Lycophytina é um clade de plantas pertencentes ao grupo das plantas vasculares (Tracheophyta) geralmente considerado ao nível taxonómico de subdivisão (subfilo),[1] mas frequentemente considerado simplesmente como um clade sem ordenação taxonómica, o clade das licofitinas (inglês: lycophytes).[2] Quando considerado ao nível de divisão recebe o nome de Lycophyta.[3] O grupo, cujo registo fóssil é conhecido desde o período Devónico, agrupa cerca de 1000 espécies extantes, na sua maioria com distribuição natural nas regiões tropicais húmidas, embora a sua distribuição se estenda desde o árctico às zonas tropicais.[4][5]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLycophytina
licofitinas, licófitas
Lycopodiella cernua, uma licofitina.
Lycopodiella cernua, uma licofitina.
Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: Embryophyta
Clado: Polysporangiophyta
Clado: Tracheophyta
Clado: Lycophytina
Divisões
Sinónimos

Descrição

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As cerca de 1000 espécies extantes deste grupo são plantas herbáceas, já que todos os géneros que incluíam árvores pequenas e de médio porte se extinguiram há cerca de 248 milhões de anos atrás, apesar das licofitinas arbóreas terem sido plantas dominantes na formação das jazidas de carvão do Carbonífero.[4] Os géneros extantes mais conhecidos são Selaginella e Lycopodium.

Os membros deste grupo apresentam características primitivas, nomeadamente ramificação dicotómica e micrófilos uninérveos dispostos em espiral. A maioria das espécies apresentam o tronco muito ramificado inteiramente recoberto por micrófilos.[4]

A reprodução é por esporos cuja fecundação está dependente da presença de água em estado líquido que permita a natação dos gâmetas masculinos biflagelados. Os estróbilos são sempre terminais, constituídos por esporófilos localizados na extremidade dos ramos que sustentam os esporângios. O embrião, que se desenvolve no interior do arquegónio, apresenta por por vezes um longo período de latência antes de se autonomizar.

A maior parte dos géneros segue um ciclo de vida dominado por um gametófito monóico, originado por isosporia, que nalguns casos necessita de 6-15 anos para produzir gametângios viáveis.[4] O género Selaginella apresenta um ciclo de vida diferente, com heterosporia e formação de macrogametófitos e microgametófitos.

Referências

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  1. Alan R. Smith; Kathleen M. Pryer; Eric Schuettpelz; Petra Korall; Harald Schneider & Paul G. Wolf (2006), «A classification for extant ferns» (PDF), Taxon, 55 (3): 705–731, doi:10.2307/25065646, arquivado do original (PDF) em 26 de fevereiro de 2008 
  2. Kenrick, P. (2000), «The relationships of vascular plants», Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, 355 (1398): 847–855, PMC 1692788 , PMID 10905613 
  3. Monterrosa, J. & Monro, A.K. (2008), «An Annotated Checklist of the Monilophytes (Ferns) and Lycophytes of El Salvador» (PDF), Fern Gazette, 18 (4): 120–215, consultado em 27 de novembro de 2016 
  4. a b c d Simbiotica.org: Subfilo Lycophytina.
  5. EOL - Encyclopedia of Life: Lycophytina.

Ligações externas

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