Margarida de Parma
Margarida de Parma (em neerlandês: Margaretha, em italiano: Margherita; Oudenaarde, 5 de julho de 1522 – Ortona, 18 de janeiro de 1586) foi filha ilegítima de Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.
Margarida de Parma | |
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Margarida de Parma, por António Mouro, c. 1562 | |
Duquesa Consorte de Florença | |
Reinado | 18 de janeiro de 1536 – 6 de janeiro de 1537 |
Sucessor(a) | Leonor de Toledo |
Duquesa Consorte de Parma | |
Reinado | 10 de setembro de 1547 – 18 de janeiro de 1586 |
Predecessor(a) | Jerónima Orsini |
Sucessor(a) | Margarida Aldobrandini |
Duquesa Consorte de Placência | |
Reinado | 1556 – 18 de janeiro de 1586 |
Nascimento | 5 de julho de 1522 |
Oudenaarde, Flandres Oriental, Bélgica | |
Morte | 18 de janeiro de 1586 (63 anos) |
Ortona, Abruzos, Itália | |
Cônjuge | Alexandre de Médici, Duque de Florença Octávio Farnésio, Duque de Parma e Placência |
Descendência | Carlos Farnésio Alexandre, duque de Parma e Placência |
Casa | Habsburgo (por nascimento) Médici (por casamento) Farnésio (por casamento) |
Pai | Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico |
Mãe | Johanna van der Gheynst |
Pelo seu primeiro casamento foi Duquesa Consorte de Florença e pelo seu segundo casamento foi Duquesa Consorte de Parma e Placência. Foi regente dos Países Baixos de 1559 a 1567.[1]
Biografia
editarMargarida nasceu de uma relação entre Carlos V e uma mulher flamenga de Oudenarde, Johanna Maria van der Gheynst, uma serva de Carlos I de Lalaing, antes do seu casamento com a princesa Isabel de Portugal. Apesar da origem ilegítima, Margarida recebeu uma educação real no Palácio em Bruxelas, tutelada pela tias Margarida de Áustria, Duquesa de Saboia e Maria de Habsburgo.
Com apenas sete anos, foi acordado o seu casamento com Alexandre de Médici, Duque de Florença. A união nunca foi consumada devido ao assassinato do noivo em 1537. Em 1538, casou com Octávio Farnésio, Duque de Parma, neto do papa Paulo III. O casamento resultou em dois filhos gémeos: um morreu novo, o outro foi Alexandre Farnésio, Duque de Parma (1545-1592).
Em 1559, o meio-irmão Filipe II de Espanha nomeou-a regente dos Países Baixos, com sede em Bruxelas. Margarida foi uma governante competente, mas as suas políticas, nomeadamente a instituição da Inquisição na zona, tornaram-na muito impopular. O descontentamento virou rebelião, financiada por Guilherme I, Príncipe de Orange, e a situação piorou bastante nos últimos anos do governo de Margarida.
Em 1567, Filipe II substituiu Margarida por Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel, Duque de Alba, um general mais capacitado para lidar com os rebeldes. Em vez de melhorar, a chegada de Alba só piorou as relações de Espanha com os locais e a guerra dos oitenta anos estalou no ano seguinte.
Após o período de regência, Margarida se retirou para a Itália, onde morreu em 1586.
Descendência
editarDe seu segundo casamento teve um par de gêmeos:
- Carlos Farnésio (27 de agosto de 1545 – setembro de 1545);
- Alexandre Farnésio de Parma e Placência (27 de agosto de 1545 – 3 de dezembro de 1592), foi primeiro marido da infanta Maria de Portugal, Duquesa de Parma e Placência, com quem teve filhos, e depois de Catherine de Ruquoi, e teve uma filha.
Referências
- ↑ «Margaretha van Parma (1522-1586)». Historici.nl. Consultado em 17 de novembro de 2013
Precedido por Gerolama Orsini |
Duquesa Consorte de Parma 10 de setembro de 1547 – 18 de janeiro de 1586 |
Sucedido por Margarida Aldobrandini |
Precedido por Emanuel Felisberto, Duque de Saboia |
Governadora dos Países Baixos 1559 - 1567 |
Sucedido por Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel |