Proliferação nuclear
Proliferação nuclear é a disseminação de armas nucleares, materiais físseis e de informação e tecnologia nuclear para nações que não são reconhecidas como "Países com armamento nuclear" pelo Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).[1] Especialistas em proliferação nuclear reconhecidos, como Etel Solingen, da Universidade da Califórnia em Irvine, sugerem que a decisão dos Estados em construir armas nucleares é largamente determinada pelos interesses das coligações políticas nacionais que os regem.
A proliferação foi contestada por muitas nações com e sem armas nucleares, governos que temem que mais países com armas nucleares pode aumentar a probabilidade de que uma guerra nuclear, além de desestabilizar as relações internacionais ou regionais. ou infringir a soberania nacional dos Estados.
Quatro países, além dos cinco que são reconhecidos por terem armas nucleares adquiriram, ou se presume terem adquirido, armas nucleares: Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel. Nenhum destes quatro é parte do TNP. Embora a Coreia do Norte tenha aderido ao TNP em 1985, o país retirou-se do tratado em 2003 e conduziu testes nucleares em 2006, em 2009 e em 2013. Uma das críticas ao TNP é que ele é discriminatório ao reconhecer apenas os países que testaram armas nucleares antes de 1968 e ao exigir que todos os outros Estados que aderiram ao tratado renunciem desta tecnologia.
A pesquisa e o desenvolvimento de armas nucleares foi realizado durante a Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos (em cooperação com Reino Unido e Canadá), também pela Alemanha Nazista, pelo Império do Japão e União Soviética. Os Estados Unidos foram o primeiro e é o único país a ter usado armas nucleares em combate, quando usou dois artefatos nucleares contra o Japão, em agosto de 1945. Depois de terem perdido a guerra, a Alemanha e o Japão deixaram de desenvolver qualquer pesquisa sobre armas nucleares. Em agosto de 1949, a URSS testou uma arma nuclear.[2] O Reino Unido testado uma arma nuclear em outubro de 1952, a França desenvolveu uma arma nuclear em 1960, a República Popular da China detonou uma bomba nuclear em 1964 (Teste 596), a Índia explodiu um dispositivo nuclear em 1974 (Smiling Buddha) e o Paquistão testou uma arma em 1998 (Chagai-I),[3] enquanto a Coreia do Norte realizou um teste nuclear em 2006.
Ver também
editarReferências
- ↑ Beatrice Heuser, ‘Beliefs, Cultures, Proliferation and Use of Nuclear Weapons’, in Eric Herring (ed.): Preventing the Use of Weapons of Mass Destruction Special Issue of Journal of Strategic Studies Vol. 23 No. 1 (March 2000), pp.74-100 [1]; "Proliferation and/or Alliance? The Federal Republic of Germany", in Leopoldo Nuti and Cyril Buffet (eds.): Dividing the Atom, special issue of Storia delle Relazioni Internazionali (Autumn 1998).
- ↑ Nash, Gary B., Julie Roy Jeffrey, John R. Howe, Peter J. Frederick, Allen F. Davis, Allan M. Winkler, Charlene Mires, and Carla Gardina Pestana. The American People, Concise Edition Creating a Nation and a Society, Combined Volume (6th Edition). New York: Longman, 2007.
- ↑ Pakistani Nuclear Program. «Pakistani Nuclear Program». Atomic Heritage Foundation (em inglês). Consultado em 3 de junho de 2022