Pavilhão Carlos Lopes
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Arquiteto | |
Estatuto patrimonial |
Incluído em sítio classificado (d) |
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O Pavilhão Carlos Lopes fica situado no Parque Eduardo VII freguesia de Avenidas Novas, em Lisboa.
História
editarO edifício, idealizado pelos arquitectos Guilherme e Carlos Rebello de Andrade e Alfredo Assunção Santos, foi primeiramente construído no Brasil em 1922 para a Grande Exposição Internacional do Rio de Janeiro.
Mais tarde seria reconstruído em Lisboa, e chamado Palácio das Exposições. A sua abertura deu-se em 3 de Outubro de 1932 com a Grande Exposição Industrial Portuguesa.
Foi adaptado para receber eventos desportivos em 1946, tendo-se lá disputado o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins em 1947.
Em 1984, muda o nome em homenagem ao atleta português Carlos Lopes.
Foi encerrado em 2003 por falta de condições. Reabriu em 18 de fevereiro de 2017, depois de profundas obras de remodelação.
A partir de 18 de fevereiro de 2017, o pavilhão acolhe uma exposição temporária sobre o turismo em Lisboa nos últimos 20 anos e, no torreão norte, uma exposição permanente sobre Carlos Lopes com mais de 300 peças, entre troféus e equipamentos.
Características
editarA fachada principal apresenta painéis de azulejos, em azul e branco, produzidos pela Fábrica de Sacavém, em 1922, representando cenas da História de Portugal com temas dedicados a Sagres, à Batalha de Ourique, à Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota e ao Cruzeiro do Sul.
As esculturas 'Arte' e 'Ciência', localizadas na parte da frente do edifício, são peças executadas pelo escultor Raúl Xavier.
Projetos de reabilitação
editarApós ter sido encerrado em 2003, até reabrir em 2017 surgiram vários projetos de reabilitação.
Em 2008 - Museu Nacional do Desporto
editarEm 2008 foi decidido transformar o edifício no Museu Nacional do Desporto.
O museu deveria ter auditórios, cafetaria, restaurante, loja, desportódromo, exposições e cinco núcleos temáticos: corpo, actividade física, desporto, mudança e património.
Estava previsto que as obras de adaptação seriam adjudicadas em 2009 sendo suportada pelo Instituto do Desporto e receitas do Casino de Lisboa. Deveria abrir em 2011.
O município chegou a receber três milhões de euros do Casino de Lisboa — como contrapartida para a licença do jogo — para aplicar na recuperação.
Em 2012
editarEm 2012, a câmara de Lisboa lançou um concurso internacional para recuperar e gerir o pavilhão, pretendendo travar o estado de ruína em que se encontrava o edifício, de modo a que pudesse voltar a receber qualquer tipo de eventos[1].
O concurso pretendia concessionar o Pavilhão a privados, por um prazo máximo de 35 anos e com uma renda fixa pelo espaço e outra em função dos resultados de exploração, depois da sua reabilitação (estimada em cerca de sete milhões de euros) e com a construção obrigatória de um parque de estacionamento subterrâneo. O concurso visava a concessão de exploração do Pavilhão Carlos Lopes associada a um projecto de pavilhão multiusos que, simultaneamente, garantisse a manutenção da valência desportiva do espaço e permitisse o desenvolvimento de outras actividades, como conferências ou colóquios, criando um novo polo de dinamização da zona. Além da contrapartida das rendas e da reabilitação, o concessionário ficaria obrigado a disponibilizar o pavilhão à Câmara de Lisboa por dez dias por ano.
Em Março de 2013, foi anunciado que a Fundação de Solidariedade Social Aragão Pinto tinha ganho o concurso e iria reabilitar e explorar o Pavilhão Carlos Lopes, escolha essa aprovada pelo executivo municipal, apenas com a abstenção do PSD.
Em Julho de 2013 a Câmara de Lisboa considerou que a proposta daquela entidade, que foi a única concorrente ao concurso público internacional lançado em 2012, seria excluída, por "flagrante contradição" com as normas do concurso[2].
Em 2015
editarEm junho de 2015, a Câmara de Lisboa propôs a constituição, por 3,5 milhões de euros, de um direito de superfície sobre o Pavilhão Carlos Lopes a favor da Associação de Turismo de Lisboa, que o requalificou, com vista à realização de eventos culturais e desportivos.
O direito de superfície constituído destina-se exclusivamente à realização de obras de reabilitação do pavilhão e da respetiva área envolvente, para possibilitar a realização de eventos, nomeadamente de caráter cultural, artístico e desportivos levados a cabo pela Associação de Turismo de Lisboa.[3]
Em setembro de 2015, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a constituição de um direito de superfície sobre a área de 12,9 mil metros quadrados — que diz respeito ao Pavilhão Carlos Lopes — pelo prazo de 50 anos e por cerca de 3,5 milhões de euros, a favor da Associação de Turismo de Lisboa.
As obras custaram oito milhões de euros.
A Associação de Turismo de Lisboa reinaugurou o espaço, destinado a eventos culturais e desportivos, no 70.º aniversário do campeão olímpico, Carlos Lopes, em 18 fevereiro de 2017.[4]
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Azulejos no Pavilhão Carlos Lopes
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Azulejos no Pavilhão Carlos Lopes
Referências
- ↑ «"Carlos Lopes" nas mãos de privados»
- ↑ «Câmara de Lisboa recua e já não entrega Pavilhão Carlos Lopes a fundação»
- ↑ «Câmara de Lisboa Associação de Turismo deve requalificar Pavilhão Carlos Lopes»
- ↑ «Turismo de Lisboa prevê reinaugurar Pavilhão Carlos Lopes no 70º aniversário do ex-atleta». Arquivado do original em 8 de janeiro de 2017