-se com esta espécie, já em novembro, foram os Pteronotus parnelli. A morfologia de suas asas sugere que são capazes de um vôo direto e rápido. Besouros e mariposas compõem grande parte de sua dieta, com base na análise do conteúdo estomacal. Como muitos morcegos, esta espécie é hospedeira de ectoparasitas, incluindo moscas e ácaros .[8]
Distribuição
editarO morcego apenas é conhecido em dois estados da Venezuela: Amazonas e Bolívar .[2] Esta área, os Llanos, é caracterizada por savana aberta com afloramentos rochosos de granito.[8] Por todos os espécimes encontrados serem machos, sugere-se que as fêmeas utilizam habitats diferentes. O local onde foram encontrados está se degradando rapidamente devido a pecuária .
Conservação
editarAlém das ameaças de destruição de habitat pela pecuária, esta espécie também corre o risco do controle do morcego vampiro . Os humanos tentam exterminar os morcegos vampiros explodindo suas cavernas com dinamite, gaseando cavernas com gás cianeto ou revestindo-as com um anticoagulante tóxico .[9] Tais métodos são freqüentemente usados indiscriminadamente pois os habitantes locais podem não saber como distinguir os morcegos vampiros de outros, ou podem erroneamente acreditar que todos os morcegos são hematófagos .[10] Técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária da Venezuela quase exterminaram intencionalmente o L. fernadezi no passado, quando aplicaram veneno em todas as espécies de morcegos capturados em um esforço equivocado para controlar morcegos vampiros.[11] Para conservar a espécie, a União Internacional para a Conservação da Natureza propõe que suas cavernas recebam proteção legal, o que evitaria o extermínio por controle equivocado de morcegos vampiros. Eles também sugerem a cessação da expansão da pecuária em sua distribuição conhecida São atualmente listados como em perigo porque se pensa que há menos de 250 indivíduos maduros restantes.
Referências
- ↑ «lonchorhina fernandezi». gbif.org
- ↑ a b Gardner, A. L. (Ed.). (2008). Mammals of South America, volume 1: marsupials, xenarthrans, shrews, and bats. University of Chicago Press.
- ↑ «Annual Report 2013-2014» (PDF). batcon.org. Bat Conservation International. Agosto 2014. Consultado em 1 de maio de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 7 de julho de 2017
- ↑ Beolens, B.; Watkins, M.; Grayson, M. (2009). The Eponym Dictionary of Mammals. [S.l.]: JHU Press
- ↑ Ochoa-G, J. y Lew, D. (2015). Murciélago narigudo menor, Lonchorhina fernandezi. En: J.P. Rodríguez, A. García-Rawlins y F. Rojas-Suárez (eds.) Libro Rojo de la Fauna Venezolana. Cuarta edición. Provita y Fundación Empresas Polar, Caracas, Venezuela.
- ↑ Mantilla-Meluk, Hugo; Montenegro, Olga (2016). «Nueva especie de Lonchorhina (Chiroptera: Phyllostomidae) de Chiribiquete, Guayana colombiana». Revista Biodiversidad Neotropical. 6. 171 páginas. doi:10.18636/bioneotropical.v6i2.576
- ↑ Lassieur, Susanne; Wilson, Don E. (1989). «Lonchorhina aurita». Mammalian Species: 1–4. JSTOR 3504274. doi:10.2307/3504274
- ↑ a b c Ochoa, G. J.; Sanchez, J. H. (1988). «Nuevos registros de Lonchorhina fernandezi (Chiroptera: Phyllostomidae) para Venezuela, con algunas anotaciones sobre su biología». Memorias de la Sociedad de Ciencias Naturales "La Salle". 48: 133–154
- ↑ Johnson, Nicholas; Aréchiga-Ceballos, Nidia; Aguilar-Setien, Alvaro (2014). «Vampire Bat Rabies: Ecology, Epidemiology and Control». Viruses. 6: 1911–1928. PMC 4036541 . PMID 24784570. doi:10.3390/v6051911
- ↑ Reid, J. Leighton (2016). «Knowledge and Experience Predict Indiscriminate Bat-Killing Intentions among Costa Rican Men». Biotropica. 48: 394–404. doi:10.1111/btp.12279
- ↑ Jason, Madeon K. «Venezuela's Bats: A CASE FOR CONSERVATION». BATS Magazine. Bat Conservation International