Palinologia é a parte da botânica que estuda os grãos de pólen, esporos e outras estruturas com parede orgânica ácido-resistente, conjuntamente chamados palinomorfos. Sua maior área de atuação é o estudo da constituição, estrutura e dispersão do pólen e esporos, incluindo os exemplares atuais (recentes) e fossilizados. Os microfósseis orgânicos, também denominados de palinomorfos, incluem esporomorfos, cistos de dinoflagelados, ovos de copépodes, cutículas vegetais, matéria orgânica amorfa, etc.

Um esporângio siluriano tardio contendo esporos de trilete. Tais esporos são a evidência mais antiga da vida na terra.[1] Verde: um esporo tétrade. Azul: Um esporo com uma marca de trilete - a cicatriz em forma de Y. Os esporos têm cerca de 30 a 35 μm de diâmetro.

Os grãos de pólen constituem a parede do micrósporo das plantas, mais o gametófito nela contido.

Os grãos de pólen são facilmente preserváveis em ambientes com pouca oxigenação. Por serem muito resistentes, eles mantêm as suas características externas (estrutura da exina) durante o processo de fossilização. Por essa razão, o seu estudo permite resolver muitos problemas que o estudo dos fósseis de plantas não resolve. A resistência dessas estruturas deve-se graças à deposição em sua parede externa (exina) de esporopolenina, um polímero orgânico bastante resistente.

A palinologia, enquanto estudo dos grãos de pólen, tem contribuído com diversas áreas do conhecimento, a saber: caracterização da origem botânica e geográfica de produtos das abelhas (mel, pólen, própolis etc.), melissopalinologia ou melitopalinologia; alergias (polinoses)causadas pela concentração de pólen na atmosfera (aeropalinologia, iatropalinologia); reconstituição de floras pretéritas (paleoecologia, paleopalinologia); prospecção petrolífera (bioestratigrafia); determinação de rotas migratórias humanas e de outros animais (arqueopalinologia, copropalinologia); resolução de crimes (palinologia forense); dentre outras.

Ver também

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Referências

  1. Gray, J.; Chaloner, W. G.; Westoll, T. S. (1985). «The Microfossil Record of Early Land Plants: Advances in Understanding of Early Terrestrialization, 1970–1984». Philosophical Transactions of the Royal Society B. 309 (1138): 167–195. Bibcode:1985RSPTB.309..167G. JSTOR 2396358. doi:10.1098/rstb.1985.0077 

Ligações externas

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