Seleção Japonesa de Voleibol Feminino
A seleção japonesa de voleibol feminino é uma equipe asiática composta pelas melhores jogadoras de voleibol do Japão. A equipe é mantida pela Associação Japonesa de Voleibol (em língua japonesa, 日本バレーボール協会). Encontra-se na sexta posição do ranking mundial da FIVB segundo dados de 7 de agosto de 2017.[1]
Japão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Voleibol | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Informações gerais | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Federação | Associação Japonesa de Voleibol | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Sigla FIVB | JPN | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Confederação | AVC | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Ranking FIVB | 6º (em 7 de agosto de 2017) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Técnico | Noboru Aihara | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Capitã | Nana Iwasaka | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Jogos Olímpicos | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Participações | 12 (Primeira em 1964) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Melhor | 1º (1964 e 1976) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Última | 5º (2016) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Campeonato Mundial | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Participações | 15 (Primeira em 1960) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Melhor | 1º (1962, 1967 e 1974) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Última | 7º (2014) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Campeonato Asiático | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Participações | 19 (Primeira em 1975) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Melhor | 1º (1975, 1983, 2007 e 2017) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Última | 1º (2017) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Histórico
editarCom a escolha de Tóquio, em 1959, como sede das Olimpíadas de 1964, o Japão, mesmo sem tradição no vôlei internacional (só em 1955 adotou a regra de seis jogadores em quadra – regra criada nos anos 20), entendeu que não poderia fazer feio como anfitrião. Passou, então, a ambicionar a medalha de ouro em casa. E começou a montar um time para isso. O técnico incumbido da missão de levar as japonesas ao ponto mais alto do pódio foi Hirofumi Daimatsu, que como jogador inventou o estilo de defesa com peixinho em rolamento.[2]
Já em 1960, o trabalho de Daimatsu começou a surtir efeito, levando um time principiante em mundiais ao vice-campeonato no Brasil. Seu segredo foi fazer suas jogadoras treinarem sete dias por semana, com carga de seis ou sete horas diárias, com apenas uma semana de folga por ano – há quem diga, entretanto, que a jornada das meninas começava às 4h30 da manhã e ia até meia-noite, com um descanso de 15 minutos. Adepto do taibatsu, era comum vê-lo xingar suas atletas em público, humilhá-las, aplicar-lhes, aqui e acolá, chutes no traseiro.[2] Este duro treinamento tornou a equipe forte defensivamente, uma característica que carrega até os dias de hoje. Seu estilo de jogo foi inovador, com ataques em velocidade e utilização constante de fintas (trocas constantes de posição entre as jogadoras).
Este estilo de jogo fez a equipe dominar o cenário mundial do voleibol durante os anos 1960 e 1970 com grandes atletas de raríssimas habilidades. Em 1962, por exemplo, foram responsáveis pela primeira derrota da URSS em partidas oficiais.[2] Nos Jogos Olímpicos conquistaram duas medalhas de ouro, em Tóquio-1964 e Montreal-1976 Além disso conquistaram por três vezes o Campeonato Mundial de Voleibol Feminino em 1962 na União Soviética, 1967 no Japão, e 1974 no México, e o o vice-campeonato em 2 oportunidades: 1970 e 1978. Desde então, a equipe não vinha conquistando bons resultados. A baixa média de altura somada ao estilo de jogo de pouca potência física de suas jogadoras tornou o jogo da seleção japonesa superado.[3]
Em 2004, a equipe voltou a classificar-se para os Jogos Olímpicos. O time terminou em quinto lugar na classificação geral.
Em 2009, Masayoshi Manabe, assumiu a equipe e provocou uma revolução tática. Como suas jogadoras são baixas (a média de altura das centrais japonesas, é em torno de 1m78, e a média de altura das centrais das principais seleções, gira em torno de 1m95), ele joga sem nenhuma central, tendo em quadra um time com quatro pontas. Com isso, Manabe prioriza a principal característica do vôlei asiático: a capacidade de defender. Como todas as jogadores em quadra defendem demais, os ataques adversários dificilmente caem e são necessárias, três, quatro tentativas para se conseguir um ponto. No ataque, a levantadora abusa de bolas de velocidade, outro pilar que o estilo de jogo implantado por Manabe prioriza.[4] Desta forma, ele fez a equipe ganhar no passe, no volume de jogo, no ataque pela entrada e saída de rede. Em contrapartida, a equipe perdeu bastante no bloqueio de meio.[5][6]
Contando com o talento das jogadoras Saori Kimura e da excelente levantadora Yoshie Takeshita, já em 2010, no Campeonato Mundial, esta "revolução tática" fez o time voltar a ter resultados expressivos: conquistou a medalha de bronze após vencer a seleção dos Estados Unidos na disputa pelo 3º lugar. Nos Jogos de Londres-2012, nova medalha de bronze. E no Grand Prix de 2014, um vice-campeonato, onde foram superadas apenas uma única vez, para o campeão Brasil.[5]
Resultados obtidos nas principais competições
editarAno | Sede | Classificação |
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1964 | Tóquio | 1º |
1968 | Cidade do México | 2º |
1972 | Munique | 2º |
1976 | Montréal | 1º |
1984 | Los Angeles | 3º |
1988 | Seul | 4º |
1992 | Barcelona | 5º |
1996 | Atlanta | 9º |
2004 | Atenas | 5º |
2008 | Pequim | 5º |
2012 | Londres | 3° |
2016 | Rio de Janeiro | 5° |
2020 | Tóquio | 10° |
2024 | Paris |
Ano | Sede | Classificação |
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1960 | Brasil | 2º |
1962 | União Soviética | 1º |
1967 | Japão | 1º |
1970 | Bulgária | 2º |
1974 | México | 1º |
1978 | União Soviética | 2º |
1982 | Peru | 4º |
1986 | Tchecoslováquia | 7º |
1990 | China | 8º |
1994 | Brasil | 7º |
1998 | Japão | 8º |
2002 | Alemanha | 13º |
2006 | Japão | 6º |
2010 | Japão | 3º |
2014 | Itália | 7º |
2018 | Japão | 6° |
2022 | Países Baixos / Polónia | 5° |
Ano | Sede | Classificação |
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1975 | Austrália | 1º |
1979 | China | 2º |
1983 | Japão | 1º |
1987 | China | 2º |
1989 | Hong Kong | 3º |
1991 | Tailândia | 2º |
1993 | China | 2º |
1995 | Tailândia | 3º |
1997 | Filipinas | 3º |
1999 | Hong Kong | 3º |
2001 | Tailândia | 4º |
2003 | Vietnã | 2º |
2005 | China | 3º |
2007 | Tailândia | 1º |
2009 | Vietnã | 3º |
2011 | Taipé Chinesa | 2º |
2013 | Tailândia | 2º |
2015 | China | 6º |
2017 | Filipinas | 1º |
Ano | Sede | Classificação |
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1993 | Hong Kong | 6º |
1994 | Xangai | 4º |
1995 | Xangai | 7º |
1996 | Xangai | 8º |
1997 | Kobe | 4º |
1998 | Hong Kong | 7º |
1999 | Yuxi | 7º |
2000 | Manila | 8º |
2001 | Macau | 6º |
2002 | Hong Kong | 5º |
2003 | Andria | 9º |
2004 | Reggio Calabria | 9º |
2005 | Sendai | 6º |
2006 | Reggio Calabria | 5º |
2007 | Ningbo | 9º |
2008 | Yokohama | 6º |
2009 | Tóquio | 6º |
2010 | Ningbo | 5º |
2011 | Macau | 5º |
2012 | Ningbo | 9º |
2013 | Sapporo | 4º[7] |
2014 | Tóquio | 2º[8] |
2015 | Omaha | 6º |
2016 | Bancoque | 9º |
2017 | Nanquim | 7º |
Ano | Sede | Classificação |
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2018 | Nanquim | 10° |
2019 | Nanquim | 9° |
2021 | Rimini | 4° |
2022 | Ancara | 7° |
2023 | Arlington | 7° |
2024 | Bancoque | 2° |
Ano | Sede | Classificação |
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1973 | Uruguai | 2º |
1977 | Japão | 1º |
1981 | Japão | 2º |
1985 | Japão | 4º |
1989 | Japão | 4º |
1991 | Japão | 7º |
1995 | Japão | 6º |
1999 | Japão | 6º |
2003 | Japão | 5º |
2007 | Japão | 7º |
2011 | Japão | 4º |
2015 | Japão | 5º |
Ano | Sede | Classificação |
---|---|---|
1993 | Japão | 5º |
1997 | Japão | 5º |
2001 | Japão | 3º |
2005 | Japão | 5º |
2009 | Japão | 4º |
2013 | Japão | 3º |
2017 | Japão | 5º |
Elenco atual
editarConvocadas para a disputa do Grand Prix de Voleibol de 2013 pela seleção japonesa:[9]
Referências
- ↑ «FIVB Senior World Ranking - Women». FIVB.org. Consultado em 5 de maio de 2018
- ↑ a b c saidaderede.com.br/ Karpol japonês
- ↑ falandodevolei.com.br/ Arquivado em 26 de agosto de 2014, no Wayback Machine. Mundial feminino: O Japão está animado na busca de mais uma medalha
- ↑ lancenet.com.br/ Arquivado em 26 de agosto de 2014, no Wayback Machine. Vocês anotaram a placa?
- ↑ a b lancenet.com.br/ Brasil é dez!
- ↑ falandodevolei.com.br/ Arquivado em 26 de agosto de 2014, no Wayback Machine. Opinião - Manabe não inventou a roda
- ↑ http://www.fivb.org/EN/volleyball/competitions/WorldGrandPrix/2013/finalstanding.asp
- ↑ http://www.fivb.org/EN/volleyball/competitions/WorldGrandPrix/2014/Results.asp?Phase=24
- ↑ FIVB.org. «World Grand Prix 2013 - Team composition - Japan» (em inglês). Consultado em 25 de julho de 2013